15 de maio de 2012

GLS TEEN - CAP. 158



No capítulo anterior...
- Janistélia sai apressada em direção à Célia e Joana. Jussara se recusa a ir até a mãe
- Jussara conta ao irmão sobre a paixão de Joana por ela e justifica seu afastamento
- Joana percebe a atitude de Jussara. Célia tenta fazê-la ignorar a atitude
- Bernardo se oferece para ajudar Lorraine nas tarefas domésticas
- Célia e Joana vão ao motel. Ao chegar em casa Jussara cobra explicações de Célia

CAP. 158

CÉLIA: “Aquela sujeita” a quem você se refere é a Joana?
JUSSARA: É essazinha mesmo. Não sabia que a senhora tinha virado amiguinha dela...
CÉLIA: Filha, a Joana é uma ótima menina. Não foi à toa que sempre incentivei a sua amizade com ela.
JUSSARA: Eu não entendo isso, eu não suporto a cara daquela criatura e a senhora vai pro shopping pra ficar de trol-lo-ló com ela...
CÉLIA: Eu não sou obrigada a virar inimiga das pessoas só porque você não gosta delas... Você é você e eu sou eu...
JUSSARA: Mãe, vamo combinar né? Aquela garota tem idade pra ser sua filha... Não tem nada a ver a senhora ficar de ti ti ti com ela como se fossem duas adolescentes...
CÉLIA: Jussara, eu dedico a minha atenção a quem eu acho que devo... E como eu insisto em dizer, a Joana é uma ótima menina e uma companhia muito agradável. Você mesma sabe disso, afinal, fizeram muitos programas juntas...
JUSSARA: Mãe, você tá esquecendo de uma coisa: a Joana é lésbica, ela gosta de mulher, tem o pé grande, como diz o Joselito. A senhora acha que essa garota realmente é a pessoa mais indicada pra se ter no nosso círculo de amizades?
CÉLIA: Eu não acredito que tô ouvindo isso de você. Eu não sei de onde você tirou esse preconceito todo, porque que eu me lembre, nunca te ensinei a julgar as pessoas dessa forma. Jussara, você é uma menina jovem, que vive num mundo moderno, em nível social elevado. Filha, você precisa se despir desses preconceitos bestas. Isso é coisa de gente ignorante, sem informação, sem instrução. Não é coisa de uma menina que sempre estudou nos melhores colégios, sempre frequentou as melhores festas, sempre teve tudo do bom e do melhor...
JUSSARA: Ah mãe! Já vi que essa conversa não vai dar em nada... Tá bom continue amiga daquela lá. Pra mim deu! (e sai irritada)
CÉLIA: Jussara, volte aqui! Volte aqui que eu não terminei! (para si mesma) Que isso? Essa não é a menina que eu criei...

Cai a noite...

Bebel faz ponto na avenida. Ela circula de um lado para outro observando os veículos que vão e voltam.

Nisso um carro para.

MOTORISTA: Vamos dar um rolé, gata?
BEBEL: Eu não dou rolé, gato, eu faço programa. Se você quiser a gente pode combinar tudo antes: valor, local, duração, tudo explicadinho, nos mínimos detalhes.
MOTORISTA: Tá bom, já entendi. Vamos fazer isso então. Entra aí. Mas vamos logo, porque se tiver difícil demais eu vou procurar outra. Porque se você reparar, o que não falta aqui são opções. Olha o tanto de amigas suas aí, todas querendo a mesma coisa...

Bebel hesita, mas acaba entrando no carro.

Eles seguem para o motel.

Gilberto e Reynaldo chegam ao hotel para mais uma noite.

REYNALDO: Me diga, meu mineirinho gostoso, você gostou do nosso jantar de hoje?
GILBERTO: Gostei, apesar de que tinha umas coisas lá que eu nem sabia o quer era direito...
REYNALDO: Que nada, um jantarzinho simples. Aliás, escolhi aquele justamente pra te agradar.
GILBERTO: Eu não sou acostumado com lugares chiques como aquele. Eu morava na roça, comia comida feita no fogão de lenha, feita com as coisas que a gente colhia lá na roça mesmo... Não tinha essas carnes chiques, essas coisas diferentes...
REYNALDO: Verdade que não sua casa tem fogão de lenha?
GILBERTO: Tem. Quando a gente foi morar na cidade minha mãe fez questão que meu pai fizesse duas cozinhas: uma junto com a casa, igual a que todo mundo tem na cidade, e uma cozinha separada, onde pudesse por o fogão de lenha. Minha mãe fala que os biscoitos e os bolos assados no fogão de lenha são muito melhores e saborosos do que os assados no fogão à gás...
REYNALDO: É verdade, sua mãe sabe das coisas... Minha avó também fala a mesma coisa... Você falando assim, dá vontade de conhecer a sua casa lá no interior...
GILBERTO: Por mim até te levaria lá, mas tem o meu pai, que é um tremendo de um ignorante. Não sei como ele te receberia, entende? Espero que não fique chateado comigo...
REYNALDO: Não, tudo bem. Falei por falar. Agora que me lembrei que você falou que não se dá muito bem com o seu pai... Mas, deixa pra lá... Se rolasse seria bom, mas se não rolar, não tem problema. Vamos tomar nosso banho pra dormir?
GILBERTO: Vamos (e entram para o banheiro)

Depois do programa, Bebel retorna ao seu ponto. O motorista estaciona.

BEBEL: Você tá enrolando desde que a gente saiu do motel e não me deu a minha grana até agora. Você pode me dar meu dinheiro por eu tenho pressa?
MOTORISTA: Que dinheiro gata? Eu te chamei pra dar um rolé, você aceitou. Eu paguei motel, paguei cerveja pra você, te peguei aqui, te trouxe e você ainda quer me cobrar?

Bebel fica estática, irada com a reação do cliente.

Continua amanhã...


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Você sabia?

Ainda dentro das explicações psicológicas, estudos iniciados por Harry Benjamin mostraram ao longo de décadas de estudos que o tratamento psiquiátrico é ineficaz para tratar ("curar") a homossexualidade, por exemplo, servindo apenas como terapia de apoio.

Uma crítica em relação a essas tentativas de explicação é o seu foco em explicar a homossexualidade e pouco se preocuparem em explicar a orientação sexual em geral, e a heterossexualidade em particular.

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