No capítulo anterior...
- Joaquim é abordado por um caminhoneiro
idoso e com aparência desleixada. Ele hesita
- Xantara aconselha Joaquim a atender o
cliente estranho, mas diz que ela não atenderia
- Joaquim conversa com o caminhoneiro que se
mostra muito galante e fica desconfiado
- Edivaldo diz a Ramon que a gentileza de
Bernardo com ele esconde outras intenções
CAP. 40
Nisso, quando caminham em
direção à classe, Edivaldo e Ramon se deparam com Bernardo.
EDIVALDO: Vou
entrar porque tenho um exercício ali pra terminar.
RAMON: Beleza.
Vou daqui a pouco também. Agora vai começar aquela aula chata de matemática,
que eu não tenho o menor saco.
BERNARDO: Então,
Ramon, sobre aquele assunto que a gente conversou, eu consegui aquela grana pra
você ir lá fazer o seu teste. Só não queria te entregar aqui, no meio do
corredor, porque não é seguro. Será que a gente pode ir ali no banheiro?
RAMON:
Podemos. Mas vamos rápido que a aula já tá pra começar. (e saem caminhando)
Em Blumenau, Joana e Sérgio
conversam durante o recreio. Eles falam sobre a primeira transa do casal.
SÉRGIO: Puxa,
foi muito legal. Pra falar a verdade, melhor do que eu esperava. Sabe, rolava
até uns boatos por aí... Os caras falavam que/ (corta) Deixa pra lá.
JOANA: Falavam
o quê? Agora eu quero saber.
SÉRGIO: Melhor
não... Coisa sem importância.
JOANA: Não,
agora que você começou, fala tudo de uma vez. Eu quero saber.
SÉRGIO: O
pessoal da sala chegou a insinuar umas vezes que você não era chegada na coisa,
não gostava de homem, saca?
JOANA: Falaram
que eu era sapatão, é isso?
SÉRGIO: É,
alguma coisa desse tipo. (receoso) Mas, olha, eu nunca dei ouvidos pra isso,
sempre fui fissurado em você. Eu ficava era grilado com esses caras. Quase dei
umas porradas no cara que falou isso pra mim.
JOANA: Bobagem.
Eu tô careca de ouvir isso todo dia. Mas quer saber? Eu não dou a mínima pro
que esse povo fala. Tô cagando e andando.
SÉRGIO (tentando
fugir do tema): Então, mas, voltando ao nosso assunto, você gostou da nossa
transa?
JOANA
(sem convicção): É, foi legal.
SÉRGIO: Você
gostou mesmo?
JOANA: Gostei.
SÉRGIO: Bom,
se você gostou, a gente pode repetir em breve, não é mesmo?
JOANA: Nossa,
mas já? Calma, não é assim que a coisa funciona não... Vamos com calma.
SÉRGIO: Mas
se você gostou, se eu gostei, não vejo porque a gente não repetir.
JOANA: Eu
sei, mas vamos dar um tempo, vamos deixar a coisa acontecer naturalmente, sem
forçação de barra, ok?
SÉRGIO: Tá
bom, gata, você quem manda.
Bernardo e Ramon vão até o
banheiro e Bernardo lhe entrega algumas notas, após se certificar de que não
tem ninguém os observando.
RAMON: Bernardo,
na boa, eu fico muito agradecido de você estar me emprestando essa grana, vou
devolver assim que puder, mas esse empréstimo é só por amizade mesmo, não é?
BERNARDO: É,
por quê? Você acha que estou interessado em quê?
RAMON: Não
sei, é que o pessoal por aí fala demais... Você sabe... Muita gente comenta que
você é apaixonado por mim, essas bobagens todas... E você sabe, eu tenho
namorada. Além do mais, a minha praia é outra, eu não curto esse seu lance aí,
você entende?
BERNARDO: Fique
tranquilo. Quando lhe falei que poderia conseguir o dinheiro foi porque fiquei
mexido com a sua história. É o seu sonho fazer esse teste, pode ser uma boa
chance pra sua carreira. Eu só quis ajudar. Não pensei em nada disso que você
tá falando... Só pensei em ajudar um amigo, só isso.
RAMON: Puxa,
legal. Assim fico mais tranquilo. E se você não tiver nada contra, prefiro que
essa história do dinheiro fique só entre a gente, ok? Porque esse pessoal fala
demais, tudo é motivo pra eles pegarem no pé da gente. Pro nosso próprio bem, é
melhor que essa história fique apenas entre nós, ok?
BERNARDO: Por
mim, tudo bem. Faça como achar melhor.
RAMON: Eu
te pago assim que puder, não se preocupe. E agora vamos voltar pra sala que a
aula já deve ter começado (e vai saindo)
BERNARDO: Ramon...
(ele se vira e para) Boa sorte no seu teste.
Ramon sorri e lhe estende a mão.
RAMON: Obrigado,
amigão. Nunca vou esquecer isso que você tá fazendo por mim. (se abraçam e dão
tapinhas nas costas)
Ramon sai do banheiro
apressado. Bernardo encosta na parede e suspira, feliz por ter tido um contato
tão íntimo com seu amado.
Continua amanhã...
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Você sabia?
África -
O antropólogo britânico E. E. Evans-Pritchard, também registrou que guerreiros
Zandes no norte do Congo rotineiramente assumiam jovens amantes do sexo
masculino entre as idades de doze e vinte anos, que ajudavam com as tarefas
domésticas e praticavam sexo intercrural (pênis no meio das pernas, com ou sem
penetração) com seus maridos mais velhos.
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