CAPÍTULO 57
Patrick e Márcio chegam em casa, ao abrirem veem tudo destruído, os móveis quebrados, a parede toda arranhada e no teto uma mensagem: HOMOSSEXUAIS NÃO É GENTE, VIADO TEM QUE MORRER!
Patrick e Márcio se entreolham assustados. Tempos depois, a polícia investiga:
Policial- Vocês irão registrar queixa?
Márcio- Com certeza, isso é uma ameaça de morte, temos que ficar atentos a isso. Só por que somos gays e estamos unidos não podemos ser felizes em paz?
Policial- (risonho) Isso é meio estranho né, sobrenatural sei lá. (e sai)
Patrick- Vontade de dar um murro na cara desse homem. Nós teremos que nos mudar daqui, as mesmas pessoas que fizeram isso podem voltar e acabar colocando fogo na gente.
Se abraçam. A aula de Silvério termina, Lara entra rapidamente.
Silvério- Que foi Lara? A Denise acordou? Ela está bem?
Lara- Calma Silvério, não é nada com a Denise, é com o filho dela, o Xavier, ele está fumando crack, está no hospital na maça, amarrado.
Silvério- (triste) Não acredito que o meu filho se rebaixou dessa maneira.
Lara- Seu filho? Não entendi. Silvério o Xavier é seu filho? Não acredito.
Silvério- Vamos tomar um café e te conto tudo. (para um ator) Fecha ae pra mim! Obrigado. (e saem).
O trio conseguem chegar no porto, o iate está aposto para todos. Eles entram, Carlos pilota. Águida no escritório da Models olha a notícia na TV sobre a explosão do carro.
Águida- (sorriso) Não acredito, o Carlos e a Lavínia mortos? Mas que isso, Deus ouviu as minhas preces. (faz sinal da cruz) Sinto muito, a única coisa que posso dizer, descansem no inferno!
Águida sorri livremente. Patrick e Márcio olham o apartamento:
Patrick- Sim é aqui mesmo, eu não quero voltar praquela casa Márcio.
Funcionária- Tudo bem vou trazer os papéis pra vocês assinarem, um instante. (sai)
Márcio- Espero que esteja feliz por estar aqui, comigo e nessa nova casa.
Patrick- Estou sim Márcio, mas eu cansei de ser o santinho, a partir de agora serei outra pessoa naquele colégio.
Se olham, o ódio toma conta do rosto do “hermafrodita”. Carlos atraca na ilha, Lavínia e Maria saem correndo pela praia, Lavínia se molha no mar e depois beija a areia:
Lavínia- Liberdade enfim.
Maria- É, mas não esquece que teremos que provar nossa liberdade.
Lavínia- Mas eu vou provar, mas antes irei colocar uma mulher no chinelo, ela vai ter que pagar por tudo que fez comigo. Eu desci, mas eu vou subir.
O trio entram no barraco, Lavínia emociona quando olha pelas paredes onde morou.
Carlos- Por que está tão emocionada amor?
Lavínia- Por que foi aqui que eu vivi durante doze anos, foi aqui que eu vi mãe morrer, foi aqui que eu enterrei ela. Eu me lembro até dos passos dela aqui, nesse lado da parede. São meus velhos tempos, tempos que não voltam mais.
Lavínia emocionada, Carlos a abraça. Águida pega o exame na clínica, ela entra no carro e vai para a nova casa, chegando lá, ela abre o envelope e lê, ela fica aflita, Marisa adentra a sala nervosa.
Marisa- (gritando) Sua ordinária, precisamos conversar.
Águida- Quem você pensa que é pra entrar dentro da minha casa gritando com a minha pessoa?
Marisa- E quem disse que essa casa é sua?
Águida- (séria) Está me desafiando desgraçada?
Ambas se encaram.
A cena congela e vai para uma tela de cinema na qual o público aplaude. Finalizando o capítulo.
(Models continua no capítulo 58)
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