No capítulo anterior...
- Lorraine se apresenta para os garotos.
Gilberto e Bernardo simpatizam com ela. Joana não
- Bebel e Carlete quase são expulsas do ponto
por travestis, que recuam ao ouvir o nome de Sustte
- Gilberto vai ao Parque da Cidade e conhece Romero, que o convida para sair
CAP. 102
GILBERTO: Podemos
sim, desde que não fique muito tarde, porque ainda não conheço bem a cidade e
amanhã trabalho cedo.
ROMERO: Você
é de onde mesmo?
GILBERTO: Sou
de Minas e estou aqui na cidade há menos de quinze dias.
ROMERO: Meu
carro está ali naquele estacionamento (e mostra)
Eles caminham até lá, enquanto
conversam, se conhecem, etc. Romero leva Gilberto a um bar, dentro do próprio Parque.
Algum tempo depois...
GILBERTO: Puxa!
Gostei muito de te conhecer. Você parece ser um cara muito legal.
ROMERO: É,
de vez em quando alguém me diz isso... (risos) Mas falando sério agora: o que
você achou de mim, sem ser da minha pessoa, digo, da minha aparência?
GILBERTO: Você
é um cara pinta, interessante.
ROMERO: Você
acha que rola alguma coisa entre a gente?
GILBERTO: Pode
rolar. Por que não? Da minha parte rola sim.
ROMERO: Eu
também te achei muito interessante, ainda mais com esse sotaque mineirinho...
(risos) Você tá a fim de ir no meu apartamento? Fica aqui perto também.
GILBERTO: Vamos.
Convite aceito.
Romero pede a conta.
Em frente ao seu prédio,
Bernardo liga para Pâmela, que lhe responde enquanto caminha no calçadão.
PÂMELA: Como
você está meu querido?
BERNARDO: Estou
bem, mas com muita saudade de você e do Recife. Aqui é tudo tão diferente...
Ainda não me familiarizei com essa cidade...
PÂMELA: Eu
sei como é. Brasília é bem diferente mesmo... Já estive aí algumas vezes. Pra
quem é acostumado com praia, mar, calçadão, é uma diferença e tanto.
BERNARDO: Não
se esqueça de me recomendar àquela sua amiga. Tô me sentindo sozinho aqui e não
vejo a hora de conhecê-la.
PÂMELA: Pode
deixar, hoje mesmo quando chegar em casa eu ligo pra ela. Você vai gostar. É
uma pessoa incrível.
BERNARDO: Eu
agradeço muito. Agora vou desligar, porque não quero atrapalhar a sua
caminhada. Beijos.
PÂMELA: Você
não me atrapalha, fofo. Posso caminhar e falar contigo sem problemas. Quando
quiser pode ligar. Beijos.
Um pouco mais tarde, em casa,
Pâmela liga para Bernardo.
PÂMELA: Querido,
falei com a minha amiga e ela também está muito interessada em te conhecer.
Anota aí o endereço dela.
Bernardo ouve e se admira.
BERNARDO: Mas
esse é exatamente o endereço do prédio onde eu moro! Então quer dizer que sua
amiga é minha vizinha?
PÂMELA: Nossa!
Como esse mundo é pequeno! O nome dela é Lorraine, é grandona, espalhafatosa,
brincalhona...
BERNARDO: Ah
não brinca! Então eu já a conheço!
PÂMELA: Mesmo?
BERNARDO: Sim,
já nos conhecemos...
PÂMELA: Então,
pode procurá-la e dizer que é meu amigo que ela lhe dará toda a atenção.
BERNARDO: Ai,
Pâmela, não sei o que seria da minha vida se não fosse você. Mais uma vez,
muito obrigado. (e desliga)
Depois do sexo, Romero deixa
Gilberto na porta do prédio.
ROMERO: Será
que a gente pode se ver outras vezes?
GILBERTO: Sim,
claro. Quando você quiser. Anota aí meu celular. (e mostra o número)
Despedem-se. Romero vai embora
e Gilberto entra no condomínio todo alegre, deslumbrado com tudo que acabara de
lhe acontecer.
Continua segunda-feira...
>>>>>>>>>>>>>>>>
Você sabia?
Sexólogos
têm escrito que, ao contrário do que se pensa, a forma mais comum de um homem
homossexual levar outro ao orgasmo não é através do sexo anal, mas
principalmente da felação e da masturbação (e há desacordo entre os pesquisadores
quanto a qual das duas primeiras teria maior incidência). Pesquisadores também
atestam que um dos atos mais comuns do sexo homossexual seria o de esfregar os
órgãos genitais entre as coxas do outro (coito interfemoral) ou de encontro a
outras partes (frictação ou fricção, embora muitos autores reservem esse termo
às práticas homossexuais entre mulheres). Ainda assim, o sexo anal ainda é dos
mais praticados pelos homossexuais homens.
Nenhum comentário:
Postar um comentário