26 de abril de 2011

Papo Cabeça - O Ser Humano, por Gregory House.


Boa noite, meus amigos leitores do blog Tv e Diversão! É com a maior alegria que volto aqui e faço a minha segunda coluna para blog. Hoje, sairemos do assunto da Banalização do Bullying, tema da semana passada, adentrando mais fundo no âmago da questão. Usando como exemplo, uma das séries mais vistas em todo mundo.

“House”, a mundialmente bem falada e famosa série médica norte-americana, criada por David Shore, é um prato cheio para os telespectadores pseudo-psicanalistas de plantão. Além de constituir uma belíssima e bem amarrada trama, ela desenvolve ao longo de seus episódios, centenas de provocações ao subconsciente humano. Podendo ser sintetizada integralmente em seu protagonista: Gregory House, interpretado pelo excelente ator Britânico, Hugh Laurie.

Em sua sétima temporada vigente, a série se renova a cada episódio, por um único e exclusivo motivo: As fortes características comportamentais de Gregory House, que contém um pouco de cada ser vivo que habita a face da terra.

Levando ao pé da letra o conceito de “Ser Humano”, Gregory House é considerado por muitos o mais humano dentre os seres que possuem tal nomenclatura. Incrivelmente ácido, talentoso em seu trabalho, cético, irônico e com extrema dificuldade de relacionamento, seja com a mulher que ama ou com um estranho qualquer, este incrível personagem realmente personifica os anseios de milhares de telespectadores que possuem um de seus atributos, ou simplesmente desejam montar o “quebra-cabeça” desse ser humano indecifrável, que ao mesmo tempo que perde uma noite pensando em como salvar a vida de um paciente terminal, perde dezenas de outras, refletindo em como chamar atenção da mulher que ama por meios banais.

Como pode? Como interpretar os fatos , de modo que cheguemos a alguma conclusão sobre o comportamento do personagem? E pior! Ele salva a maioria das vidas que chegam até ele no hospital em que trabalha, simultaneamente que destrói a sua própria vida por meio de vícios e sua absoluta dificuldade de expressar sentimentos.

Antagônico. Cativante. Rude. Puro. Difícil. Humano.

Todos nós temos um “Q” de Gregory House. Somos indecifráveis. Quebra-cabeças, que fazemos questão de embaralhar as peças inconscientemente, para que façamos da vida um pouco mais prazerosa, por meio dos erros e acertos. Me cite uma pessoa que se conheça por completo. Todos nós temos medos, já fomos banais ou acertamos em cheio. Você que lê minha coluna hoje, em algum momento de sua vida já teve uma extrema dificuldade de se relacionar. Desejamos sempre compreender os outros, deixando nossa auto-análise condicionada para o último plano.

Ponto para David Shore, criador da Série.

Criando o Ser mais humano de todos e o colocando para milhares de telespectadores se enxergarem na televisão.

Ponto para Hugh Laurie, pela magistral interpretação.

Seremos para sempre aqueles que buscam as respostas, em meio à falta de compreendimento alheio...

Vamos bater um “Papo Cabeça” ?

Conto com os comentários e análises de vocês!

Obrigado por me proporcionarem mais uma prazerosa escrita.

Breno Massena
Twitter - @BrenoMassena

Foto: Divulgação.

5 comentários:

Tamyres Issa disse...

Meu querido, venho mais uma vez aqui te aplaudir pelo seu maravilhoso texto. Realmente, que não assisti esse serie não sabe o significado das palavras extraordinária e maravilhosa, pois é uma das melhores que já vi. "Somos indecifráveis. Quebra-cabeças, que fazemos questão de embaralhar as peças inconscientemente, para que façamos da vida um pouco mais prazerosa, por meio dos erros e acertos". Amei esse trecho.
Parabéns meu querido, por esse maravilhoso texto.
beeijão!

Ludmila Melgaço disse...

House é quase o alter-ego de todo médico. Sua falta de ética, sua compulsão pelo diagnóstico correto quase superam a primeira vocação do médico: salvar vidas. House é, essencialmente, um Sherlock Holmes da medicina. A competição, a mania de brincar de Deus e a falta de senso com que House leva a profissão médica o fazem tão amado e ao mesmo tempo odiado. Sua ousadia, sem dúvida, é invejada por muitos.

Nath Rodrigues disse...

Acho que nunca tinha assistido um episódio sequer dessa série analisando de fato quem seria Gregory House. É estranho em alguns momentos porque nos pegamos rindo das situações que acontecem ali dentro, achando tudo aquilo uma loucura e tentando enxergar apenas mais uma série norte-americana, mas essa sua coluna de hoje faz todo mundo pensar um pouco que esse personagem nada mais é do que a junção de todos nós. Sou eu, meu vizinho, meus parentes, você, aquela pessoa desconhecida. Todos em um só. É o espelho da vida de cada um, que na maioria das vezes se preocupa mais com o outro do que consigo.
Gregory House ganhou outros mais 100 pontos comigo depois dessa rápida reflexão.
Só uma última observação: fico tããão aliviada ao perceberem que não são só as mulheres que são difíceis de entender..heuahuuea

;)

Agatha disse...

Nao assisto,nem nunca assisti house.
Mas voce falou do que realmente todos nos passamos em algum momento da vida.Todos vivemos entre erros e acertos.
Mas confesso que vc me fez querer assitir a serie,para tentar desvendar o tal Dr..
"Desejamos sempre compreender os outros, deixando nossa auto-análise condicionada para o último plano."

Samantha Noventa disse...

Breno querido, cada vez fico mais surpresa com o que você escreve! É um dom seu e pelo visto não o único. O modo como analisou o personagem e seu íntimo faz muitas pessoas pararem para pensar em como o ser humano é complexo e cheio de defeitos e qualidades que tornam cada um de nós indecifráveis. Parabéns pelo seu trabalho! Beijos!!