No capítulo anterior...
- Jussara liga para duas amigas, que têm
opiniões diferentes sobre Joana
- Joel convida Gilberto para ir a uma sauna
gay, mas ele desconhece esse tipo de estabelecimento
- Gilberto fica admirado com a descrição, mas
recusa o convite porque vai à festa com Romero
- Joaquim procura a amiga Xantara e lhe conta
as suas peripécias em São Paulo
- Gilberto espera por mais de uma hora e nem
sinal de Romero. Ele fica preocupado
CAP. 114
Preocupado com a demora,
Gilberto toma uma decisão.
GILBERTO
(para si mesmo): Não dá mais pra esperar. Já que ele não aparece, celular não
atende, nem nada, eu vou até a casa dele pra ver se aconteceu algo. Vou fazer
isso agora! (e sai caminhando apressado)
Gilberto caminha cerca de dois
quilômetros, transpõe o Eixo Monumental
e chega até a Asa Norte, onde fica o apartamento de Romero.
Para sua surpresa, o carro não
está na vaga da garagem.
GILBERTO
(para si mesmo): Gente, mas não é possível! Se ele não está aqui é porque
alguma coisa muito séria aconteceu! Não acredito que o danado não tenha se
lembrado de me ligar e avisar... No mínimo deve estar querendo me poupar de
algum aborrecimento...
Depois de andar de um lado para
outro, e esperar por quase uma hora, Gilberto volta pra casa intrigado.
Joaquim e Xantara continuam a
conversa, sentados no banco da área comum do edifício.
XANTARA: Mas
e agora, vai ficar por aqui de vez? O que achou da experiência em Sampa?
JOAQUIM: Mona,
foi bafão... A cidade é bonita, é grande, mas aquelas travas de lá são uó!
Parece que todo canto lá tem dona. Nesse ponto, ser protegida da desgraçada da
cafetina era até bom, porque era só eu falar que era da casa de Madame Susette
que ninguém botava as caras comigo.
XANTARA: Ah,
você foi pra casa de madame Susette? Nossa! Aquela mulher é o cão chupando
manga e cuspindo marimbondo. Na primeira vez que eu fui pra São Paulo também
fiquei na casa dela. Ô mulherzinha carne de pescoço! PQP! Mas isso que você
falou é verdade: ela tem território demarcado lá e ela protege as suas travas
de qualquer um...
JOAQUIM: Então,
eu não tava conseguindo faturar aqué suficiente pra pagar todas as despesas e
ela me botou na rua, sem dó nem piedade.
XANTARA: Ela
é assim mesmo. Mas vou te dizer uma coisa: as outras cafetinas são do mesmo jeito,
e os cafetões são até piores. Se você tiver pensando em voltar pra lá, não se
iluda... Em qualquer lugar vai ser a mesma coisa. A não ser que você ajunte uma
grana e vá morar sozinha, arrumar seus clientes por telefone, anúncio de jornal,
papel pregado em orelhão... Aí sim, é outro nível. Mas em casa de cafetina é
tudo a mesma coisa.
JOAQUIM: Não
sei... Por enquanto eu tô pensando em dar um tempo aqui. Ficar por aqui mesmo,
ajuntar uma grana e voltar pra lá com uma situação melhor. Nessas semanas, eu
vi que a coisa não é moleza. Mas, se a gente quiser conquistar alguma coisa,
tem que ser assim, na base da dificuldade. Mas eu não vou desistir do meu
sonho. E o meu sonho depois de São Paulo, é ir pra Itália. Colocar meu peitão,
ganhar horrores de aqué e voltar rica e poderosa. Te mete?
XANTARA: É
amiga, sem querer te desanimar, mas você vai ter de ralar muito pra conseguir
isso mona... E bota ralação nisso...
Juarez e Lourdes conversam na
cama antes de dormir.
LOURDES: Você
está seguro que colocar o Bernardo no Exército é a melhor alternativa?
JUAREZ: Seguro,
seguro a gente nunca tá né? Mas eu já fiz de tudo pra ver se esse menino toma
jeito e nada parece funcionar... Quem sabe lá no Exército, pressionado no meio
daquele tanto de militares, ele não toma jeito e não assume uma postura de
homem de uma vez por todas?
LOURDES: Não
sei. O que me preocupa é que isso vai prejudicar os estudos dele, pode atrasar
a entrada na faculdade...
JUAREZ: Eu
também penso nisso, mas esse menino precisa levar uma dura pra tomar juízo. Eu
acho que no quartel, convivendo só com homens, com a rotina puxada do dia a dia,
ele vai esquecer essas bobagens que passam na cabeça dele, vai se focar mais.
De repente até toma gosto pela carreira militar...
LOURDES: Deus
te ouça... Deus te ouça. O meu medo é a gente arrumar um problema ainda maior
do que já tem...
Joaquim se dirige pra casa,
tarde da noite. Algumas quadras antes de chegar, um homem o aborda. O rapaz é
ajudante de caminhoneiro e o reconhece do posto.
RAPAZ: Hum...
Bebel? Você andava sumida...
JOAQUIM: É,
tive uma temporada em São Paulo. Mas agora estou de volta.
RAPAZ: Tu
tá podendo, hein? E aí, tá a fim de ganhar um troco? Tô na maior seca e tô
precisando de um servicinho daqueles que só você sabe fazer...
JOAQUIM: Não
pode ser lá no posto, amanhã? Porque aqui não tem lugar...
RAPAZ: Então,
tinha de ser hoje, porque amanhã pego a estrada cedinho...
JOAQUIM: Caramba...
Deixa eu ver... (pensa um pouco) Só se for lá no alpendre da minha casa...
RAPAZ: Mas
não é perigoso lá? E a sua família?
JOAQUIM: Não...
A essa hora tá todo mundo dormindo...
RAPAZ: Beleza.
Vamos lá então.
Eles entram devagar, com o
máximo de cuidado para não fazer barulho e nem chamar a atenção.
Instantes depois de o ato ter
começado, alguém chega da rua e os surpreende.
RONALDO: Mas
que diabo é isso aqui?
Joaquim e o rapaz ficam em
pânico.
Continua segunda-feira...
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Você sabia?
Outras
práticas sexuais entre lésbicas, e que são menos comuns, incluem o fistfucking,
o sexo anal, que é tido como secundário numa relação lésbica, muitas vezes
realizado manualmente ou com dildos; e práticas sadomasoquistas que, embora
muito raras, podem incluir o uso de chicotes e flagelação como entre os
heterossexuais sadomasoquistas. Outro assunto de interesse entre estudiosos e
sexólogos é saber se as lésbicas possuem atração sexual por mamilos tanto
quanto os homens heterossexuais, e a maior parte dos autores escrevem que o
interesse é relativo mas semelhante.
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