20 de junho de 2012

GLS TEEN - CAP. 189



No capítulo anterior...
- Juarez e Lourdes tentam impedir que Bernardo participe do casamento junino, mas ele não aceita
- Na festa Junina Bernardo se casa com Joana, desagradando a família dela que também reprova
- Bebel vai ao laboratório fazer exames e fica apreensiva ao ver portadores do HIV
- Gilberto pede para treinar na academia de Reynaldo, mas este inventa uma desculpa
- Juarez pressiona e Bernardo revela que é transexual e que vai fazer a cirurgia para mudar de sexo

CAP. 189

JUAREZ (em choque): Como é que é?
AIRTON: Você vai cortar os negócio s de homem e vai colocar um negócio de mulher?
BERNARDO: É isso mesmo! Vou fazer uma cirurgia de readequação genital. Eu já me sinto uma mulher, agora só preciso ser uma mulher completa. E depois de fazer a cirurgia, vou entrar na justiça para mudar meus documentos. Aliás, de hoje em diante eu não quero que me chamem mais de Bernardo. A partir de hoje só respondo se me chamarem de Betina. Esse é o meu nome de mulher: Betina.
JUAREZ (ofegante): eu não acredito! Eu não acredito! Isso é demais pra minha cabeça! Eu acho que eu vou.../ (cai duro no chão)

Todos correm em seu socorro.

LOURDES: Corre lá Simone! Traz o álcool! Gerson busque uma água com açúcar! Corre! (para o marido) Juarez! Juarez! Acorda homem! Pelo amor de Deus!
AIRTON (para Bernardo): Tá vendo o que você fez?
GERSON: Toda vez que você vem com essas suas histórias alguém passa mal! Você não devia falar essas barbaridades aqui!

Bernardo corre para o telefone e chama uma ambulância.

Juarez não volta, apesar de todos os esforços da família. Nisso a ambulância chega, os médicos o colocam na maca e o levam para o hospital.

O clima fica muito tenso na casa.

No final da noite, Reynaldo entra para o banho e deixa o celular sobre a cama. Gilberto chega da escola e nota quando o aparelho vibra acusando o recebimento de uma mensagem. Gilberto tem a curiosidade de olhar e lê: “te aguardo amanhã às 18 no clube de sexo”.

Gilberto deixa recoloca o aparelho no lugar e vai para a cozinha, para dar a entender que não viu nada.

Na cozinha, ele fica pensativo.

GILBERTO (para si mesmo): Encontro no clube de sexo? O que esse cara anda aprontando?

De volta a Brasília, Célia chega do apartamento, onde dá os últimos retoques na decoração. Diógenes a espera na sala.

DIÓGENES: Por onde a madame andava até essa hora?
CÉLIA: Nossa! Não vai nem esperar eu acabar de chegar pra começar a me torrar a paciência?
DIÓGENES: Agora é assim né? Tudo é torrar a paciência... Você acha certo uma mãe de família ficar na rua até essa hora batendo perna?
CÉLIA: Sem sermão, por favor. Se eu tava na rua até agora, certamente era fazendo alguma coisa mais interessante do que ficar aqui nessa casa olhando pra essa sua cara mal humorada.
DIÓGENES: Eu vou te dizer uma coisa: eu tô tentando levar adiante essa situação, mas não tá dando não... Cada dia tá mais difícil pra mim. E vou te dizer mais: as crianças tão começando a ficar desconfiadas dessas suas andanças. Todo dia é passeio, todo dia é reunião com amiga... Agora mesmo elas vão começar a perguntar...
CÉLIA: Sempre as crianças né? Sempre as crianças... Crianças, que crianças? Todo mundo é adulto nessa casa... Aliás, se o problema for esse, eu vou conversar com eles. Vou explicar que o casamento dos pais deles acabou faz tempo, mas você é o único que ainda não percebeu isso.
DIÓGENES: Eu te proíbo de fazer isso. Você não se atreva.
CÉLIA: Então, se você não quer que eu conte a verdade, me deixe em paz. Aliás, vou tomar um banho porque eu tô cansada. Boa noite. (e sai)

Na manhã seguinte, Betina vai ao apartamento de Lorraine.

