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Popularidade de Obama sobe, mas reeleição permanece incerta
Há um ano das eleições, norte-americano deu a largada para seguir na Presidência
Desde meados de outubro, quando começou sua caravana pelos Estados de Virgínia e Carolina do Norte, o presidente norte-americano Barack Obama está definitivamente em campanha eleitoral. Com o objetivo de retomar sua popularidade, que estava em queda, o mandatário está atuando dentro e fora do país para conseguir emplacar sua reeleição. Mas o cenário indica que as próximas eleições, marcadas para 2012, serão bem diferentes das anteriores.
De acordo com Sergio Fausto, cientista político e superintendente executivo da fundação iFHC (Instituto Fernando Henrique Cardoso), o aumento da aprovação de Obama, que passou de 47% para 49%, não está necessariamente ligado a causas específicas, como as visitas aos Estados da Virginia e Carolina do Norte ou até mesmo o anúncio do retorno dos soldados americanos para casa. Apesar disso, Fausto diz que a mudança de conduta de Obama é notória.
- É difícil atribuir [o aumento da popularidade] a alguma causa especifica, talvez seja possível criar hipóteses. Mas, de fato, houve uma modificação de estratégica. Sobretudo no que tange a relação de Obama com o próprio partido (Democratas) bem como com a oposição (Republicanos).
A professora de Relações Internacionais e doutoranda em administração pública da FGV (Fundação Getúlio Vargas), Natália Navarro dos Santos, também acha difícil identificar porque a popularidade de Obama voltou a crescer entre os americanos. Natália confirma, no entanto, que a campanha já começou.
- Apesar do início mais ativo das atividades de campanha com a elevação de tom e a frequência dos discursos em ambos os lados, novos fatores ainda surgirão.
Desde sua eleição, Obama procurou negociar tanto com sua base partidária quanto com a oposição. Fausto considera que a postura do presidente era de privilegiar o consenso, por isso o diálogo sempre foi sua melhor ferramenta.
Mudança de postura
O que fez Obama alterar de postura foi o constante insucesso no senado. Além disso, suas leis de recuperação dos postos de trabalho, dentre outras medidas, foram vetadas pelos republicanos, completou o especialista.
- Obama foi se desgastando e sua tolerância diminuiu quando os republicanos se mantiveram intransigentes nas negociações.
Para a professora Natália, a resistência da oposição aos pacotes do presidente democrata, como, por exemplo, a maior taxação aos mais ricos, gerou sim uma má impressão na classe média americana.
- Os democratas estão explorando essa postura republicana de vetar tudo.
Ela afirmou ainda que o americano médio, que tende a ser de centro, aumenta sua simpatia por Obama. Este mesmo eleitor percebe também uma grande ameaça a uma de suas maiores conquistas, o atual plano de saúde democrata. Os republicanos estão insistindo na ideia de que, se eleitos, acabarão com a atual política de saúde pública, o que, para muitos, é um retrocesso.
Daqui a pouco teremos notícias dos esportes. Até galera!
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