15 de abril de 2012

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Espécies ameaçadas da África do Sul são esculpidas em bronze

Jaime Velázquez. Johanesburgo, 15 abr (EFE).- O escultor sul-africano Bruce Clements gravou em bronze espécies da África do Sul que estão ameaçadas de extinção, em um projeto que pretende arrecadar fundos para a conservação da fauna e da flora através da venda das esculturas, tão singulares como as espécies retratadas. Além dos rinocerontes, os mais populares, mais de uma centena de anfíbios, 295 mamíferos, 841 aves e 41.769 plantas correm risco de extinção no continente e podem desaparecer no sul da África, segundo dados do Fundo para a Vida Selvagem da África Austral (EWT, na sigla em inglês). A ONG luta desde 1973 pela preservação da biodiversidade sul-africana e recentemente se uniu a Clements na tentativa de alertar a população e imortalizar as espécies. "É um sentimento estranho, saber que sou o primeiro a esculpir alguns desses animais e que talvez estas esculturas sejam a última lembrança deles, a menos que façamos algo imediatamente", disse à Agência Efe o escultor sul-africano. A destruição dos habitats naturais e o mercado de coleção são as principais ameaças para a vida selvagem na África do Sul. No entanto, o maior perigo é o desconhecimento da população sobre o fato. "O objetivo deste projeto não é apenas arrecadar fundos, mas também chamar a atenção sobre espécies que a maioria das pessoas nem sequer conhece", disse o artista. A extinção do rinoceronte é a mais popular, enquanto o coelho Riverine, o manatim africano e o lagarto de Sungazer são quase desconhecidos. "Há muitos animais que estão mais ameaçados que o rinoceronte, mas é muito difícil abrir os olhos das pessoas sobre as outras espécies menos carismáticas", lamenta Ian Little, responsável do programa de conservação de espécies da EWT. A primeira das esculturas em bronze modelada por Clements reproduz a andorinha azul. No momento, em seu estúdio em Johanesburgo, o artista trabalha no molde de cera do lagarto de Sungazer, e em seguida fará o coelho de Riverine, o mamífero mais ameaçado da África do Sul. "A lista é infinita, porque há milhares de espécies em perigo, e todas necessitam a mesma atenção", afirmou o escultor, que doará 50% da receita de seu trabalho para projetos de conservação. As esculturas têm um preço que oscila entre 3 mil rands (US$ 375) e 9 mil (US$ 1.125), dependendo do tamanho e dos detalhes da reprodução. Atualmente, o escultor está percorrendo a África do Sul para ver de perto as espécies que gravará em bronze. "É impossível retratar um animal sem ter visto antes seus movimentos e temperamento", explicou. As reservas naturais da África do Sul atraem a cada ano milhares de turistas, que buscam os chamados "cinco grandes": rinoceronte, leão, búfalo, leopardo e elefante. "Infelizmente, pouco desse dinheiro chega à conservação das espécies ameaçadas, pois a maioria delas não vive nestas reservas. Dessa forma, o turismo e os 'cinco grandes' quase não contribuem para proteger a diversidade da fauna sul-africana", acrescenta Little. EFE jv/cl-pa
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