14 de dezembro de 2011

GLS TEEN - CAP. 27



No capítulo anterior...
- Gilberto se assusta com o novo colega de trabalho, pois ele é bem afetado e atirado
- Mas eles trabalham bem, cumprem a tarefa e são elogiados pela patroa
- Sérgio e Joana chegam da escola. O pai espera no portão para falar com Sérgio

CAP. 27

JOANA: Que é, pai? Já vai começar com a marcação cerrada? O que foi dessa vez?
TATÃO: Já disse: a minha conversa não é com você, é com ele. Pode entrar e esperar lá dentro, se quiser.
JOANA: Tá bom, pai. Mas vê se pega leve. (beija Sérgio e entra)
TATÃO: Meu rapaz, eu não ando gostando nada desse namorico de vocês. Desde que começaram com essa brincadeira, a Joana tem chegado tarde em casa quase todos os dias e sabe Deus por onde vocês têm andado. Esse negócio não tá certo.
SÉRGIO: Seu Sebastião, eu entendo a sua preocupação. Meus pais se preocupam comigo da mesma forma. Mas posso lhe garantir que não temos feito nada de errado.
TATÃO: Não mesmo? Até beber a Joana tá aprendendo depois que começou a sair com você. Dia desses eu fui no quarto de madrugada e ela tava com bafo de bebida. Isso não é errado?
SÉRGIO: A Joana aprendeu a beber não foi comigo, seu Sebastião. Ela já gostava de beber antes de me conhecer...
TATÃO: Disso eu não sabia... Pensava que era você que tinha ensinado.
SÉRGIO: Não senhor. Eu não vou negar, a gente já bebeu uns golinhos de cerveja algumas vezes, mas não foi por insistência minha. Foi por desejo dela. O senhor conhece a Joana melhor do que eu e deve saber o quanto ela é geniosa. Ela quando quer uma coisa, quer e pronto, não adianta falar nada.
TATÃO: É nisso, você tem razão. Ela é muito cabeça dura.
SÉRGIO: Às vezes sou eu que falo pra não fazer as coisas, aí ela briga, dizendo que pra regular já basta o senhor e a dona Vanilda...
TATÃO: Bom, estamos conversados então. Se continuar desse jeito, chegando tarde em casa, levando minha filha para o mau caminho, eu vou ser o primeiro a acabar com esse namorico logo, logo. Você está avisado.
SÉRGIO: Sim, senhor. Vamos tomar mais cuidado com os horários, pode ficar tranquilo.

Sérgio vai embora. Tatão entra.

Joaquim falta à aula e vai ao encontro de Xantara. Eles estão no quarto da travesti se maquiando, se preparando para mais uma noite de “trabalho”.

XANTARA: Bicha, hoje vamos fazer um roteiro diferente. Vou te levar num lugar babado!
JOAQUIM: Jura? É bom mesmo, porque já ando cansada dos brucutus daquele posto.
XANTARA: Querida, bofe uó tem em todos os lugares, a gente é que tem que colocar eles nos seus devidos lugares, não viu aquele que queria fazer a senhora cheirar pó? Fui lá e dei o desá nele na hora!
JOAQUIM: Me diga, bunita, aonde vamos?
XANTARA: Vamos dar um close lá no centro histórico. Mas é só um close mesmo bicha, só mostrar o carão e a produção. Depois a gente vai pro posto, que é lá que rola o aqué, querida. É lá que a gente ganha din-din.

As duas saem passeando de carro pela cidade. Xantara vê um bar cheio de homens bebendo na calçada e resolve parar para se insinuar. A reação é imediata quando descem do carro: muitos assovios, piadinhas, etc.

XANTARA: Tá vendo como somos gostosas? Estamos arrasando querida!
JOAQUIM: Ai, bicha, eu tô com vergonha. É a primeira vez que saio montada assim, em público, no meio desse tanto de bofe.
XANTARA: Vai dizer que a senhora não tá gostando de ser o centro das atenções... Viado é igual purpurina: nasceu para brilhar, querida.
JOAQUIM: Eu gosto de ser olhada, desejada, mas preciso me acostumar com a ideia. Até outro dia eu era uma menina de família... Não tava acostumada com essa vida de estrela... (risos)
XANTARA: Bobagem, queridinha, a senhora acostuma logo. Pode crer.

Elas sentam numa mesa para tomar um açaí e são observadas pelos homens das mesas próximas. Nisso um grupinho de três rapazes se aproxima. São colegas de classe de Joaquim.

RAPAZ 1: Vejam só essa fruta, rapazes! Não é o “Quinzete Boiolete”?!

Joaquim fica em pânico.

Continua amanhã...


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Você sabia?

O uso atual do termo "homossexual" tem suas raízes na abrangente tradição do século XIX da classificação da personalidade humana. Estes continuam a influenciar o desenvolvimento do conceito moderno de orientação sexual, sendo associados ao amor romântico e à identidade, além do seu significado original, que era exclusivamente sexual.

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