No capítulo anterior...
Ramon desiste de bater em Bernardo. Ele
descobre que suas amigas que fizeram a intriga
Gilberto chega a Ipatinga e o recepcionista
do hotel lhe indica uma vaga de emprego
Os pais se preocupam com Joaquim, enquanto um
cliente tenta obrigá-lo a usar drogas
CAP. 19
CAMINHONEIRO: Cheira, boneca! Vamos fazer a cabeça
juntos...
JOAQUIM: Não!
Eu não quero cheirar porcaria nenhuma! Eu vim aqui foi pra fazer um programa,
não foi pra cheirar nada!
Com um movimento brusco Joaquim
se desvencilha do caminhoneiro, abre a porta da carreta e sai correndo, mas
seus cabeços se embaraçam e a peruca fica presa na porta do veículo.
Joaquim vai correndo ao
encontro da amiga.
XANTARA: Mona,
o que foi que aconteceu que a senhora tá toda desmontada? Levou um coió?
JOAQUIM
(ofegante): O bofe queria que eu cheirasse pó com ele. Eu não quis, ele tentou
me obrigar, aí eu desaquendei.
XANTARA: Fez
a louca, né bicha? E porque a senhora não cheirou?
JOAQUIM: Eu
não curto isso. Nunca usei drogas. Meu único vício é o sexo mesmo, querida.
XANTARA: Acho
bom a senhora ir se acostumando com a ideia, porque o que mais tem nesse mundo
é bofe louco, querendo fazer a cabeça. E a sua peruca, quer dizer, a minha
peruca, onde foi parar?
JOAQUIM: Ficou
presa na porta, na hora que eu corri.
XANTARA: Deixa
comigo, eu vou lá buscar essa peruca agora! Me mostra essa carreta, vamos
bunita!
Xantara bate na porta da
carreta, o motorista abre o vidro.
CAMINHONEIRO: Voltou pra terminar o serviço, boneca?
XANTARA: Não.
Voltei pra buscar a peruca da minha amiga. E se puder me devolve logo porque
não tenho a noite toda para ficar esperando não.
CAMINHONEIRO: Devolvo, mas só se você terminar o que a sua
amiguinha começou e não acabou. Pensa que é assim: vem aqui e deixa a gente
todo doidão e depois vai embora sem terminar o serviço.
XANTARA: Eu
não vou terminar porcaria nenhuma! Agora, se você preferir, posso ir no posto
policial ali na frente e chamar a polícia pra fazer um certo servicinho aqui.
Tenho certeza que eles vão adorar encontrar uma certa mercadoria que você tem
aí na sua boleia...
CAMINHONEIRO (mudando o tom): Calma, boneca. Não precisa apelar. Toma
a peruca da sua amiga (e entrega) daí ficamos quites. Eu sou do bem. Só pensei
que sua amiguinha curtia um algo a mais...
XANTARA: É,
mas ela não curte. (e sai)
Logo à frente Xantara encontra
Joaquim, que assistia toda a cena escondido debaixo da carroceira de outro
caminhão.
XANTARA: Toma,
bicha (e entrega), viu como é que se faz? Tem hora que a gente tem de fazer a
abusada. Se você der uma de coitadinha, eles tomam conta. Coloca a sua peruca e
vamos embora porque isso aqui hoje não vai render mais nada. (e saem)
Os irmãos de Joana chegam da
escola, sem a companhia da própria.
TATÃO: E
a Joana, cadê?
RENATA: Ela
saiu pra dar uma volta com o Sérgio.
TATÃO: Ê...
Eu não tô gostando nada dessa história...
DIOGO: Mas
ela pediu pra avisar. Falou ia dar uma volta no centro e não demorava pra
chegar.
TATÃO: Melhor
assim. (e para Vanilda) E você, mulher, fica de olho nessa menina... Moça de
família na rua a essa hora é um problema...
Enquanto isso, na praça central
da cidade...
SÉRGIO: Joana,
esse já é o terceiro caneco de cerveja que você toma, daqui a pouco vou ter de
te levar carregada pra casa...
JOANA
(já alterada): Vai ficar regulando? Tá parecendo o meu pai e a minha mãe. Deixa
de ser careta! Se for pra ficar regulando avisa logo que vou embora agora mesmo
(e levanta da mesa)
Continua amanhã...
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Você sabia?
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