5 de junho de 2011

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Passado familiar pauta a campanha da conservadora Keiko Fujimori, no Peru

Filha do ex-presidente e hoje prisioneiro, Alberto Fujimori, tem a simpatia dos conservadores


Ernesto Benavides/02.06.2011/AFP

A história familiar de Keiko Fujimori tinha tudo para aniquilar qualquer aspiração política da jovem peruana, de 36 anos. Seu pai, o ex-presidente Alberto K. Fujimori (1990-2000), cumpre atualmente 25 anos de prisão por abusos aos direitos humanos. Sua mãe, Susana Higuchi, diz ser vítima de tortura pela inteligência do regime do próprio marido, depois de acusá-lo de tolerar a corrupção no país.

Se não fosse o suficiente, o ex-espião de Fujimori, Vladimiro Montesinos, denunciou que os contribuintes no Peru pagaram universidade da moça na prestigiada Boston University, nos Estados Unidos, por meio de desvios nos cofres públicos.

Mesmo assim, Keiko chega à frente na véspera das eleições presidenciais do país, com uma leve vantagem em relação ao rival esquerdista, Ollanta Humala.

Para driblar os críticos, Keiko defende que seu pai é inocente e foi responsável pela derrota dos rebeldes do Sendero Luminoso e pela reestruturação da economia, na época à beira de um colapso por conta da hiperinflação.

Mas a candidata nem precisa fazer tanto esforço para desvincular seu nome ao do pai. Alberto Fujimori ainda é admirado por uma considerável parcela dos peruanos: a mais conservadora e tradicional.

Ela ficou famosa ao dizer, em 2008, que sua mão “não tremeria” ao assinar um perdão para seu pai se fosse eleita presidente. No entanto, nessa campanha procurou amenizar as polêmicas com relação ao pai e chegou a pedir perdão pelos erros e crimes cometidos durante o governo Fujimori.

Compromissos e dúvidas

Da referência paterna, Keiko trouxe para a campanha o discurso por uma economia aberta, de mercado, e endossa o combate ao crime. Dessa forma, acaba sendo vista como alinhada com a direita e com os EUA, apesar da leve tentativa de se afastar de Washington.

Ela também agrada ao prometer desenvolver programas sociais e melhorar a infra-estrutura nas regiões mais pobres do Peru.
A grande rejeição à candidata vem dos por grupos democráticos que lutam contra a corrupção e a ditadura. Eles avaliam que seu governo dará continuidade (seguindo o legado do pai, o ex-presidente Alberto Fujimori) aos desrespeitos na região.

Pesa tanto sobre Keiko, quanto sobre Humala, supostos envolvimentos com pessoas suspeitas de ligação com o tráfico de drogas, seja na figura de aliados políticos ou de doadores de campanha. Por isso, alguns analistas chegam a usar o termo "narcopolítica" para falar sobre as eleições.

Keiko já foi primeira-dama e pode ser 1ª mulher presidente

Caso seja eleita neste domingo (5), não será a primeira vez em que a candidata ocupará o palácio presidencial. Em 1994, aos 19 anos, Keiko se tornou a primeira-dama depois que seus pais se separaram.

Em 2006 ela foi eleita deputada e voltou a fazer parte dos quadros políticos do país.

Como presidente, ela será a primeira mulher a ocupar o cargo máximo da política peruana e entrará para o rol das líderes sul-americanas que já fizeram história. Entre elas está a brasileira Dilma Rousseff, a argentina Cristina Kirchner e a chilena Michelle Bachelet.


Voltaremos com as notícias dos Famosos daqui a pouco, não saiam daí!

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