27 de dezembro de 2011

GLS TEEN - CAP. 38



No capítulo anterior...
- Sérgio confirma com Joana se ela está segura de que realmente quer ir a um motel
- Bernardo percebe que Ramon está com problemas e se oferece para ajudá-lo
- Joana relata a Sérgio a frustação com suas primeiras relações sexuais.  

CAP. 38

Sérgio se esforça para não decepcionar Joana. Faz tudo como manda o figurino. É gentil, cavalheiro, capricha nas preliminares e também explora seu instinto de macho na hora demonstrar uma pegada mais forte.

A transa corre bem, pelo menos aparentemente. Mas, na manhã seguinte...

RENATA: Chegou cedo ontem, Joana... Por onde você andou?
BEATRIZ: Fugiu da escola na hora do recreio, você não viu?
JOANA (deitada): Que é, deram pra me vigiar agora, já não basta o seu Tatão?
BEATRIZ: É que eu vi quando você e o Serginho saíram de carro do estacionamento... Aonde vocês foram?
JOANA: Hum, boca aberta, advinha...
BEATRIZ: Sei lá... Não tenho bola de cristal.
JOANA: A gente foi num motel, rezar.
RENATA: Rezar?
JOANA: Claro que não, sua tonta! O que as pessoas fazem num motel?
BEATRIZ: Mas e aí, conta, foi bom?
JOANA: Foi a mesma “sem graceza” de sempre...
RENATA: Você não gostou? Por que, ele não foi legal com você?
JOANA: Foi, foi muito legal. Mas não sei o que é, eu não consegui sentir nada... As meninas lá do colégio falam que vão à loucura quando saem com seus namorados e eu não sinto nada... Parece que é tudo tão rápido, tão mecânico, tão sem emoção, entende?
BEATRIZ: Foi melhor ou pior que com os outros?
JOANA: É tudo a mesma coisa... (instantes) Será que homem é tudo assim? Será que são todos iguais? Eu queria mais. Queria me excitar, sentir prazer, queria passar a noite toda lá, sabe? Mas na verdade eu não via a hora que ele acabasse logo pra eu vir embora...

Renata e Beatriz se olham sem compreender a insatisfação da irmã.

Em Ipatinga, Gilberto vai até o escritório da patroa para receber seu primeiro vale. Ele pega as notas, assina o recibo e sai. Caminha até o vestiário e resolve contar o dinheiro. Fica em dúvida e volta até o escritório.

GILBERTO: Dona Selma, eu estava recontando o meu dinheiro e percebi que a senhora cometeu um engano.
SELMA (desconfiada): Está faltando dinheiro? Mas você deveria ter recontado aqui, na minha presença, na hora que te entreguei...
GILBERTO: Não, não... A senhora me deu uma nota de vinte reais a mais do que deveria. E eu vim aqui devolver.
SELMA: Sério? Eu te dei a mais? Vamos recontar então...

Eles recontam o dinheiro três vezes e comprovam que Gilberto está certo. Ele devolve a nota e Selma fica admirada.

SELMA: Você foi muito honesto me devolvendo esse dinheiro, rapaz. Nesse país nosso pouquíssimas pessoas teriam tal atitude...
GILBERTO: Meus pais me ensinaram assim: o que é da gente é da gente. Se não é, a gente não põe a mão. E agora, se a senhora me der licença, vou voltar pro meu trabalho. (e sai)
SELMA (para a secretária): Estou admirada com a honestidade desse rapaz. Eu pensava que não se faziam pessoas como essas nos dias de hoje...

A noite cai. Joaquim falta à aula e segue com Xantara para mais uma noite de “trabalho” no posto de gasolina.

Os dois caminham por entre os caminhões quando um caminhoneiro faz gesto para Joaquim. É um homem dos seus quase 60 anos, aparência rude, meio gordo, barbudo. Um tipo bem estranho e desleixado.

Joaquim titubeia.

JOAQUIM (para Xantara): E agora, bee, o que eu faço?

Continua amanhã...


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Você sabia?

Muitas figuras históricas, incluindo Sócrates, Lord Byron, Eduardo II, e Adriano, tiveram termos como homossexual ou bissexual aplicados a eles. Uma linha comum de argumento é que ninguém na antiguidade ou na Idade Média experimentou a homossexualidade como um modo de sexualidade exclusivo ou permanente. Ela sempre estava associada a fases da vida dessas pessoas.

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