No capítulo anterior...
- Bernardo leva uma bronca da professora pelo
atraso, mas fica feliz por ter ajudado Ramon
- A professora falta e Gilberto resolve ir à
casa de Dadinho com os colegas da turma
- Joaquim conta a Xantara que a transa com o
caminhoneiro foi boa e ganhou um bom dinheiro
- Sozinho no final da festinha, Gilberto é
assediado por Dadinho e não sabe como reagir
CAP. 42
Por instantes, Gilberto não
tira os olhos da mão de Dadinho, que passeia por sua perna. Rapidamente ele
pensa, repensa e toma uma decisão.
GILBERTO: Então,
mas é melhor eu voltar pro hotel agora, antes que fique tarde demais.
DADINHO: Dorme
aí, cara, eu não falei que a gente se ajeita?
GILBERTO: Eu
agradeço muito a sua gentileza, mas eu tenho de ir mesmo. (coloca o copo sobre
a mesa) Amanhã a gente se vê na escola. Valeu? Obrigado pela festinha, tava
muito legal. (e vai saindo)
Dadinho o acompanha até o
portão, mas fica desapontado.
Horas mais tarde, no ginásio da
escola, enquanto varrem a quadra...
ADRIANO: Então
a mona queria te garantir mesmo?
GILBERTO: Queria,
mas eu pulei fora na hora H.
ADRIANO: E
porque você fez isso, o carinha não era interessante?
GILBERTO: Não
é isso. É que eu não tô a fim de ficar curtindo esses lances, entende? Aquilo
que aconteceu entre a gente foi um descuido, um loucura, sei lá... Meu lance é
mulher. Eu não quero ficar curtindo esses lances com homem. Aquilo foi só uma
aventura e pronto.
ADRIANO: Alice,
vamos voltar para a realidade? Adelaide Catarina não nasceu ontem... Se você
sem gostar já faz daquele jeito que fez comigo, imagina se gostasse...
GILBERTO: Palhaço...
Eu tô aqui tentando falar sério e você vem com suas palhaçadas...
ADRIANO: Mas
eu tô falando sério, gato. Assume que gosta da coisa e pronto. Para de tentar
fugir da realidade.
GILBERTO: Quem
sabe da minha realidade sou eu, cara. Só porque você é desse jeito, acha que
todo mundo é também? Eu já disse: o meu negócio é mulher. Aquilo foi só uma
aventura e não vai acontecer mais. Nem com você, nem com ninguém.
ADRIANO: Tá
bom, Alice... Se você quer continuar se enganando, o problema é seu... E agora
vamos acabar logo esse serviço que a dona Selma não demora aparecer por aqui...
Cai a noite...
Sérgio estranha a ausência de
Joana na escola. Ele pensa em procurar Cleiton e Diogo para saber notícias da
namorada, mas, antes disso, recebe uma mensagem no celular. Joana o convida
para encontrá-la no pavilhão da Oktoberfest.
SÉRGIO
(para si mesmo): Essa menina não tem um pingo de juízo... Onde já se viu matar
aula pra ir passear em pleno meio de semana!
Terminada a aula, Sérgio segue
para o local combinado e fica logo decepcionado: Joana está visivelmente
embriagada e fumando um cigarro, ao lado de uma colega que ele não conhece.
JOANA: Poxa,
gato, pensei que não viesse mais. Que demora!
SÉRGIO: Você
pode me explicar que marmota é essa? A gente não tinha combinado de sair, você
me mata aula no meio da semana, chego aqui e já te encontro toda grogue,
fumando... Eu não tô te entendendo...
JOANA: Ah
não! Se você veio aqui pra me encher o saco, é melhor vazar. Pra controlar a
minha vida já basta um Tatão e uma Vanilda. Senta aí e para de encher o saco.
Você é careta demais, parece velho. Vamo curtir a vida, meu!
SÉRGIO: É
isso que você chama de curtir a vida? Ser irresponsável, matar aula, encher a
cara?
JOANA: Deu
vontade de sair pra tomar uma cerva aqui com a minha amiga, posso, seu Tatão?
SÉRGIO: Para
de curtir com a minha cara, Joana. Eu não sou o seu pai. E nem gostaria de ser.
Aliás, se fosse o seu pai eu te de dava era umas boas palmadas.
JOANA: Ah,
é isso? Tudo com vocês é assim: é bater, é porrada, é pancada, homem é tudo
igual mesmo. Um bando de trogloditas!
SÉRGIO: Olha,
quer saber? Eu não vim aqui pra ficar ouvindo insultos não. Na boa, vou pra
minha casa que eu ganho mais. Quando você tiver sóbria a gente conversa. Tchau
(e sai)
JOANA: Vai!
Vai mesmo, seu Tatão! Tô de saco cheio de você!
Continua segunda-feira...
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Você sabia?
África
- O primeiro registro de um casal homossexual na história é geralmente
considerado o de Khnumhotep e Niankhkhnum, um casal egípcio do sexo masculino, que
viveu por volta de 2.400 a.C. O par é retratado durante um beijo, a mais íntima
pose na arte egípcia, rodeado pelo que parecem ser os seus herdeiros.
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