14 de dezembro de 2011

Alma Feminina - Capítulo: 45



CENA: 1 – CASA DE VITOR. QUARTO. DIA.

JÚLIA COMEÇA ACORDAR. ELA OLHA PRA TODOS OS LADOS E NÃO RECONHECE ONDE ESTA.

JÚLIA (MEIO SONOLENTA) – Onde eu estou? Que lugar é esse? Como eu vim parar aqui?

JÚLIA TENTA LEVANTAR DA CAMA, MAS SENTE UMA FORTE TONTURA E QUASE CAI. VITOR ENTRA NO QUARTO.

VITOR – bom dia! Até que enfim a bela adormecida acordou.

JÚLIA (ASSUSTADA) – Quem é você? Que lugar é esse? Como eu vim parar aqui?

VITOR – Calma! Uma pergunta de cada vez. Bem... O meu nome é Vitor. E essa aqui é a minha casa. Nós passamos a noite juntos. Aliás, você estava formidável!

JÚLIA – Deixa de louco! Eu nem te conheço. Como eu dormi com você?

VITOR – É a modernidade gracinha... Hoje é assim as pessoas nem se conhecem direito e vão pra cama. Isso é a coisa mais normal.

JÚLIA DA UM TAPA NA CARA DE VITOR.

JÚLIA – Você me respeite! Eu não sou esse tipo de mulher que você está acostumado seu desgraçado. (PROCURANDO O SEU CELULAR) - E quer saber de uma coisa? Eu vou chamar a polícia. Na certa você deve ter me sequestrado.

NESSE MOMENTO JÚLIA SE LEMBRA DO LANÇAMENTO DO CICATRICOL.

JÚLIA (DESESPERADA) - Ai meu Deus! O lançamento! O Dr. Américo vai me matar.

JÚLIA COMEÇA A JUNTAR AS SUAS COISAS QUE ESTÃO NO CHÃO DO QUARTO. (BLUSA, SANDÁLIA, BOLSA E A CALÇA).

VITOR – Paixão eu lamento te informar, mas a essa hora o lançamento já deve ter terminado.

JÚLIA (SEM ENTENDER) – Como você sabe disso? (DESCONFIANDO) – Peraí...

JÚLIA SE LEMBRAR DA NOITE ANTERIOR, QUANDO TOMOU UM SUCO COM ADRIANA E COMEÇOU A PASSAR MAL.

JÚLIA (PERCEBENDO A ARMAÇÃO) – Isso é uma cilada! Uma armadilha! Vocês fizeram isso pra eu não ir no lançamento. Mas eu preciso ir lá. Eu tenho que avisar o Dr. Américo o que aconteceu.

JÚLIA COMEÇA A ANDAR PARA SAIR DO QUARTO, MAS VITOR A SEGURA PELO BRAÇO.

VITOR (SEGURANDO JÚLIA) – Você não vai a lugar nenhum, paixão. Não agora. Antes nós vamos conversar.

JÚLIA – Me solta! Eu quero ir embora.

JÚLIA TENTA SE SOLTAR DOS BRAÇOS DE VITOR, MAS COMO NÃO CONSEGUE, ELA DÁ UM CHUTE NO SACO DO JOVEM QUE CAI NO CHÃO GEMENDO DE DOR. AINDA DE CAMISOLA JÚLIA SAI DO QUARTO CARREGANDO NAS MÃOS A SUA BLUSA, SANDÁLIA, A CALÇA E A BOLSA.

CENA: 2 – CASA DE VITOR. LADO DE FORA. DIA.

PEDRO E FÁTIMA CHEGAM DE CARRO. AMÉRICO VEM LOGO EM SEGUIDA. PEDRO VAI ATÉ AMÉRICO.

PEDRO (APONTANDO PARA A CASA DE VITOR) – Segundo o telefonema anônimo é aquela casa.

FÁTIMA – Que estranho... A Júlia não conhece ninguém nessa região.

AMÉRICO – Isso é o que nós vamos descobrir. (PARA O PEDRO) – Vamos lá?

PEDRO – Vamos.

OS TRÊS COMEÇAM A ANDAR EM DIREÇÃO A PORTA DA CASA DO VITOR, MAS SÃO SURPREENDIDOS POR JÚLIA QUE SAI CORRENDO DE DENTRO DA CASA CARREGANDO AS SUAS COISAS. PEDRO TOMA UM CHOQUE AO VER A SUA NAMORADA DAQUELE JEITO.

PEDRO (SEM ACREDITAR NO QUE ESTA VENDO) – Júlia?!

JÚLIA (SURPRESA) – Pedro... Mãe... Dr. Américo... O que vocês estão fazendo aqui?

VITOR SAI DE DENTRO DA CASA.

VITOR (PARA JÚLIA) – Amor, aonde você vai?

PEDRO (SEM ACREDITAR) – “Amor”... Que palhaçada é essa? (FIRME NAS PALAVRAS) - Alguém pode me explicar o que esta acontecendo aqui?

A IMAGEM CONGELA. CONTINUA...

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