7 de maio de 2012

GLS TEEN - CAP. 151



No capítulo anterior...
- Aos poucos Gilberto vence a timidez e acaba transando com Reynaldo
- Bebel se prepara para voltar à avenida e Lorraine lhe alerta sobre os perigos da rua
- Bernardo se prepara para ir à boate e é abordado pelo pai, que implica com suas roupas femininas
- Airton alerta aos pais que Bernardo está cada vez mais afeminado
- Juarez e Lourdes se culpam e tentam, em vão, encontrar respostas para as atitudes do filho
- Reynaldo convida Gilberto para passar a noite com ele no hotel em que está hospedado

CAP. 151

GILBERTO: Dormir no hotel? Mas por que dormir lá se eu posso dormir na minha casa, no meu quarto?
REYNALDO: Oras, primeiro porque você poderia passar a noite comigo, isso por si só já seria muito interessante... Segundo porque lá é um flat cinco estrelas. Você vai adorar o lugar, o tratamento, o café da manhã... É uma oportunidade de conhecer um lugar bacana, entende?
GILBERTO: Ah sim, agora tô entendendo... Mas amanhã eu trabalho cedo...
REYNALDO: Não tem problemas, eu te trago aqui...
GILBERTO: Sendo assim, podemos ir.
REYNALDO: Então pego o primeiro retorno. Não é muito longe daqui não... Fica ali no Setor Hoteleiro Norte, conhece?
GILBERTO: Não... Na verdade não conheço quase nada aqui...
REYNALDO: Fique tranquilo. Vou te raptar, mas prometo devolver... (risos)

Reynaldo pega o primeiro retorno e seguem para o hotel.

Bebel circula pela calçada à espera de clientes. Nisso estaciona um carro bem simples.

BEBEL (para si mesma): Ah nem! Nesse carrinho só pode ser um pobretão querendo atendimento de graça... É cada uma que me aparece...

O motorista dá sinal de luz, chamando a sua atenção. Bebel se aproxima.

BEBEL: Olha, se for pra pedir programa de graça, pode desistir. Isso aqui é o meu ganha-pão.
MOTORISTA: Calma, gata! Ninguém vai te pedir nada de graça aqui não. Eu conheço muito bem o esquema aqui. Você pelo visto é nova aqui na área não é?
BEBEL: Sou. Cheguei há poucas semanas.
MOTORISTA: Percebi. Eu nunca tinha te visto aqui... Entra aí, vamos dar uma volta...
BEBEL: Volta não, gato. Eu saio pra fazer programa e cobro por isso. Volta eu dou sozinha, pra ir no shopping fazer compras.
MOTORISTA: Calma, você tá cismada demais... Relaxa... Eu sou gente boa...
BEBEL: Todo mundo diz que é “gente boa”. Até o cretino que jogou o carro em cima de mim outro dia aqui...
MOTORISTA: Fizeram alguma maldade com você?
BEBEL: Não tô lhe dizendo que o infeliz tentou me atropelar? Escapei por um triz.
MOTORISTA: Fique tranquila, eu não sou desses não. Só quero me divertir um pouco...
BEBEL: É, olhando assim mais de perto você parece até bem interessante...
MOTORISTA: Gostou?
BEBEL: Não entendo o que um cara bonitão feito você vem fazer num lugar desses...
MOTORISTA: Oras, você como profissional da área deveria saber... Tara, minha querida, fantasia, desejo... Bom, mas vamos deixar esse papo pra depois? Você vai ou não vai dar uma volta comigo?
BEBEL: Um programa eu faço. Esse negócio de “dar volta” é coisa pra amapoa. Eu faço programa...
MOTORISTA: Tá bem. Já que você insiste, é um programa. Vamos! Entra aí!

Ainda ressabiada, Bebel cede e entra no carro.

No hotel, Gilberto se deslumbra com o requinte e a sofisticação do ambiente. Reynaldo lhe mostra alguns detalhes.

REYNALDO (mostrando o travesseiro): Olha, isso aqui é de pena de ganso. Esse lençóis são de linho egípcio (passa a mão) sente a maciez... Aqui no frigobar tem champanhe. Vamos tomar um?
GILBERTO: Nossa! Isso deve custar uma fortuna...
REYNALDO: Não é muito barato não... Mas não vá pensando que eu sou rico viu? Quem banca isso aqui é a empresa que eu trabalho... E já que a empresa banca, só me resta aproveitar...
GILBERTO: Mesmo? Queria trabalhar numa empresa dessas...
REYNALDO: Quem sabe? Você é um garoto, tem a vida toda pela frente... Quem sabe não dou uma forcinha pra você trabalhar lá?

Gilberto nem dá muita importância para o que Reynaldo acabou de dizer. Ele fazem um brinde.

Amanhece o dia.

Os dois tomam café. Gilberto fica admirado com o tamanho da mesa, com a variedade e com o tratamento dispensado pelos garçons, que o chama de “senhor” o tempo todo.

GILBERTO (aos ouvidos de Reynaldo): Esses caras ficam me chamando de senhor o tempo todo, senhor pra cá, senhor pra lá... Se eles soubessem que sou um reles porteiro de prédio, iam dar um chute no traseiro e me botar porta afora daqui...
REYNALDO: Não senhor. Aqui você é o senhor Gilberto. E eles são muito bem pagos pra te tratar bem. Aproveite meu querido. Aproveite.

Horas mais tarde...

Célia encontra Joana em uma mesa da praça de alimentação do shopping.

CÉLIA: Demorei?
JOANA: Não. Foi o tempo de tomar um suco.
CÉLIA: Quase não acreditei quando atendi a sua ligação. Você tá mesmo disposta a ir pra cama comigo?

Continua amanhã...


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Você sabia?

A maior influência do contexto cultural é bem evidenciada pela sociedade grega da Antiguidade, em que a mulher tinha uma posição social inferior à do homem. O amor mais desejável, o "amor celeste", era homossexual. A heterossexualidade era desvalorizada, e as esposas serviam como progenitoras de uma descendência legítima e guardiãs fiéis do lar.

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