22 de março de 2012

GLS TEEN - CAP. 112



No capítulo anterior...
- Lorraine aconselha Bernardo a aceitar a decisão do pai e ingressar no Exército
- Gilberto conta a Joel sobre a festa do fim de semana
- Joel tenta alertar Gilberto para não se envolver com Romero, mas ele ignora
- Helena e Joaquim chegam a Belém. O clima fica tenso entre pai e filho

CAP. 112

JOAQUIM: A sua bênção, meu pai.
RONALDO: Escuta aqui sujeito, de tanto a sua mãe me azucrinar, eu permiti a sua entrada nessa casa. Mas preste muita atenção!
HELENA (cortando): Boa noite pra você também, Ronaldo. Antes de despejar o seu balaio de grosserias, pelo menos responda ao pedido de bênção do seu filho.
RONALDO: Deus te abençoe.
JOAQUIM (para Helena): Eu te falei, mãe, que esse negócio de voltar pra cá não ia dar certo... Melhor eu ter ficado lá na rua mesmo...
RONALDO: Melhor mesmo, porque se você tá pensando que vai transformar a minha casa num cabaré, você tá muito engando. Eu te quebro no pau antes disso acontecer!
HELENA: Ronaldo! Será possível? A gente já não falou sobre isso um caminhão de vezes? A gente fala as coisas com você e parece que não adianta nada! Deixa de grosseria, homem! Você devia era estar feliz por receber o seu filho de volta em casa. Quantos pais não recebem o filho dentro de um caixão e alguns nem recebem? Você não tem medo de Deus te castigar? Para de falar besteira, homem!
RONALDO: É, agora é assim, o errado nessa casa sou eu. O sem vergonha aqui também sou eu. Quero só ver o dia que eu puxar o meu carro e tirar o meu timinho de campo... Quero ver como é que vocês vão se arranjar...
HELENA (para Joaquim): Não liga não, meu filho, depois que você foi embora ele só fez piorar. Vive assim: bêbado, encostado nos cantos feito um burro arriado. Não liga não. Sua mãe tá aqui pra te apoiar e pra te defender dele. Vai lá guardar as suas coisas no quarto, toma um banho, enquanto eu arrumo uma janta pra nós.

Joaquim pega a mochila e segue para o quarto, sempre desconfiado.

HELENA: Será possível, homem? Já foi um custo pra convencer o menino a voltar pra casa. Você quer botar ele na rua de novo?
RONALDO: Você vai se arrepender de trazido esse aí de volta pra casa. Devia era ter deixado lá mesmo onde tava... Depois não diga que eu não avisei.
HELENA: Ah! Vai tomar um banho pra ver se essa cachaça sai do seu corpo, vai!

Amanhece o dia.

Joana e Jussara saem do colégio conversando. Célia as espera encostada na porta do carro.

CÉLIA: Oi queridas!
JOANA: Tudo bem dona Célia?
CÉLIA: Dona? Quem é dona aqui? Querida, por favor, chame-me apenas de Célia. Me chamando de dona você me faz sentir velha...
JOANA: Ah sim. Desculpe... Célia.
CÉLIA: Bom, já que estamos aqui, a gente poderia almoçar juntas. Que tal uma comidinha chinesa ali na praça de alimentação do shopping?
JUSSARA: Mãe, mas a gente não tinha combinado de ir à casa da tia Celina?
CÉLIA: Tinha, mas depois a gente vai lá outra hora. Ligo pra ela e aviso. O que vocês acham da ideia?
JUSSARA: Eu não sei de mais nada. A senhora é quem sabe.
CÉLIA: E você Joana, o que acha da comidinha chinesa?
JOANA: Eu? Bem, eu não sabia que estava inclusa no programa...
CÉLIA: Claro que está meu bem. E aí, o que me diz? Vamos? Faço questão.
JOANA: Bom, sendo assim, eu aceito o convite.

Célia desliga o alarme do carro. Joana fica olhando para Jussara sem entender nada.

Durante o almoço Célia não tira os olhos de Joana, que por sua vez se concentra em Jussara.

Horas mais tarde, na varanda do apartamento...

JUSSARA: Mãe, me diz uma coisa: a senhora já reparou o jeito que a Joana olha pra mim?
CÉLIA: Não. Como assim?
JUSSARA: Não sei. Ela sempre fala comigo olhando no fundo dos meus olhos. Acho estranho. As minhas outras amigas não me olham assim...
CÉLIA: Bobagem, filha. Impressão sua. Joana é uma menina muito bacana. Gosto do jeito dela.

Nisso o filho mais velho de Célia passa pela sala e ouve a conversa. JOSELITO tem 20 anos, magro, alto, moreno claro.

JOSELITO (interferindo): Sei não, pra mim aquela tal de Joana tem o pé o grande...
JUSSARA (sem entender): Pé grande?
JOSELITO: Sapatão, maninha. Sapatão. Mais macho do que eu, saca?
CÉLIA (cortando): Que isso, menino? Não diga uma bobagem dessas!
JOSELITO: Não precisa nem dizer, tá na cara! Só não vê quem não quer...
JUSSARA: Será mãe?
CÉLIA: Claro que não. Isso é maldade da cabeça do seu irmão. Só porque a menina tem o cabelo curtinho e um jeitinho diferente ele já vem logo taxando a coitada de alguma coisa...
JUSSARA: Mas que é estranho o jeito que ela me olha, isso é...

Célia tenta desconversar, mas Jussara fica intrigada.

Continua amanhã...


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Você sabia?

As práticas homossexuais entre mulheres também incluem penetração, mas com menor frequência; no entanto, quando praticada, é mais comum que a estimulação do órgão genital da parceira seja realizada manualmente ou, em outros casos, com um dildo (pênis artificial), embora esse seja mais raro.

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