26 de maio de 2012

GLS TEEN - CAP. 168



No capítulo anterior...
- Bernardo estranha a intempestividade do rapaz que o beija, mas se deixa levar
- Airton e Gerson assistem tudo à distância e comentam as últimas atitudes de Bernardo
- Um homem idoso propõe a Bebel sair para um programa. Ela desdenha, mas aceita
- O clima entre Bernardo e o fortão esquenta e o rapaz percebe que há algo estranho

CAP. 168

FORTÃO (apalpando novamente): Que brincadeira é essa? Que palhaçada é essa aqui?! Você não é mulher? Você é um cueca igual eu?!
BERNARDO (apurado): Você não perguntou nada... Já veio me beijando... Eu/
FORTÃO (cortando e cuspindo): Eu não acredito numa merda dessas! Eu tava beijando um macho! Ai que nojo! (cuspindo)
BERNARDO: Me desculpe. Eu não.../

O fortão interrompe sua fala dando-lhe um murro na cara. Bernardo cai. Em seguida o rapaz lhe aplica vários chutes e vários socos. Um tumulto se forma no salão. Airton e Gerson assistem tudo à distância.

AIRTON: Eu não vou me meter nisso. Deixa o pau cair a folha...
GERSON: E o Bernardo? Por onde ele anda? Ele não tava ali naquele canto com o saradão?
AIRTON (reparando): Eitia! Não é o saradão que tá brigando? Se ele que tá brigando, o Bernardo pode estar no meio da confusão!
GERSON: Vamos lá! Vamos ver! Corre!

Os dois saem apressados.

Antes que cheguem ao ponto do tumulto, os seguranças já dominam o fortão e o expulsam do salão. Enquanto isso, outros dois seguranças ajudam Bernardo a se levantar do chão. Os irmãos chegam.

AIRTON: Bernardo! O que houve?
SEGURANÇA 1: Aquele camarada tava espancando ele. Mas já tá tudo bem, a gente botou o cara pra fora.
GERSON: Você tá bem, Bernardo?
SEGURANÇA 2: Ele é seu amigo?
GERSON: Ele é meu irmão...
SEGURANÇA 1: Acho melhor vocês levarem ele pra casa. Acho que a noite pra ele acabou.
AIRTON: Você tá bem, meu irmão?
BERNARDO: Agora tô.

Gerson e Airton amparam Bernardo, que tem dificuldade para andar e está com um filete de sangue escorrendo pela boca.

GERSON: Melhor a gente voltar pro hotel. Essa noite já deu o que tinha de dar.
AIRTON: Será que não é melhor a gente ir até um hospital, ver se teve alguma consequência mais séria?
BERNARDO: Não, eu tô bem. Foi só o susto.
AIRTON: Mas o que houve? Porque o cara te bateu? Vocês não tavam se beijando até uns minutos atrás?
BERNARDO: Sei lá o que deu naquele maluco... O cara praticamente me agarrou à força, me beijou, me arrastou pro canto... Depois de uma hora pra outra começou a me espancar.
GERSON: Ele descobriu que você não era mulher, não foi?
BERNARDO: Acho que foi... Quer dizer, foi, foi isso sim... Mas eu pensava que ele sabia desde o início...
AIRTON: Que nada! Só de olhar pra aquele cara dava pra ver que ele tava chapado de tão bêbado, certamente nem prestou atenção...
BERNARDO: Vamos embora, eu só quero sair daqui. Não aguento mais esse povo todo me olhando...
GERSON: Vamos sair daqui. No hotel a gente conversa melhor.

Eles saem do salão sob o olhar admirado das pessoas.

Enquanto isso, no motel em Brasília...

Bebel termina o programa com o cliente. Ela demonstra certa impaciência, porque agora vem o momento mais delicado: a hora de receber pelo trabalho.

CLIENTE: Puxa, menina! Você realmente é muito boa no que faz...
BEBEL: Eu cumpri a minha parte no trato, fiz tudo direitinho, não fiz? Agora chegou a hora de você cumprir a sua parte...
CLIENTE: Pode ficar tranquila, eu não me esqueci não.

O cliente tira a carteira do bolso da calça, pega várias notas de cem reais e entrega a Bebel.

CLIENTE: Isso paga o seu trabalho?
BEBEL (admirada): Pagar? Paga... Claro que paga. Mas, o senhor tem certeza que não errou nas contas? Aqui tem muito dinheiro... (contando as notas) Isso é quase três vezes mais do que eu cobrei...
CLIENTE: Não errei nas contas não. É que eu gosto de recompensar que trabalha bem... Eu não te disse que se trabalhasse direitinho e tivesse paciência você não iria se arrepender? É todo seu.
BEBEL: Nossa! Muito obrigado mesmo. Precisando de novo, é só me procurar...
CLIENTE: É uma pena que as oportunidades como essa sejam tão raras na minha vida. É muito difícil eu ficar sozinho em casa como nesse feriadão. Mas se acontecer de novo, eu te procuro sim... Vamos?
BEBEL: Vamos. Mas, se você quiser ficar mais e aproveitar, eu posso ficar...
CLIENTE: Não, não... Eu já me diverti bastante por hoje. Vai ficar pra uma próxima oportunidade mesmo. Vamos?
BEBEL: Então tá. Vamos nessa.

Airton e Gerson adentram a suíte dos pais amparando Bernardo. O casal leva um susto.

LOURDES: Filho, o que houve? O que fizeram com você?
JUAREZ: O que aconteceu? Quem te deixou nesse estado?
AIRTON: Foi um cara que bateu no Bernardo lá no baile de carnaval.
JUAREZ: Bateu? Como assim? E vocês ficaram de braços cruzados e não fizeram nada? Deixaram o cara bater na sua irmã?

Todos se voltam para Juarez, admirados.

AIRTON: Pai, o senhor falou “irmã”?

Close em Juarez, que fica sem resposta.

Continua segunda-feira...


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Você sabia?

Estudos antropológicos também comprovaram que existem formas institucionalizadas de homossexualidade entre diversos índios da América do Norte, em tribos africanas, da Oceania e da Sibéria. Na tribo sudanesa dos bobo-nienequés, viúvas estéreis podiam comprar uma noiva e desposá-la na forma tradicional. O status da noiva, por sua vez, até então inferior nessas tribos, melhorava consideravelmente com o papel de "marido" e mais ainda quando a "esposa" engravidava por meio de um amante do sexo masculino que todos fingiam ignorar.

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