13 de junho de 2012

GLS TEEN - CAP. 183



No capítulo anterior...
- Gilberto fica surpreso com a cobrança de Reynaldo e não sabe o que responder
- Reynaldo lembra que ele não tem vínculos com Brasília, nem mesmo o emprego tem mais
- Célia apanha Joana para irem a um bar e lhe conta sobre suas brigas com o marido
- Bernardo pede a Lorraine esclarecimentos sobre a lei que o autoriza a usar o nome social na escola
- Dois homens atacam Bebel e tentam levar sua bolsa com todo o dinheiro que ganhou na noite

CAP. 183

Com sorte, Bebel consegue impedir que os homens levem sua bolsa.

Percebendo a movimentação, as travestis correm em seu socorro.

TRAVESTI 1: Machucou amiga?
BEBEL: Filhos de uma égua! Tô toda arranhada. Ai meu joelho... Ralou tudo... Meu cotovelo... Ai! Tá ardendo...
TRAVESTI 2: Você tá bem?
BEBEL: Eu acho que eu tô inteira...
TRAVESTI 1: Por que eles fizeram isso? Eles viram que você tava com grana?
BEBEL: Acho que eu vacilei. Falei pra eles que não queria fazer mais programa porque tava cansada...
TRAVESTI 2: Puxa Bebel! Você é macaca velha! Não pode ficar dando um mole desses amiga!
BEBEL: Foi meus cinco segundos de bobeira... Nem prestei atenção no que tava falando.
TRAVESTI 1: Tinha grana na sua bolsa?
BEBEL: Toda a grana que eu faturei hoje. Uns cinco ou seis programas.
TRAVESTI 2: Você deu foi sorte de ter conseguido salvar a sua grana. Os arranhões melhoram com o tempo. Mas não pode vacilar desse jeito não.
TRAVESTI 1: Vamos ali debaixo da marquise. Acho que eu tenho um Merthiolate na minha bolsa. Melhor você passar nesses arranhões pra não ficar marca.

Depois de umas cervejas, Joana vai ao toalete. Célia fica sozinha e nesse momento outra mulher se aproxima e começa a assediá-la.

MULHER: E aí, gata? Curtindo a noite?
CÉLIA: Saímos pra divertir um pouco.
MULHER: Saímos? Mas você não tá sozinha aqui?
CÉLIA: Não. Eu tô aqui com a minha companheira.
MULHER: Devagar essa sua companheira. Deixar a gata dela sozinha assim é um vacilo e tanto...
CÉLIA: Ela não me deixou sozinha. Ela foi ao toalete, só isso. Aliás, se você não se importar, eu preferia que você me deixasse sozinha. Ela pode chegar aqui e pode não gostar de te ver aqui.
MULHER: Tá bom gata. Eu vou. Mas pra falar a verdade não tô botando fé nesse papo não... A gente se vê (e sai)

Pouco depois Joana volta pra mesa.

JOANA: Quem era aquele cara que tava  aqui ciscando no meu terreiro?
CÉLIA: Uma desorientada aí. Pensou que eu estivesse sozinha e veio me assediar.
JOANA: Você falou pra ela que tava acompanhada né?
CÉLIA: Falei, claro. Mas ela não se convenceu muito não.
JOANA: É cada cara cretino que... Fala sério!
CÉLIA: Esquenta não. Vamos ficar tranquilas. Já pedi outra cerveja pra gente.

Joana não fica confortável com a situação. Toma a cerveja sempre olhando na direção da outra mulher.

Bebel chega ao apartamento. Lorraine está na sala assistindo TV.

LORRAINE: O que houve contigo criatura? Tá toda arranhada parecendo que brigou com gato.
BEBEL: Mona, nem te conto! Dois ocós tentaram me assaltar.
LORRAINE: Mas esses arranhões não parecem coisa de assalto...
BEBEL: Eles passaram de carro. O ocó que tava de carona puxou a alça da minha bolsa e saiu me arrastando. Eu comecei a correr, mas, com esse salto desse tamanho, né mona, não deu outra: caí no chão feito uma jaca podre!
LORRAINE: É, querida... E as pessoas ainda chamam isso de “vida fácil”. Quem nunca experimentou é que diz uma bobagem dessas. Na verdade é uma vida duríssima!
BEBEL: Eu que o diga.
LORRAINE: Ainda bem que eu saí dessa faz tempo... E acho que você deveria fazer a mesma coisa.
BEBEL: Eu quero sair, querida. É por isso que eu quero ir pra Itália botar os meus peitões de silicone, meu bundão... Depois quero arrumar um marido rico, pra nunca mais saber desse negócio de avenida, de fazer programa, de ter de aturar aqueles dragões...
LORRAINE: Se você sobreviver até lá, né amiga? Olha, não é querendo te agourar não, mas a rua tá cada dia mais perigosa... Eu só saio de casa porque sou obrigada... Com essa violência que tá por aí, não convém dar sopa não...  (pausa) Toma um banho e faz um curativo nesses arranhões, passa um Merthiolate pra cicatrizar logo.

As namoradas saem do bar. Joana fica no portão da rua enquanto Célia vai ao estacionamento, nos fundos, apanhar o carro. Mais uma vez a mulher aparece.

MULHER: Indo embora tão cedo gata? Não quer esticar a noite um pouco mais?
CÉLIA: Não mesmo. Eu tenho família. Já passou da minha hora.
MULHER: Puxa! Parece que você não caiu na minha mesmo né? Primeiro falou que tava acompanhada, agora me dá outra tirada.
CÉLIA: Eu realmente estou acompanhada. E não estou tirando você. Estou simplesmente tentando dizer que eu tenho uma pessoa. Só isso.
MULHER: Tem certeza que não quer me passar pelo menos o seu telefone?

Nesse exato instante Joana aparece e dá um soco na cara da mulher.

Célia fica perplexa.

Continua amanhã...


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Você sabia?

Serviço militar - Países como a Alemanha não possuem legislação impeditiva, mas requerem avaliação médica para aferir se a orientação sexual do recruta poderá interferir no seu desempenho militar. A Bélgica, o Canadá, a Dinamarca, a Espanha, a França, a Holanda (desde os anos 70), e a Noruega, de uma forma ou de outra, não permitem a discriminação e aceitam homossexuais. Na Grécia atual, o militar homossexual é automaticamente desligado das Forças Armadas se sua sexualidade tornar-se pública, enquanto que na Hungria a recomendação é não aceitar a homossexualidade e na Itália é considerada inadequada ao serviço militar. Em Luxemburgo, por sua vez, os homossexuais não são permitidos nas Forças Armadas.

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