6 de dezembro de 2011

GLS TEEN - CAP. 20



No capítulo anterior...
Joaquim consegue fugir do caminhoneiro sem usar drogas, mas perde sua peruca
Xantara ameaça denunciar o caminhoneiro e consegue reaver a peruca de Joaquim
Os pais se preocupam com Joana. Ela sai com Sérgio, bebe muito e apela com o rapaz

CAP. 20

SÉRGIO: Não é isso, só estou preocupado com você. E também não quero problemas com os seus pais.
JOANA: Vamos embora. Você já estragou a minha noite, com essa marcação cerrada!
SÉRGIO: É melhor mesmo, antes que você passe da conta além do que já passou.
JOANA: Você sabe mesmo como cortar o barato da gente, fala sério! Já te falei, que com meus pais eu me entendo depois. Você não tem nada de ficar bancando o paizão. Não sou sua filha!
SÉRGIO: Nossa, como você é geniosa, garota, fala sério. (e saem do bar)

Sérgio tenta abraçar Joana, mas ela não deixa.

JOANA: Não, sai pra lá! Tira essa mão de mim! Quero papo contigo não. (e atravessa para o outro lado da rua)

Em Ipatinga, Gilberto (sentado no escritório) conversa com a dona da escola, uma senhora dos seus 60 anos, baixinha, cabelos grisalhos, mas muito segura de si.

SELMA: Como você já deve ter conversado com a minha secretária, eu preciso de um rapaz aqui para fazer serviços gerais, ajudar as mulheres na limpeza, carregar um móvel pesado, ficar no portão no horário de almoço, essas coisas. Você acha que dá conta desse serviço?
GILBERTO: Sim, claro. Pra quem tá acostumado a puxar enxada na roça, não creio que seja tão difícil assim...
SELMA: Mas olha, serviço aqui é puxado também, não tem moleza não. Eu pago salário, assino a carteira, mas sou exigente.
GILBERTO: A senhora pode ficar tranquila. Vou me esforçar pra fazer tudo direitinho. Eu preciso muito trabalhar. Tô chegando na cidade agora e não posso ficar parado.
SELMA: Então a vaga é sua, pode começar amanhã mesmo.

Gilberto chega à pensão satisfeito.

RECEPCIONISTA: E aí, como foi lá? Se entendeu com a dona Selma?
GILBERTO: Sim. Deu certo. Combinamos tudo e eu começo amanhã mesmo. Obrigado pela força.
RECEPCIONISTA: Que bom. Mas olha, vou te dizer uma coisa: aquela baixinha não é moleza não! Aquela velha é danada! Exigente, chata até mandar parar... Minha mulher diz que tem dia que tem vontade de voar na goela dela.
GILBERTO: Ela foi legal comigo, mas patrão, sabe como é que é, né? Só vê o lado deles... Mas a gente precisa trabalhar, fazer o quê? (e segue para seu quarto)

No Recife, está rolando a Olimpíada Estudantil, uma competição entre várias escolas particulares da cidade. O time está reunido à beira da quadra, a poucos instantes do início da partida.

ALUNA 1: E agora, professora, o que a gente faz? A Paula torceu o pé e não pode jogar. Quem a gente coloca pra jogar no lugar dela?
PROFESSORA: O jeito vai ser colocar alguém da reserva, só para completar o lugar mesmo...
ALUNA 2: Mas não temos ninguém que seja boa jogadora... Assim nós vamos perder de lavada...
PROFESSORA: Mas vocês querem que eu faça o quê? Eu sou professora, não posso jogar no time de alunas...
ALUNA 1: Eu tenho uma ideia: por que a gente não coloca o Bernardo pra jogar no nosso time? Ele é o melhor jogador da turma. É melhor do que colocar alguém que não sabe jogar...
PROFESSORA (em dúvida): Não sei, isso pode dar problema... O Bernardo é homem...
ALUNA 1: Homem, homem ele não é, né professora? Só não ver quem não quer...
PROFESSORA: Vamos parar que o assunto é sério, não é hora de piadinhas.
ALUNA 2: Mas é só pra completar o time, professora, não temos outra jogadora... Além do mais ele tem cabelo comprido, ninguém vai nem desconfiar...

Bernardo está ao lado da quadra, de uniforme, só aguardando a decisão da professora. Nisso o juiz apita e faz o gesto para que os times entrem em quadra. A professora é só indecisão.

Continua amanhã...


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Você sabia?

A palavra “gay” (que em inglês quer dizer “alegre”) geralmente se refere à homossexualidade masculina, mas pode ser usada em um sentido mais amplo para se referir a todas as pessoas LGBT.

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