23 de junho de 2011

Décimo Capítulo de Sangue Mestiço - Clóvis destrata Wanessa:




DÉCIMO CAPÍTULO:

CENA 1. VENEZA. HOTEL LA FRONTEIRE. RECEPÇÃO. Int. Tarde.

Wanessa ajeita o cabelo adequadamente de acordo pede as normas.

WANESSA – (ASSUSTADA) Algum problema senhor Clóvis?

CLÓVIS – Não... Nenhum... Dando uma fiscalizada no seu trabalho.

WANESSA – Só no meu?

CLÓVIS – É, só no seu. (FICA SÉRIO) Wanessa, você falou pra uma cliente que ela tinha pontas duplas?!

WANESSA – Tinha não, ela ainda tem.

CLÓVIS – (SÉRIO) Não é hora pra piadas. Ainda disse que a mulher tinha cara de pobre? Em que mundo você vive?

LAÍS – (SE INTROMETENDO) Ah seu Clóvis, posso garantir que é muito longe do nosso.

WANESSA – (IRÔNICA) Agradeço as palavras Laís, mas não tem ninguém aqui pedindo a sua ajuda. (PARA CLÓVIS) Seu Clóvis, eu vim atendê-la com toda espontaneidade e ela me estranhou.

CLÓVIS – Wanessa, a cliente não é sua conhecida. Gente elegante a nível do nosso hotel não gosta de ser tratado como uma pessoa qualquer.... Estamos em VENEZA Wanessa, não é como qualquer barzinho que você freqüentava no Rio de Janeiro.

WANESSA – (GRITANDO) Calma lá! Brasil é minha vida e barzinho e samba também! Respeita minha raça!

CLÓVIS – Tá certo Wanessa... Você não nasceu pra viver na Veneza. Volta pro seu Brasil e arruma um emprego em qualquer lanchonete! Assim quem sabe você não termina como qualquer dona de casa de lá: Grávida, gorda e pobre!

LAÍS – (COM PENA) Clóvis, eu conheço o Brasil e lá é um país maravilhoso! Um dos mais lindos que já vi! Tem pobreza, gente ruim e desajuizada como em qualquer outro país, mas tem lugares divinos.

CLÓVIS – Ei, eu pago você pra trabalhar e não pra opinar a vida alheia! (PRA WANESSA) Te dou mais uma chance, mas aproveita, pois pode ser a última.

Clóvis vai para a sala da gerência. Wanessa e Laís ficam desnorteadas diante a grosseria de Clóvis.

CORTA PARA:

CENA 2. BRASIL. SÃO PAULO. NÚCLEO DE ESTUDOS GENETICAMENTE ALTERADOS. Int. Tarde/Noite.

O núcleo começa a ser fechado por Magda. Joana ainda fica lá dentro.

MAGDA – Você não vem?

JOANA – (FRIA) Agora não.

MAGDA – Amiga, desculpa por ter mexido nas suas coisas, não queria magoar você. Foi curiosidade. Foi errado, eu sei. To muito arrependida mesmo.

JOANA – Não esquenta, já passou. Pode ir amiga, eu vou ficar bem.

Magda abraça a amiga.

MAGDA – Fica bem.

Magda vai até a porta do laboratório e pega um taxi.

CORTA PARA:

CENA 3. INGLATERRA. CASTELO MONTIEUL. REDONDEZAS/ ATELIÊ DE LEOPOLDO. Ext/Int. Tarde.

Antonieta chega junto de seu chofer. Ele a deixa nas redondezas do castelo e parte para estacionar. Antonieta entra no castelo e vai até o ateliê de Leopoldo.

ANTONIETA – Meu amor, posso entrar?

Leopoldo e Mariana ficam assustados. Ambos estão nus.

MARIANA – (ASSUSTADA) Sujou! A duquesa não pode me pegar aqui assim, nua!

CORTA.



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