No capítulo anterior...
Joaquim consegue fugir do caminhoneiro sem
usar drogas, mas perde sua peruca
Xantara ameaça denunciar o caminhoneiro e consegue
reaver a peruca de Joaquim
Os pais se preocupam com Joana. Ela sai com
Sérgio, bebe muito e apela com o rapaz
CAP. 20
SÉRGIO: Não
é isso, só estou preocupado com você. E também não quero problemas com os seus
pais.
JOANA: Vamos
embora. Você já estragou a minha noite, com essa marcação cerrada!
SÉRGIO: É melhor mesmo, antes que você passe
da conta além do que já passou.
JOANA: Você
sabe mesmo como cortar o barato da gente, fala sério! Já te falei, que com meus
pais eu me entendo depois. Você não tem nada de ficar bancando o paizão. Não
sou sua filha!
SÉRGIO: Nossa,
como você é geniosa, garota, fala sério. (e saem do bar)
Sérgio tenta abraçar Joana, mas
ela não deixa.
JOANA: Não,
sai pra lá! Tira essa mão de mim! Quero papo contigo não. (e atravessa para o
outro lado da rua)
Em Ipatinga, Gilberto (sentado
no escritório) conversa com a dona da escola, uma senhora dos seus 60 anos,
baixinha, cabelos grisalhos, mas muito segura de si.
SELMA: Como
você já deve ter conversado com a minha secretária, eu preciso de um rapaz aqui
para fazer serviços gerais, ajudar as mulheres na limpeza, carregar um móvel
pesado, ficar no portão no horário de almoço, essas coisas. Você acha que dá
conta desse serviço?
GILBERTO: Sim,
claro. Pra quem tá acostumado a puxar enxada na roça, não creio que seja tão
difícil assim...
SELMA: Mas
olha, serviço aqui é puxado também, não tem moleza não. Eu pago salário, assino
a carteira, mas sou exigente.
GILBERTO: A
senhora pode ficar tranquila. Vou me esforçar pra fazer tudo direitinho. Eu
preciso muito trabalhar. Tô chegando na cidade agora e não posso ficar parado.
SELMA: Então
a vaga é sua, pode começar amanhã mesmo.
Gilberto chega à pensão
satisfeito.
RECEPCIONISTA: E aí, como foi lá? Se entendeu com a dona
Selma?
GILBERTO: Sim.
Deu certo. Combinamos tudo e eu começo amanhã mesmo. Obrigado pela força.
RECEPCIONISTA: Que bom. Mas olha, vou te dizer uma coisa:
aquela baixinha não é moleza não! Aquela velha é danada! Exigente, chata até
mandar parar... Minha mulher diz que tem dia que tem vontade de voar na goela
dela.
GILBERTO: Ela
foi legal comigo, mas patrão, sabe como é que é, né? Só vê o lado deles... Mas
a gente precisa trabalhar, fazer o quê? (e segue para seu quarto)
No Recife, está rolando a
Olimpíada Estudantil, uma competição entre várias escolas particulares da
cidade. O time está reunido à beira da quadra, a poucos instantes do início da
partida.
ALUNA 1: E
agora, professora, o que a gente faz? A Paula torceu o pé e não pode jogar.
Quem a gente coloca pra jogar no lugar dela?
PROFESSORA: O jeito vai ser colocar alguém da reserva, só
para completar o lugar mesmo...
ALUNA 2: Mas
não temos ninguém que seja boa jogadora... Assim nós vamos perder de lavada...
PROFESSORA: Mas vocês querem que eu faça o quê? Eu sou
professora, não posso jogar no time de alunas...
ALUNA 1: Eu
tenho uma ideia: por que a gente não coloca o Bernardo pra jogar no nosso time?
Ele é o melhor jogador da turma. É melhor do que colocar alguém que não sabe
jogar...
PROFESSORA
(em dúvida): Não sei, isso pode dar problema... O Bernardo é homem...
ALUNA 1: Homem,
homem ele não é, né professora? Só não ver quem não quer...
PROFESSORA: Vamos parar que o assunto é sério, não é hora
de piadinhas.
ALUNA 2: Mas
é só pra completar o time, professora, não temos outra jogadora... Além do mais
ele tem cabelo comprido, ninguém vai nem desconfiar...
Bernardo está ao lado da
quadra, de uniforme, só aguardando a decisão da professora. Nisso o juiz apita
e faz o gesto para que os times entrem em quadra. A professora é só indecisão.
Continua amanhã...
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Você sabia?
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