8 de agosto de 2012

Terceiro Capítulo de Ostentação - Alana não aceita o convite da Faces:



TERCEIRO CAPÍTULO.

CENA 1 – SÃO PAULO. CAPITAL. APARTAMENTO DE GUILHERME. Int. Noite.

OSCAR – Bom, a gente teve um retorno muito bom com a edição da sua revista e isso agradou tanto a nossa redação quanto as redações do exterior.

ALANA – E onde você quer chegar?

OSCAR – Você recebeu uma proposta para trabalhar na Faces, da Inglaterra.

ALANA – Maravilha! Eu posso com certeza passar uma temporada por lá!

OSCAR – (COM PACIÊNCIA) Alana, minha querida, parece que você não entendeu. Pra trabalhar na Faces você não pode ficar disponível somente uma semana... Você precisa se mudar pra lá, pra Inglaterra!

Alana fica desconcertada.

CORTA PARA:

CENA 2 – SÃO PAULO. CAPITAL. BAIRRO PENA D’ÁGUA. CASA DO EVANDRO. SALA. Int. Noite.

Evandro está assistindo um filme de ação e o volume da televisão está muito alto. Zenir abre a porta do quarto irritada.

ZENIR – Quer abaixar essa droga de TV que eu to tentando descansar!

EVANDRO – Não é mais fácil a senhora deixar a porta do quarto fechada?

ZENIR – Ela tá fechada, pra você ver como tá alta! (ELA ESPERA PRA VER SE ELE VAI ABAIXAR. ELE NÃO ABAIXA) Evandro, Evandro, eu acabei de ganhar uma massagem, to tentando ficar relaxada, mas você não tá colaborando! Se eu tiver que ir até aí eu te sento o porrete!

EVANDRO – Caramba mãe, eu fico no trampo a semana toda, pô, mereço um tempo pra ficar relax também!

ZENIR – Trabalho? (RI IRÔNICA) Fazer bico não é trabalho não. Tu pega essa moto, sai por ai, fica pegando essas “vagabunda” e vem falar pra mim que tá trabalhando? Aqui pra você! (FAZ UM GESTO COM O BRAÇO CONHECIDO COMO BANANA). Chega! Não quis abaixar? Então também não vai assistir mais! Minha paciência com você esgotou.

Zenir vai até a tomada e puxa o fio desligando a televisão.

EVANDRO – Pô mãe, tu é vacilona mesmo! Agora que tava na melhor parte? (VAI ATÉ A TOMADA E LIGA A TV DE NOVO).

ZENIR – Ah, então você tá me desafiando, né?

Evandro não a responde, apenas a olha de rabo de olho.

ZENIR - (PEGA O CHINELO E TAMPA NO FILHO) Some da minha frente Evandro, some! Vai dormir onde você quiser: Na casa dos teus amigos, na casa da safada da Raquel que eu sei que já ficou com o bairro inteiro, pode dormir até na rua se quiser, eu não me importo, só não me aparece aqui em casa enquanto o galo não cantar, senão a conversa não vai ser comigo. Vai ser com a vassoura!

Evandro corre até a porta e sai correndo de casa. Zenir entra em seu quarto e bate a porta.

CORTA PARA:

CENA 3 – SÃO PAULO. CAPITAL. COMPANHIA CRIMINAL. Int. Noite.

Arthur está passando os dados de sua missão anterior a seu chefe Matias. Os dois conversam, tiram conclusões e Matias se retira da sala. Arthur pensa em Alana. Sua onda de pensamentos é cortada quando Flávia, policial, entra na sala.

FLÁVIA – Tava longe hein?

ARTHUR – Você percebeu é?

FLÁVIA – Mulheres em particular perceberiam. Nós temos algo sensitivo quando se trata de (PASSA A MÃO PELO PEITO DE ARTHUR) Homens.

ARTHUR – (SORRINDO SEM GRAÇA E AFASTANDO-SE) Sim, pude perceber. Eu adoraria ficar aqui conversando com você, mas eu preciso ir... Amanhã eu tenho uma missão bem cedo e não quero chegar indisposto.

FLÁVIA – A gente podia sair, o que acha? Eu posso explicar um pouquinho mais sobre a sensibilidade das mulheres pra você... E é bom que seja com você, por que eu preciso de um homem pra essa explicação ficar um pouco mais (MORDE OS LÁBIOS) Realística!

ARTHUR – (FICANDO VERMELHO) Sim, sim, claro! A manhã a gente marca melhor, tchau!

Ele sai da sala como um foguete. Flávia não se contém e cai na gargalhada.

CORTA PARA:

CENA 4 – SÃO PAULO. CAPITAL. APARTAMENTO DE GUILHERME. Int. Noite.

Oscar e Guilherme se entreolham não entendendo a reação de Alana.

OSCAR – O que foi? Parece que você não ficou muito contente com a notícia.

ALANA – Não, eu fiquei muito feliz com a notícia, é maravilhosa, eu só não esperava, por isso reagi assim.

OSCAR – Alana, não gosto de segredos entre a gente, pode falar, o que foi?

ALANA – É que eu não posso ir pra Inglaterra. Não pra morar.

OSCAR – Por que não pode?

ALANA – Por que eu não posso deixar minha mãe sozinha aqui no Brasil. Eu não tive um pai durante toda minha vida e foi ela que cuidou e agiu como se fosse um pra mim... Não posso deixá-la!

Oscar engole seco.

CORTA.

CONTINUA... Não percam o próximo capítulo!

Nenhum comentário: