CAP. 10
Na cabana, Anita fica alegre:
Anita- Com meu
pai não se preocupe Guilherme. Já está de eu viver a minha vida, ser livre e
poder viver na sociedade de Vila Rica.
Guilherme- Você
então depois de 25 anos nesse lugar você vai assumir que é filha de Odorico
Fernandes, prefeito de Ouro Preto?
Anita- Sim, meu
amor e vamos viver felizes na nossa casinha, com o nosso cheiro e amando muito
o nosso filhinho.
Guilherme- Anita
saiba que eu tenho muito orgulho de você viu! Muito orgulho.
Ambos se beijam, eles fazem amor por cima da mesa da cozinha, vê se um
olho por trás de uma moita observando os dois.
Cidade triste, chuvas pausadamente, sinos badalam, o cortejo segue pelas
ruas dos pedregulhos, o caixão sendo carregado pelos homens, Ana junto ao filho
e Maria chora. Bert finge a morte do filho nos ombros de Amadeu, Grabeel
acompanha juntos com um maio de flor na mão, Odorico abraçado com Jerusa!
Ana- Vai com
Deus pai, que o senhor vá para um bom lugar.
O caixão é colocado na sepultura! Na mansão de Bert Mendes:
Bert- Podemos
conversar agora Ana Francisca, então me diga pra que veio me atormentar?
Ana- Eu sei
de tudo.
Bert- Sabe?
Mas minha neta o que há pra se saber?
Ana- Já
disse, eu sei de tudo! Eu sei que foi você quem matou a minha mãe. Sua bruxa;
Grabeel- O quê?
Mas Ana que acusação é essa?
FLASBACK (narração)
Ana- Antes de ir embora desse lugar, depois que eu fugi do convento eu fui até a casa da minha avó, que ainda não morava aqui. Vi e ouvi-a ela dizer...
Ana- Antes de ir embora desse lugar, depois que eu fugi do convento eu fui até a casa da minha avó, que ainda não morava aqui. Vi e ouvi-a ela dizer...
Lembra-se:
Bert- (com frasco na mão) Esse remédio é abençoado, a promessa que fiz foi mentira, pois eu mesmo matei a minha norinha! Só não matei essa criança por que tive dó, pena dela.
Bert- (com frasco na mão) Esse remédio é abençoado, a promessa que fiz foi mentira, pois eu mesmo matei a minha norinha! Só não matei essa criança por que tive dó, pena dela.
Ana- (hoje) Então
foi por isso que eu tive que crescer, lutar pra tentar acabar com você vovó. Só
que não tenho provas pra colocar você na cadeia que é o seu lugar! Mas o
destino e eu fez a gente se cruzar e eu não vou deixar você em paz enquanto não
pagar pelos pecados cometidos.
Bert- Ora,
isso é um ameaça?
Ana- Que
seja, mas saiba Bert Mendes, ou melhor, ASSASSINA que eu vou mover terra e céu
pra te colocar no devido lugar. Já fica em alerto!
Bert e Ana se entreolham. Ana sai com o filho e Maria, Grabeel observa
Bert e sai assustada.
Rafael e Daniel começam a atender na clínica médica ali:
Rafael- Então é
só tomar duas doses dessa vacina duas vezes por semana durante 1 mês, e já
estará melhor te garanto.
Daniel- Acho que
a Ana que você amou no passado, se casou e se mudou daqui... Nessa cidade não
muito grande se ela estivesse aqui já teríamos a visto, não acha?
Rafael- Pense
nisso depois de você ficar sabendo realmente, tenho medo colega. Não sei como
será a reação dela quando voltar a me ver!
Eles se olham. Ana em casa se lembra de quando Rafael a abandonou na
praia:
No Rio de Janeiro na praia Rafael dá uma risada sínica.
No Rio de Janeiro na praia Rafael dá uma risada sínica.
Rafael- Você
deve estar brincando comigo Aninha.
Ana- Eu
brincar? Não... Por que estava beijando aquela mulher eu quero uma explicação.
Rafael- Não vem
com esse papinho de ciúmes não Ana Francisca será que você acreditou mesmo que
eu te amo?
Ana- Quê? O
que está querendo dizer?
Rafael- só por
que tivemos uma noite não significa que eu te amo Ana, nunca. Tudo aquilo que
eu falei foi apenas uma metáfora para conseguir o que eu queria, e conseguir na
primeira noite que nos encontramos.
