
CAP. 36
A Kombi se move por um grande asfalto, está noite com chuvas fortes, o pneu derrapando aos poucos, motorista indo devagar e está com muito sono! Jerusa está pensativa na filha que deixou e chora quando se assusta! O motorista dorme ao volante, o veículo sai da estrada e capota pelo barranco abaixo, ao parar explode e queima sutilmente.
Amanhece. Guilherme e Anita abrem o restaurante de manhã e começam a trabalhar cedo. Anita descascando os legumes e Guilherme limpando mesas e cadeiras e colocando um pequeno outdoor do lado de fora do local.
Anita- amor terminei aqui! Deixei bem adiantado agora vou ir num lugar que estou querendo há muito tempo. Anita chega na antiga casa em que morava, ela abre as portas e vê tudo coberto pelo pano branco e emocionada lembra-se tantas coisas... Anita chega na cachoeira e tira as roupas e toma um banho, ela começa a escutar um choro de bebê, ela procura e encontra uma criança:
Anita- olha que lindo bebê, deixa eu ver o que é... Ah sim, uma menininha! Vou levar você pra mim o que acha?
Anita chega em casa e olha pra Guilherme:
Anita- amor, olha o que eu encontrei... Vou ficar com ele e cuidar como se fosse meu filho.
Guilherme- (grita) está doida mulher? Essa criança tem uma mãe que com certeza vai procurar por ela. Eu não vou deixar você ficar com ela.
Eles se olham. Anita adentra para o quarto. Ana e Maria estão na rua vendo Elisa e Benjamin brincando ao longe:
Ana- foi triste o que a Jerusa fez com a coitada da Lisinha, a menina está sofrendo muito só não transparece.
Maria- creio que o pai dela, o prefeito não demora a vim se casar novamente, eles estão divorciados.
Ana- Maria, mudando de assunto a senhora está sabendo por aí nessa cidade de algum mexerico do Rafael?
Maria- (olhando desconfiada) não Ana, não estou sabendo de nada, por quê?
Ana- por que quando passo nas ruas as pessoas parecem estar rindo da minha pessoa, está parecendo que eu sou piada.
Maria e Ana se entreolham: (PASSA TRÊS DIAS) Maria adentra quarto de Ana:
Maria- Ana, tem uma mulher lá na sala querendo falar com você, anda que não pode demorar. A costureira já está vindo lhe arrumar para o casamento.
Ana- mas agora?
Ana desce as escadas e encontra com Salete que lhe dá uma bofetada em seu rosto:
Salete- eu vim ter uma conversa séria com você.
FAD OUT. Ana sai do carro triste e vestida de noiva branca e bonita... Maria arruma sua calda, Ana entra na igreja e a porta se fecha uma mulher chega de branco e fica atrás, Bert de longe aponta uma arma na cabeça da vítima e atira pensando ser Ana, ela acerta e um grande tumulto acontece na frente da igreja: Ana continua a caminhar séria através do altar. Rafael sorrindo.
Bert- acertei, a pobre da minha neta está tomando chá no inferno uma hora dessas.
Ana chega ao altar, a marcha nupcial sai e entra: “Uma Voz no Vento- Leila Pinheiro”, Rafael não pára de olhar para trás, Ana desconfia, ela olha para Maria que emocionada:
Ana se lembra:
Salete- eu te aviso mulher, se você se casar com o meu marido, hoje você pode estar casada... Mas amanhã ele estará morto.
Ana- pode deixar... Eu serei franca em questão ao meu casamento.
Na igreja, Ana com os olhos lacrimejando:
Padre Murilo- Rafael Castelhano, aceita Ana Francisca do Sáurio como a sua esposa, para amá-la e respeitá-la até que a morte vos separe?
Rafael- sim, claro que sim!
Padre Murilo- Ana Francisca do Sáurio, aceita Rafael Castelhano como seu esposo, para amá-lo e respeitá-lo até que a morte vos separe?
SUSPENSE NA IGREJA, tensão nervosa. Ana olha para Rafael e depois para o padre, enche o pulmão de ar e diz:
Ana- NÃO!
Ana e Rafael se levantam juntos do altar, Ana o encara e lhe acerta uma bofetada no rosto, eles se entreolham:
Efeito amarelado livro se fecha.
(continua...)
WEB-NOVELA DE: Gilberto Nascimento





Um comentário:
NÃO?! Parece que o casal não vai ser feliz facilmente não hein, párabens ao autor, essa história vai ficar marcada aqui no blog!
Postar um comentário