20 de março de 2012

GLS TEEN - CAP. 110



No capítulo anterior...
- Célia convida Joana para entrar e a deixa intrigada com tamanha gentileza
- Romero leva Gilberto para conhecer o Lago Paranoá, deixando-o deslumbrado
- Joana comenta com a irmã a maneira estranha com que Célia age com ela
- Depois do sexo, Romero convida Gilberto para ir a uma festa de aniversário no fim de semana
- Bernardo chega em casa e é surpreendido pelo pai que o chama para uma conversa

CAP. 110

JUAREZ: Você já soube de tudo que aconteceu naquele colégio hoje de manhã?
BERNARDO: Sim, eu soube. A gente vai ter de mudar de colégio, né?
JUAREZ: Vai. Eu fiquei indignado com a postura daquela coordenadora e com a falta de pulso dela pra peitar aquelas mães preconceituosas. Na hora eu perdi a paciência e falei que não precisava se preocupar que eu mesmo tiraria meus filhos de lá.
BERNARDO: O Airton me contou.
JUAREZ: Mas a pergunta que eu me faço, ou melhor, que eu faço a você é a seguinte: até quando, Bernardo? Até quando a gente vai ter de passar por esses constrangimentos? Você consegue imaginar o que é pra mim, como pai, como um homem da minha idade ter de passar por isso duas, três vezes todos os anos?
BERNARDO: Eu posso imaginar, pai.
JUAREZ: Não. Você não pode imaginar. Eu sou um coronel do Exército, um militar. Eu faço parte de um extrato da sociedade onde a masculinidade é quase uma obrigação, uma exigência. Não é fácil pra mim ter de ir na escola pra ouvir as pessoas colocar em cheque e questionar a sua sexualidade. Mais ainda: rejeitar a sua presença como se você fosse um mal, uma moléstia, um câncer no meio daquele grupo social.
BERNARDO: Tá pai, o senhor dá dizendo que eu sou uma vergonha pro senhor, pra minha família. O senhor quer que eu faça o quê? Que eu suma no mundo, me mude pra Marte, desapareça do mapa, é isso?
JUAREZ: Eu quero que você mude de atitude. Eu tô cansando de passar por esses constrangimentos todos os anos. Eu não aguento mais! Se não é possível pra você virar um homem de verdade, pelo menos finja que é.
BERNARDO: Como assim? Eu não tô entendendo aonde o senhor quer chegar...
JUAREZ: Eu tomei uma decisão. Semana que vem você vai se apresentar no Exército para prestação do Serviço Militar Inicial, não vai?
BERNARDO: Sim, vou. E daí?
JUAREZ: Daí que eu não vou mover uma palha para que você seja dispensado do serviço militar. Pelo contrário: vou determinar que você seja incorporado. Você vai cortar esse cabelo feito homem, vai parar de pintar esse cabelo de ruivo. Vai tirar esse brinco da orelha e vai ficar, pelo menos, parecido com um home de  verdade.
BERNARDO: Pai, mas não é isso que a gente tinha combinado... Eu preciso estudar, fazer a minha faculdade... Se eu entrar no Exército isso vai prejudicar os meus estudos.
JUAREZ: Pode ser que sim. Mas já está decidido. Enquanto você viver debaixo do meu teto, vai ter de seguir as minhas ordens. É isso ou a rua. Eu não aguento mais passar constrangimento por sua causa. Quem sabe, com essa nova experiência no Exército, você não encontre um novo rumo pra sua vida?
BERNARDO: Essa é a sua palavra final?
JUAREZ: É. E esteja certo de uma coisa: não pretendo voltar atrás.

Bernardo abaixa a cabeça e se retira contrariado.

Na varanda do amplo apartamento, Célia conversa com Jussara enquanto observam o belo por do sol no Planalto Central.

CÉLIA: Gostei da sua amiga Joana. Parece ser uma menina legal. Você deveria convidá-la para vir mais vezes aqui em casa.
JUSSARA: Logo a Joana? Sabia que tem muita gente na sala que não vai com a cara dela?
CÉLIA: Implicação boba. Achei uma boa menina. Educada, gentil, moderninha...
JUSSARA: A senhora dizendo isso, mãe? Até onde eu sei a senhora nunca gostou que meus colegas frequentassem a nossa casa...
CÉLIA: Impressão sua. Eu nunca disse isso.
JUSSARA: Não disse com todas as letras, mas era o que dava a entender.
CÉLIA: Isso é coisa da sua cabeça. Sempre achei melhor que seus colegas viessem aqui do que você fosse pra casa deles. Aqui posso controlar melhor as coisas e não preciso me preocupar com você perdida aí por essa cidade.
JUSSARA: Sei não, mas a dona Célia está muito mudada. De qualquer forma, qualquer dia desses convido a Joana pra almoçar aqui.

Bernardo bate na porta do apartamento de Lorraine.

LORRAINE: Oi minha deusa ruiva! Entre!
BERNARDO: Amiga, estou com um baita problema e só você pode me ajudar.
LORRAINE: Se não for dinheiro, porque dinheiro a tia Lô não tem...
BERNARDO: Antes fosse. É bem pior que isso...

Continua amanhã...


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Você sabia?

Não se sabe qual é a prática sexual preferida das mulheres, mas pesquisas afirmam que talvez possa ser o de papel passivo na cunilíngua, e isso estaria associado à estimulação do ponto G e/ou do clitóris. Por conta disso, muitas vezes o "69 lésbico" seria dispensado para que apenas uma das parceiras receba estimulação na vulva pelos lábios e língua da outra.

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