No capítulo anterior...
- Tatão ouve as reclamações de Joana e os
apelos de Vanilda
- Diante de tanta insistência, Tatão se
dispõe a aceitar Joana, mas impõe condições
- Adriano demonstra ciúmes de Gilberto, que
diz que vai sair com mulheres
- Joana aceita as condições do pai e fica
eufórica com a volta pra casa
CAP. 65
TATÃO
(assim que Joana sai): E você, mulher, trate de cobrar dela. Não afrouxe o
cabresto não. Essa é a oportunidade que a gente tem de chamar ela à razão. Se
não trazer na rédea curta, daqui uns dias tá do mesmo jeitinho que tava antes...
Vanilda nem responde, de tão
feliz que está com a volta da filha.
Em outro ponto do país, outro
casal conversa sobre o filho, enquanto se vestem no quarto.
LOURDES: Eu
ando muito preocupada com o Bernardo. Esse menino tá muito quieto, não quer
conversa com ninguém, anda muito pensativo...
JUAREZ: Você
acha que tem a ver com aquela discussão que tivemos dias atrás?
LOURDES: Como
eu vou saber? Ele não se abre, não fala nada. Mas tudo indica que sim. O
Bernardo não é assim, é um menino alegre, comunicativo, prestativo... Agora tá
parecendo uma borboleta no casulo, se isolou de tudo e de todos.
JUAREZ: Os
filhos... E a gente que achava que eles só dariam trabalho quando eram
pequenos... Parece que quanto mais cresce, pior fica, porque quando são
pequenos, os problemas são simples, mas à medida que crescem os problemas vão
crescendo também...
LOURDES: Não
reclama, homem, nossos filhos são verdadeiras bênçãos de Deus na nossa vida.
Nunca nos criaram maiores problemas. Essas piticas aí passam.
JUAREZ: Pode
deixar, eu vou falar com ele.
LOURDES: Mas
vá com jeito, vê se não complica mais as coisas.
JUAREZ: Fique
tranquila.
Juarez bate à porta do quarto.
Bernardo abre.
JUAREZ: Filho,
será que a gente pode conversar um pouquinho?
BERNARDO (desinteressado):
Conversar sobre o quê, pai?
JUAREZ: Nós
temos notado você muito diferente nos últimos dias, muito quieto, calado nos
cantos, não quer papo com ninguém... Está acontecendo alguma coisa, filho?
BERNARDO: Nada
de especial não...
JUAREZ: Você
está assim por causa daquela nossa última discussão, não é?
BERNARDO: Também...
JUAREZ: Entenda,
filho, seus pais e seus irmãos só querem o seu bem. A gente não faria nada pra
te prejudicar, nós só queremos o melhor pra você, embora não pareça.
BERNARDO: Eu
sei, pai, mas tá tudo bem. Não há com que se preocupar. Pode ficar tranquilo.
JUAREZ: Seu
pai está aqui, se quiser conversar, se abrir, aqui você tem um amigo.
BERNARDO: Conversar
pra quê, se o senhor não entende nada que eu falo? Se só a vontade do senhor é
que vale?
JUAREZ: Não
é assim... Não tente levar as coisas pra esse lado.
BERNARDO: Tá
bom, pode deixar. Se me der vontade de conversar, eu falo com o senhor.
JUAREZ: Está
bem. Agora vou indo porque já está em cima da hora. Até mais, filho (e sai)
BERNARDO: Conversar...
Conversar pra quê? Eu não tenho vontade nenhuma de falar nada... Vocês não me
compreendem mesmo.
Cai a noite. Gilberto sai com
dois amigos da escola. Eles vão a um bar.
AMIGO 1: Depois
daqui a gente poderia dar um pulo lá na casa das meninas, o que vocês acham?
AMIGO 2: Meninas
que você fala é... Menina de esquema?
AMIGO 1: É,
isso mesmo, mulher de programa. Eu conheço um lugar legal. Elas falam que é
casa de massagem, só que depois da massagem a mulher faz um outro tipo de
massagem, entende?
GILBERTO: E
isso é bom? Eu nunca fui num esquema desses...
AMIGO 1: Sempre
tem a primeira vez, oras... É um esquema prático, saca? Você chega lá, escolhe
a mulher e vai logo pros finalmentes, não tem de ficar dando volta, jogando
conversa, saca?
GILBERTO: Tá
bom, se você tá dizendo que é assim, vamos nessa então.
Eles pagam a conta e saem
animados.
Já na “casa de massagem”, cada
um escolhe uma garota. Gilberto até gosta da massagem nas costas e se sente
relaxado.
GILBERTO: Nossa,
isso é muito bom. Eu devia ter descoberto isso antes...
Depois de um tempo a moça
começa a assediá-lo sexualmente.
MASSAGISTA: Bom, agora que você já está bem relaxado, a
gente podia se divertir um pouquinho... O que você acha?
Continua amanhã...
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Você sabia?
Pacífico
sul - Em muitas sociedades da Melanésia, especialmente em Papua-Nova Guiné, as
relações do mesmo sexo eram parte integrante da cultura até meados do século XIX.
Em muitas culturas tradicionais da Melanésia um menino na pré-puberdade
formaria um casal com um adolescente mais velho, que se tornaria seu mentor e
que iria "inseminá-lo" (oral, anal, ou topicamente, dependendo da
tribo) ao longo de vários anos para que o mais jovem também atingisse a
puberdade.
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