Ana- Tudo foi
mentira? Tudo?
Rafael- Claro
que foi, pensou mesmo que eu ia me casar com uma matuta como você? Uma pobre
menina que quer voltar para Ouro Preto?
Nunca Ana Francisca, saiba que eu nunca gostei de você, nunca. Procura
aí um homem que come capim pra você vai. (risos)
Ana leva a mão na cara de Rafael.
Rafael- Você
caiu direitinho na minha armadilha. (sério)
Rafael sai deixando Ana chorando
ali, “Uma Voz no Vento- Leila Pinheiro” Ana se agacha na areia e dá um
grito alto RAFAEL, chorando ela pega a areia e espreme nas mãos.
Ana chora até Benjamin aparece:
Ana- Mamãe, a
senhora ta chorando de novo?
Benjamin- Não meu
filho, a mamãe não está chorando! Foi um cisco que caiu no olho da mamãe, mas
me conta como está indo com a Maria?
Maria- Mãe, eu
queria ter um pai pra brincar comigo, eu nunca vou ter não?
Eles se olham.
Rafael e Daniel só de sunga no quarto, eles acabam de tomar banho. Uma
faxineira entra e começa a ficar vermelha:
Faxineira- Nossa,
nessa cidade agora ta aparecendo cada homem
bonito!
Daniel- Gentileza
sua.
A faxineira sai com vergonha, Daniel anda pelas ruas até que arregala os
olhos em uma bela moça, de vestido vermelho, cabelos soltos e salto alto...
Daniel- Agora
sim nessa cidade ta aparecendo mulher bonita, que gostosa!
Virgínia- Ei
rapaz, quer me dar quanto por uma noite?
Virgínia solta um beijo demorado em Daniel que não resiste, de longe
Padre Murilo vê a cena e se impressiona:
Murilo- Deus do
céu, quem é essa mulher que está quase engolindo esse rapaz? (percebe)
Virgínia? Não acredito? Mas ela virou um... Um... Uma mulher.
Virgínia- (vê o
padre de boquiaberto) Padre Murilo, que saudades das suas ladainhas, aqui
preciso conversar contigo. Fecha essa boca agora por que depois você vai abrir
ela mais. Então gostou da surpresa?
Murilo- Você se
transformou até demais menina.
Virgínia- Não foste
tu mesmo que disse ok?
Eles se olham, Virgínia pisca para Daniel. Jerusa e Odorico em casa:
Jerusa- Sabem o
que eu estou percebendo em você ultimamente esses meses todos?
Odorico- O quê?
Jerusa- Você não
tem saído mais, não vai mais na cachoeira. Por que amor? Não vem me dizer que é
essa cidade que você carrega nas costas que faz você não poder sair mais.
Odorico- Não, mas
é por que é muito melhor estar com você e com a nossa Lisinha que eu amo de
coração.
Eles se beijam. Lisinha brinca em seu quarto com um filhote de
vira-lata. Virgínia e o padre estão na sacristia, Murilo oferece café com leite
para a amiga:
Padre- Sabe
Virgínia, você exagerou um “pouquinho” nessa sua mudança.
Virgínia- Não
exagerei nada padre Murilo, nada! E olha só eu estou ganhando muito dinheiro
com o trabalho que estou fazendo.
Padre- Que
trabalho?
Virgínia- Segredo!
Eles se entreolham:
Virgínia- padre Murilo,
quando você chegou nessa cidade, tudo o que você pôde me dar é alegria e ser
uma pessoa mais levantada conforme a palavra. Mas essa alegria se transformou
em uma coisa tão linda, tão linda que...
Murilo- Para de enrolar
menina, fala de uma vez só.
Virgínia- Eu estou
apaixonada por você Padre Murilo, apaixonada por você.
Eles se olham.
Daniel anda pelas ruas e de longe avista Ana Francisca com o filho e
Maria, ele se impressiona e se esconde:
Daniel- Ana
Francisca, ela não saiu da cidade e tem um filho. Bem é bom colocar fogo nessa
cidade, eu vou inventar um jantar pros dois se encontrarem:
Daniel solta gargalhadas.
Efeito amarelado, livro se fecha.
(continua...)
WEB-NOVELA
DE: Gilberto Nascimento
Nenhum comentário:
Postar um comentário