No capítulo anterior...
- Bebel foge do cliente. Percebendo o
tumulto, suas amigas travestis dominam o homem
- Ele afirma que está irado porque Bebel lhe
passou doença sexualmente transmissível
- Durante a conversa as travestis descobrem
que o homem teve relações com outras pessoas
- Sentindo protegida, Bebel se aproxima e
tenta entender o que está acontecendo
- Por acaso ela tem na bolsa os resultados
dos exames que fez na semana anterior e mostra
- Bernardo interrompe a chamada na escola e
diz que quer ser chamado de Betina. Os alunos reagem com ironia
CAP. 181
A professora tem dificuldade
para conter a algazarra.
PROFESSORA: Bernardo, meu querido, isso não é tão simples
assim. Vamos ter de verificar as leis em vigor na Secretaria de Educação.
Enquanto isso, seus colegas podem te chamar de Betina, como você quer. Mas no
diário, vamos ter de esperar um pouquinho. Ok?
BERNARDO: Sim
senhora, professora. Mas pode estar certa de que eu vou atrás dos meus
direitos.
PROFESSORA: Você está certo. Não vou me opor aos seus
sonhos, seus objetivos. É apenas uma questão de legalidade. Correto?
BERNARDO: Sim
senhora. Vou me informar a respeito.
PROFESSORA: Pessoal, vamos continuar a aula então? Já
perdemos um bom tempo.
A aula continua.
Amanhece o dia. Joselito e
Jussara caminham para a sala de aula.
JOSELITO: Maninha,
lembrei de uma pra te contar.
JUSSARA: Qual
é a macacada dessa vez?
JOSELITO: Parada
do seu interesse.
JUSSARA: Conta
logo! Para de me enrolar.
JOSELITO: Dia
desses flagrei sua amiguinha dentro do carro conversando com a mamãe.
JUSSARA: Amiguinha?
Que amiguinha?
JOSELITO: Aquela
do pé grande... A tal da Joana?
JUSSARA: Sério?
O que ela tava fazendo no carro da minha mãe?
JOSELITO: Elas
tavam batendo papinho. Esqueci um livro e quando voltei no carro pra buscar,
elas tavam lá trocando ideia...
JUSSARA: Eu
não acredito numa palhaçada dessas. Eu já discuti com a mamãe por causa disso.
Não faz o menor sentido ela ficar dando uma de amiguinha daquela cretina.
JOSELITO: Falou
assim que é muito amiga da mãe dela e que tava mandando um recadinho.
JUSSARA: Me
dá um grilo esse negócio!
JOSELITO: Eu
não sei não, mas tô começando a ficar desconfiado que aí nesse mato tem coelho.
JUSSARA: Como
assim?
JOSELITO: Não
sei, é só uma desconfiança... Mas que tá estranho tá...
Dias depois...
Reynaldo leva Gilberto à boate Nostro Mondo para assistir um show.
Durante duas horas eles se
divertem assistindo ao show comandado por Silvety
Montilla.
Terminado o show, eles vão a um
restaurante jantar.
REYNALDO: Não
te falei que o show na Nostro era
babado?
GILBERTO: Nossa!
Eu ri muito! Aquela apresentadora é muito divertida.
REYNALDO: A
Silvety é uma das apresentadoras mais
antigas de São Paulo. Eu comecei a assistir aos shows quando ela nem era famosa
ainda. Hoje ela é conhecida no Brasil inteiro, já foi a um monte de programas
na TV, tem programas no rádio, já gravou CDs... Até no Jô Soares ela já foi...
GILBERTO: Realmente
ela é muito divertida. Não sei de onde ela tira tanta coisa pra falar e zoar
com os gays...
REYNALDO: Aqui
tem muitas outras apresentadoras, tem a
Pandora que eu gosto muito, mas de todas a Silvety é de longe a mais divertida.
GILBERTO: Eu
fiquei morrendo de medo dela me chamar pra subir lá no palco. Eu ia morrer de
vergonha.
REYNALDO: Ela
esculacha com todo mundo né? Mas todo mundo sabe que é brincadeira. Não tem
maldade nenhuma naquilo...
GILBERTO: Ah!
Mas eu não queria passar por aquele constrangimento de jeito nenhum. Sou muito
tímido pra essas coisas...
REYNALDO: E
só não ficar lá perto do palco. Se ficar perto ela chama mesmo... E se você não
subir, aí que ela te zoa mesmo...
GILBERTO: Bom
saber disso, que da próxima vez quero ficar escondidinho lá no cantinho, pra
ela nem me ver...
REYNALDO: Bom,
mas mudando de assunto... A gente já riu bastante, já divertiu... Agora vamos
falar de coisas mais sérias.
GILBERTO: Puxa!
Assim você até me assusta...
REYNALDO: Já
pensou naquela minha proposta? O que você acha de continuar morando aqui em São
Paulo comigo?
Gilberto fica sem resposta.
Continua amanhã...
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Você sabia?
Serviço militar - As políticas e
atitudes em relação à gays e lésbicas militares variam muito ao redor do mundo.
Alguns países permitem que pessoas gays, lésbicas e bissexuais sirvam
abertamente e lhes concedem os mesmos direitos e privilégios que os seus
colegas heterossexuais. Muitos países nem proíbem nem apoiam que pessoas LGBT
sirvam às forças armadas.
Para ler os capítulos anteriores, acesse:
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