No capítulo anterior...
- Aos poucos Gilberto vence a timidez e acaba
transando com Reynaldo
- Bebel se prepara para voltar à avenida e
Lorraine lhe alerta sobre os perigos da rua
- Bernardo se prepara para ir à boate e é abordado
pelo pai, que implica com suas roupas femininas
- Airton alerta aos pais que Bernardo está
cada vez mais afeminado
- Juarez e Lourdes se culpam e tentam, em
vão, encontrar respostas para as atitudes do filho
- Reynaldo convida Gilberto para passar a
noite com ele no hotel em que está hospedado
CAP. 151
GILBERTO: Dormir
no hotel? Mas por que dormir lá se eu posso dormir na minha casa, no meu
quarto?
REYNALDO: Oras,
primeiro porque você poderia passar a noite comigo, isso por si só já seria
muito interessante... Segundo porque lá é um flat cinco estrelas. Você vai
adorar o lugar, o tratamento, o café da manhã... É uma oportunidade de conhecer
um lugar bacana, entende?
GILBERTO: Ah
sim, agora tô entendendo... Mas amanhã eu trabalho cedo...
REYNALDO: Não
tem problemas, eu te trago aqui...
GILBERTO: Sendo
assim, podemos ir.
REYNALDO: Então
pego o primeiro retorno. Não é muito longe daqui não... Fica ali no Setor Hoteleiro Norte, conhece?
GILBERTO: Não...
Na verdade não conheço quase nada aqui...
REYNALDO: Fique
tranquilo. Vou te raptar, mas prometo devolver... (risos)
Reynaldo pega o primeiro
retorno e seguem para o hotel.
Bebel circula pela calçada à
espera de clientes. Nisso estaciona um carro bem simples.
BEBEL
(para si mesma): Ah nem! Nesse carrinho só pode ser um pobretão querendo
atendimento de graça... É cada uma que me aparece...
O motorista dá sinal de luz,
chamando a sua atenção. Bebel se aproxima.
BEBEL: Olha,
se for pra pedir programa de graça, pode desistir. Isso aqui é o meu ganha-pão.
MOTORISTA: Calma,
gata! Ninguém vai te pedir nada de graça aqui não. Eu conheço muito bem o
esquema aqui. Você pelo visto é nova aqui na área não é?
BEBEL: Sou.
Cheguei há poucas semanas.
MOTORISTA: Percebi.
Eu nunca tinha te visto aqui... Entra aí, vamos dar uma volta...
BEBEL: Volta
não, gato. Eu saio pra fazer programa e cobro por isso. Volta eu dou sozinha,
pra ir no shopping fazer compras.
MOTORISTA: Calma,
você tá cismada demais... Relaxa... Eu sou gente boa...
BEBEL: Todo
mundo diz que é “gente boa”. Até o cretino que jogou o carro em cima de mim
outro dia aqui...
MOTORISTA: Fizeram
alguma maldade com você?
BEBEL: Não
tô lhe dizendo que o infeliz tentou me atropelar? Escapei por um triz.
MOTORISTA: Fique
tranquila, eu não sou desses não. Só quero me divertir um pouco...
BEBEL: É,
olhando assim mais de perto você parece até bem interessante...
MOTORISTA: Gostou?
BEBEL: Não
entendo o que um cara bonitão feito você vem fazer num lugar desses...
MOTORISTA: Oras,
você como profissional da área deveria saber... Tara, minha querida, fantasia,
desejo... Bom, mas vamos deixar esse papo pra depois? Você vai ou não vai dar
uma volta comigo?
BEBEL: Um
programa eu faço. Esse negócio de “dar volta” é coisa pra amapoa. Eu faço
programa...
MOTORISTA: Tá
bem. Já que você insiste, é um programa. Vamos! Entra aí!
Ainda ressabiada, Bebel cede e
entra no carro.
No hotel, Gilberto se deslumbra
com o requinte e a sofisticação do ambiente. Reynaldo lhe mostra alguns detalhes.
REYNALDO
(mostrando o travesseiro): Olha, isso aqui é de pena de ganso. Esse lençóis são
de linho egípcio (passa a mão) sente a maciez... Aqui no frigobar tem champanhe.
Vamos tomar um?
GILBERTO: Nossa!
Isso deve custar uma fortuna...
REYNALDO: Não
é muito barato não... Mas não vá pensando que eu sou rico viu? Quem banca isso
aqui é a empresa que eu trabalho... E já que a empresa banca, só me resta
aproveitar...
GILBERTO: Mesmo?
Queria trabalhar numa empresa dessas...
REYNALDO: Quem
sabe? Você é um garoto, tem a vida toda pela frente... Quem sabe não dou uma
forcinha pra você trabalhar lá?
Gilberto nem dá muita
importância para o que Reynaldo acabou de dizer. Ele fazem um brinde.
Amanhece o dia.
Os dois tomam café. Gilberto
fica admirado com o tamanho da mesa, com a variedade e com o tratamento
dispensado pelos garçons, que o chama de “senhor” o tempo todo.
GILBERTO
(aos ouvidos de Reynaldo): Esses caras ficam me chamando de senhor o tempo
todo, senhor pra cá, senhor pra lá... Se eles soubessem que sou um reles
porteiro de prédio, iam dar um chute no traseiro e me botar porta afora
daqui...
REYNALDO: Não
senhor. Aqui você é o senhor Gilberto. E eles são muito bem pagos pra te tratar
bem. Aproveite meu querido. Aproveite.
Horas mais tarde...
Célia encontra Joana em uma
mesa da praça de alimentação do shopping.
CÉLIA: Demorei?
JOANA: Não.
Foi o tempo de tomar um suco.
CÉLIA: Quase
não acreditei quando atendi a sua ligação. Você tá mesmo disposta a ir pra cama
comigo?
Continua amanhã...
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Você sabia?
A maior
influência do contexto cultural é bem evidenciada pela sociedade grega da
Antiguidade, em que a mulher tinha uma posição social inferior à do homem. O
amor mais desejável, o "amor celeste", era homossexual. A
heterossexualidade era desvalorizada, e as esposas serviam como progenitoras de
uma descendência legítima e guardiãs fiéis do lar.
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