10 de dezembro de 2011

GLS TEEN - CAP. 24



No capítulo anterior...
Tatão dá uma bronca em Joana e cobra mais responsabilidade e obediência da filha
Joaquim é discriminado por colegas de classe, mas a professora intervém a seu favor
Boneca vai à casa dos pais de Gilberto. Catarina fica intrigada

CAP. 24

BONECA: Oi, dona Catarina. Desculpe, eu sei que não sou bem vindo mas sua casa, mas eu precisava vir aqui.
CATARINA: Se você sabe, então por que veio?
BONECA: Vim lhe trazer notícias do seu filho Gilberto. Ele me telefonou ontem à noite.
CATARINA: Ah sim... Bom, se o motivo é esse, então vamos entrar.
BONECA: Não, prefiro ficar aqui mesmo. A conversa vai ser rápida.

Odília, Cristina e Celina, irmãs de Gilberto, se escondem atrás de uma cortina para ouvir a conversa.

CATARINA: Mas, me diga, por onde anda meu filho?
BONECA: O Gilberto tá em Ipatinga. Ele tá morando numa pensão, no centro da cidade mesmo e até já conseguiu um emprego.
CATARINA: Na lavoura mesmo?
BONECA: Não, ele tá trabalhando numa escola. Ele varre o chão, joga lixo fora, lava os pátios, essas coisas. Disse que arrumou uma patroa muito boa e que a mulher tá gostando muito do serviço dele.
CATARINA: Que bom saber disso. Depois de tudo que aconteceu, é um alívio ter uma notícia boa dessas.
BONECA: Ele vai até terminar o ano de estudo lá. A patroa vai ajudar a conseguir uma vaga pra ele, mas em outra escola, porque onde ele trabalha é escola particular. Hoje mesmo vou lá na escola pegar a documentação e mandar pra ele.
CATARINA: Fico muito agradecida, de você ter vindo aqui me trazer notícias e de estar ajudando o meu filho.
BONECA: Que nada, isso é o mínimo que a gente pode fazer. Eu fico pensando na minha mãe. Se fosse ela, estaria louca pra saber notícias minhas...
CATARINA: Eu achei um absurdo o que Avenor fez, mas aquele homem é a ignorância em pessoa. Onde já se viu fazer uma coisa dessas com o próprio filho?
BONECA: Eu entendo... Aliás, por falar em seu Avenor, melhor eu ir embora, porque que se ele me pega aqui, só Deus sabe o que pode acontecer. Assim que tiver mais notícias, eu volto aqui pra falar pra senhora. Até mais ver, dona Catarina.
CATARINA: Obrigado, meu filho. Obrigado por trazer alívio ao coração dessa mãe preocupada.

No dia seguinte, o time de handebol entra em quadra para disputar a final da competição. A turma está animada na arquibancada.

ALUNO 1: É hoje! Vamos ser campeões! Dá-lhe Bernadete!
ALUNO 2: Com essa jogadora, que tem um quê a mais, nosso time não perde uma! (muitos risos da galera)
RAMON: Pô, galera! Vocês não deixam passar uma, hien?
ALUNO 1: Que é, Ramon? Deu pra defender o Bernadete agora? Outro dia não era você que tava querendo enfiar porrada nele?
ALUNO 2: Sei não, mas acho que ele tava querendo enfiar era outra coisa (risos maliciosos)
RAMON: Me respeita, rapaz! Agora mesmo eu vou enfiar é a mão no seu escutador de novela.
ALUNO 2: Tá bom, Ramonzinho, mas não precisa apelar. Pode torcer pelo Bernadete, sem grilos, que nós vamos torcer também.

O jogo começa. A galera vibra. Bernardo corresponde à expectativa: joga bem, marca, dá passes e ainda faz dois gols.

O time vence, mas na hora de receber as medalhas, a torcida adversária começa a gritar em coro:

TORCIDA: É marmelada! É marmelada! É marmelada!

Bernardo fica tenso.

Continua segunda-feira...


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Você sabia?

Há acadêmicos que, adotando a proposta de Jurandir Freire Costa, evitam os termos "homossexualidade" ou "homossexualismo" e preferem usar "homoafetividade" em virtude de um caráter "pejorativo" em que as outras duas palavras seriam utilizadas. O termo “homoafetividade” foi criado originariamente pelo psicanalista alemão Ferenczi, em 1911, com o assentimento de Freud.

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