LORRAINE: Mandei te chamar aqui porque tem alguém ali que gostaria muito de te ver... Vai lá na cozinha.

Betina vai até a cozinha e se depara com Pâmela, sua amiga do Recife.

BETINA: Meu Deus! Que surpresa boa! Não acredito! (se abraçam forte)
PÂMELA: Nossa! Como você tá diferente! Tá toda feminina já... Roupa de mulher, cabelo de mulher, unha de mulher...
BETINA: E agora nome de mulher também. Já falei na escola e até lá em casa que agora só quero que me chamem pelo meu nome feminino: Betina.
PÂMELA: Lindo nome. Combina com você. Perfeito! Você já é uma mulher, Betina. Só falta fazer a cirurgia pra virar mulher de verdade...
BETINA: Menina! Essa história da cirurgia deu o maior bode... Meu pai teve um ataque cardíaco e foi parar no hospital. Tá internado até hoje.
PÂMELA: Eu soube. A Lorraine me contou tudo... Também, a senhora resolve casar vestida de noiva e tudo... Assim não há pai que resista...
BETINA: Ai, eu tô me sentindo tão culpada... E o pior é que a minha família inteira tá me culpando também. Tá todo mundo de cara feia pra mim lá em casa, dizendo que eu quase matei meu pai.
PÂMELA: Querida, essas coisas acontecem. Você não tem culpa de nada. Se não fosse por sua causa, seria por outra. Se o seu pai tem um problema cardíaco, um dia ele vai sofrer as consequências disso. Seu pai tá sofrendo agora. E você, que sofreu a vida inteira reprimindo a sua sexualidade, a sua identidade de gênero... Você compreende? Cada um tem a sua parcela de sofrimento. Todo mundo sofre na vida, de um jeito ou de outro. Você não deve se culpar pelo que aconteceu com seu pai. Você sabia que ele tinha problemas cardíacos?
BETINA: Não. Ninguém sabia...
PÂMELA: Então... O fato de ter acontecido com você, foi uma coincidência. Uma infeliz coincidência. Poderia ter acontecido em outra circunstância. Você não tem culpa de nada...
BETINA: Só você mesma pra me confortar, aliviar esse peso das minhas costas. Obrigado, Não sei nem como te agradecer.
PÂMELA: Esqueça tudo isso. Me conte as novidades, quero saber de tudo que você tem aprontando aqui no Planalto Central... Senta aí e me conta tudo...

No final da tarde, Gilberto vai ao clube de sexo. Ele chega após as dezoito horas, guarda suas roupas num armário e se dirige para um quarto escuro, onde não possa ser visto.

Pouco depois ele começa a percorrer os cômodos, com todo cuidado. Depois de passar por uns quatro ou cinco ambientes, escondido atrás de uma cortina, ele vê uma coisa que desperta a sua atenção: numa imensa cama coletiva, vários homens fazem sexo juntos e dentre eles está Reynaldo.

GILBERTO (para si mesmo): Eu não acredito! Então é pra cá que o safado vinha? Ele é adepto desse tipo de orgia... Não é possível!

Continua amanhã...


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Você sabia?

Embora a relação entre a homossexualidade e a religião possa variar muito através da época e do lugar, dentro e entre diferentes religiões e seitas e sobre as diferentes formas de homossexualidade e bissexualidade, as atuais lideranças e doutrinas das três grandes religiões de tradição judaica, em geral, veem a homossexualidade de forma negativa. Isto pode variar do desencorajamento silencioso da atividade homossexual, até a proibição expressa de práticas sexuais entre adeptos do mesmo sexo e uma forte oposição a aceitação social da homossexualidade. Algumas ensinam que a orientação homossexual é um pecado em si, enquanto outros afirmam que apenas o ato sexual é um pecado.

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