26 de março de 2012

GLS TEEN - CAP. 115



No capítulo anterior...
- Depois de esperar por mais de 01 hora, Gilberto vai à casa de Romero
- O carro não está na garagem, mas ainda assim ele aguarda por mais 01 hora
- Joaquim conta a Xantara que pretende continuar em Belém por algum tempo
- Lourdes questiona Juarez se o Exército é a melhor alternativa para Bernardo
- Joaquim resolve atender um cliente no alpendre de casa, mas são surpreendidos por Ronaldo

CAP. 115

RAPAZ (atordoado): Êh Bebel! Eu te falei que esse negócio não ia dar certo! Eu vou é me mandar!
RONALDO: Não vai não seu sem vergonha! Deixa eu te quebrar no pau primeiro!

Rapidamente Ronaldo apanha um pedaço de pau no chão e parte para cima do rapaz, que corre e consegue fugir. Ronaldo então se volta para o filho.

RONALDO: Maldito! Sua mãe devia ter te deixado lá no quinto dos infernos aonde você tava! Não tinha nada de te trazer pra cá, pra fazer putaria na minha casa!
JOAQUIM (implorando): Pai! Por favor, não me bate. Não me machuca!
RONALDO: Ordinário! Já não cansei de te falar que a minha casa não é cabaré?

Ele parte pra cima de Joaquim e consegue lhe acertar algumas bordoadas.

RONALDO: Você quer fazer as suas baixarias, que vá fazer lá no inferno! Na minha casa não que aqui não é puteiro!
JOAQUIM: Desculpa, pai, eu errei. Mas isso não vai acontecer de novo.
RONALDO: Não vai mesmo! Porque você vai sumir daqui de uma vez por todas! Cabra safado! Boiola do cão!

Nisso Helena chega correndo ao ouvir a gritaria.

RONALDO: Tá vendo no que deu a sua ideia de trazer esse miserável pra casa? Tá vendo? Eu não te falei?
HELENA: Homem de Deus! Quê que tá acontecendo aqui?
RONALDO: O seu filhinho querido, que você foi buscar lá no quinto dos infernos, tava de safadeza com outro cabra safado. Aqui! Aqui na porta da nossa casa! Daqui uns dias vai poder botar a luz vermelha aqui e cobrar, porque pra um cabaré não vai faltar nada!
HELENA (para Joaquim): Meu filho, isso é verdade? Não é possível que você fez uma coisa dessas!
JOAQUIM: Eu pensei mãe... Eu pensei que tava todo mundo dormindo...
HELENA: Mas nem que tivesse, criatura! Você não tem juízo nessa cabeça? Ô meu Deus! Quando é que você vai tomar juízo, menino?
RONALDO: Vai tomar juízo quando eu quebrar a cabeça dele no porrete. Esse cabra safado! Eu não criei filho pra ser vagabundo não, ô sua coisa esquisita!
HELENA: Ronaldo, para! Chega! Você já deu o corretivo nele, agora chega.
RONALDO: Ah! Eu não acredito! Agora você vai defender o sem vergonha de novo?
HELENA: Eu não tô defendendo. Só tô querendo dizer que essa não é a maneira certa de resolver as coisas. Não é pancada que resolve as coisas, homem. Esse tempo de resolver as coisas na pancada já passou, criatura.
RONALDO: Quer saber? Eu tô cansado de ser o errado nessa casa! Pelo visto você vai passar o resto da vida acobertando as safadezas desse sem-vergonha. Eu não tô a fim de virar motivo de esculhambação da vizinhança não! Você escolhe: ou eu ou o safado do seu filho.
HELENA (corrigindo): Nosso filho... Nosso filho.
RONALDO: Nosso não, seu! Ele deixou de ser meu filho desde que escolheu esse caminho de safadeza e libertinagem.
HELENA: Pois bem, se você me obrigar a fazer uma escolha dessas, talvez a minha escolha não vai te agradar muito.
RONALDO: Pois eu quero que você escolha agora! Ou ele ou eu.
HELENA: Eu gosto muito de você meu marido e não tinha a intenção de me separar de você nunca, porque eu jurei na frente do padre. Mas se você me obrigar a escolher entre você e meu filho, eu sou obrigada a escolher o meu filho. Eu te amo muito, mas ele é sangue do meu sangue. É com ele que eu quero ficar.
JOAQUIM (apurado): Não mãe! Ele é seu marido! É com ele que a senhora tem de ficar. Eu tô errado, eu que sou o problema nessa família. Eu vou embora, não tem o menor problema. Eu saio, eu sumo no mundo.
HELENA: Foi ele que me obrigou meu filho. A minha decisão tá tomada.

Joaquim abraça a mãe. Ronaldo continua inconformado.

RONALDO: Se é assim, vou ali fazer a minha mala e hoje mesmo eu volto pra casa da minha mãe. Já que vocês dois são dois safados, é um acobertando o outro, que fiquem juntos!
HELENA: Você como sempre falando besteira, homem! Agora eu sou safada? Que dia eu te desrespeitei? Desde o dia que a gente casou, eu trabalhei feito condenada pra te ajudar, pra cuidar dos nossos filhos. Que dia alguém abriu a boca pra falar alguma coisa sobre o meu comportamento? Que dia?
RONALDO: Nunca. Ninguém nunca falou nada. Mas depois que esse aí virou a cabeça, parece que você virou também. Eu não te reconheço mais! Quer saber? Eu não vou ficar aqui batendo boca porque isso não vai dar em nada. Eu vou é embora (e entra apressado)

Joaquim corre para a mãe.

JOAQUIM: Mãe, não deixa ele ir embora. Vai lá! Fala para ele que eu vou embora. Fala pra ele que nunca mais eu boto os pés aqui se ele não quiser.
HELENA: Meu filho, a ideia foi dele. Não foi ele que me obrigou a escolher? Então eu escolhi. Ninguém nunca deve obrigar uma mãe escolher entre um filho e qualquer outra coisa, porque ela sempre vai escolher o filho, por mais errado que ele seja. Quando alguém obriga uma mãe a fazer uma escolha dessas, é porque já sabe da resposta. Na verdade ele quer uma desculpa pra fazer a coisa, entende?
JOAQUIM: Mãe, mas é o seu marido. Você precisa dele pra sustentar a casa. E os meus outros irmãos como é que vão ficar?
HELENA: Eu sempre trabalhei pra ajudar no sustento da casa. Não foi assim? Então assim será de agora pra frente.

Nisso Ronaldo sai, nervoso, terminando de enfiar as roupas na mochila.

RONALDO: Depois eu passo aí pra pegar o resto das roupas e as minhas ferramentas.

JOAQUIM (chorando, desesperado): Pai! Por favor! Não faz isso com a minha mãe não! Eu vou embora, o senhor fica. Por favor! Não deixa a minha mãe!

Continua amanhã...


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Você sabia?

Dados confiáveis quanto ao tamanho da população de homossexuais são informações valiosas para os governos e para suas políticas públicas de educação, saúde, emprego, segurança, etc. Por exemplo, a demografia ajudaria no cálculo dos custos e benefícios das prestações de parceria doméstica, o impacto da legalização da adoção por homossexuais e o impacto da política Don't Ask, Don't Tell (Não pergunte, Não digo) das Forças Armadas dos Estados Unidos. Mas, essas informações não são tão fáceis de serem obtidas, como veremos nos próximos tópicos.

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