5 de janeiro de 2012

GLS TEEN - CAP. 46



No capítulo anterior...
- Bernardo hesita em entrar na boate gay. Pâmela o incentiva a entrar.
- Ele se deslumbra com o interior da boate, com os gogo boys e com a animação
- Gilberto janta com Nilva. Pinta um clima mas ele não consegue ter ereção.
- Depois de falhar na segunda tentativa, Gilberto vai embora inconformado

CAP. 46

Bernardo sai da boate com Pâmela. A nova amiga faz questão de deixá-lo em casa. O rapaz desce do carro e fica ao lado da porta conversando agachado.

BERNARDO: Quero te agradecer por tudo. Você realmente foi muito gentil comigo.
PÂMELA: Eu é que agradeço o privilégio de ter conhecido um garoto tão legal como você. Espero que essa seja a primeira de muitas noites... (e entrega seu cartão de visitas para Bernardo)

Nesse exato momento um táxi para bem atrás do carro de Pâmela. É Gerson e Airton que também estão chegando da noitada. Eles observam Pâmela, trocam alguns olhares entre si e entram.

BERNARDO: Melhor eu entrar, que é pra não dar bandeira...
PÂMELA: Beijos, querido. E não deixe de me ligar. (funciona o carro e sai)

Na manhã seguinte, chegando ao trabalho, Gilberto não resiste e comenta o episódio com o colega.

ADRIANO: Então quer dizer que o senhor negou fogo? Deixou a amapoa em chamas e depois não foi capaz de apagar o fogo?
GILBERTO: Pois é, cara, foi muito estranho. Isso nunca tinha acontecido antes comigo...
ADRIANO: Tem sempre uma primeira vez pra tudo, amadinho, até pra broxar... Ainda bem que com Adelaide Catarina tudo funcionou maravilhosamente bem...
GILBERTO: Lá vem você com suas palhaçadas... Eu aqui tentando falar sério e você aproveita pra esculachar...
ADRIANO: Aliás, garanhão, eu tenho um palpite pra explicar essa sua brochada repentina...
GILBERTO: Que palpite? Vindo de você só pode ser sacanagem.
ADRIANO: Eu acho que você tá perdendo o gosto pela fruta sem caroço... Não é isso não?
GILBERTO: Deixa de ser besta, rapaz! Me respeita! Já não te falei que eu gosto de mulher? Eu curto mulher de montão e de agora em diante só quero saber de mulher.
ADRIANO: Sei não, mas essa brochada aconteceu justamente depois que você começou a experimentar outros tipos de frutas... Você não acha isso muito estranho?
GILBERTO: Já vi que não dá pra confiar em você... Só porque você é essa bicha louca, desvairada, tem mania de achar que todo mundo é bicha como você. Me respeita, rapaz, eu sou é homem!
ADRIANO: Meu bem, Adelaide Catarina é vivida, já experimentou de tudo um pouco. Vai por mim: você tá é mudando de time...
GILBERTO: Ah! Quer saber? Vai se f...!
ADRIANO (debochado) Ai, não manda que eu vou correndo! Aliás vamos comigo...

Gilberto se irrita e sai. Adriano fica rindo.

Em Blumenau, enquanto lavam a louça, Tatão e Vanilda conversam sobre as atitudes da filha.

TATÃO: Não é certo isso: uma moça de família chegar em casa depois da meia noite todos os dias. Além disso, dia ou outro ela chega com cheiro de bebida. Aonde nós vamos parar com isso?
VANILDA: Sinceramente? Eu não sei. Já tentei falar com ela, conversar, com jeito, mas nada adianta. Essa menina é diferente dos outros irmãos, ela é turrona, cabeça dura. Só faz o que quer.
TATÃO: Eu sei o que é isso: é aquele sujeitinho que ela arrumou. É ele que tá fazendo a cabeça da menina e levando ela pro mau caminho.
VANILDA: Mas o rapaz nem tem aparecido aqui nos últimos dias...
TATÃO: Claro! Ele já deve ter desconfiado que eu vou dar um dura nele. Tá escorregando feito quiabo.

Nisso Joana entra na cozinha, sonolenta, procurando coisa pra comer na geladeira.

TATÃO: Que hora você chegou da rua ontem, mocinha?
JOANA: Não sei, nem tive a curiosidade de olhar no relógio. Se o senhor tava tão interessado em saber, porque não olhou no relógio?
TATÃO: Eu cansei de esperar no sofá da sala... Olha aqui, eu vou te falar uma coisa: eu não tô gostando nada do jeito de você anda conduzindo a sua vida. Aonde você espera chegar com isso? Acha que assim vai conseguir terminar seus estudos, conseguir um marido que te dê valor?
JOANA: E quem tá procurando marido aqui? Só se for o senhor...
TATÃO: Você me respeita, menina! Uma hora eu vou perder a cabeça com você. Eu tô te avisando. Depois não reclama que eu não avisei...
VANILDA: Olha aqui os dois, vamos parar com essa agressividade toda. Isso não leva ninguém a nada. (para Joana) Minha filha, o que nós estamos querendo dizer é que não fica bem pra uma moça como você levar a vida que você levando. Daqui uns dias você vai ficar falada aqui na vizinhança, na escola...
JOANA: Ai mãe, que papo mais careta... Isso é coisa da época que a senhora era jovem... Vinte e muitos anos atrás... Heloooowwww!
TATÃO: O que nós estamos querendo dizer é que, ou você emenda e toma jeito, ou então você vai ter de seguir o seu rumo, porque filha barriguda e parida eu não vou aceitar dentro de casa?
JOANA (incrédula): O senhor tá ameaçando me expulsar de casa?

Continua amanhã...


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Você sabia?

Américas - Homossexuais e transgêneros também eram comuns entre outras civilizações pré-conquista na América Latina, como os astecas, maias, quíchuas, moches, zapotecas e os tupinambás, no Brasil.

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