9 de outubro de 2013

Trama Mineira - Capítulo 09

CAP. 09

Benjamin entra no quarto:
Benjamin- A senhora está chorando mamãe? Que tem?
Ana- Meu filho, não tenho nada. Hum, não se preocupe foi apenas um cisco que caiu nos meus olhos, apenas isso.
Benjamin- Mamãe, todos os meninos lá na escola da minha sala falam que tem pai, por que eu não tenho mãe? Por quê?
Ana- (desaba em choro) Meu filho, você tem pai... Mas ele está viajando.
Benjamin- Eu nunca vou conhecer ele?
Ana- Quem sabe um dia filho, quem sabe um dia?
Eles se abraçam, Ana pensa longe.
Amanhece (PLANOS GERAIS DE OURO PRETO) Grabeel visita Jerusa:
Jerusa- Oi amiga, como vai?
Grabeel- Muito bem, amanhã faço 91 anos, estou bem, muito feliz.
Jerusa- Então como está a Ana Francisca, ela já decidiu quando vai dar a volta por cima e colocar aquela sirigaita no chinelo?
Grabeel- Ela me garantiu que ainda hoje encontra com ela e fará de tudo pra acabar com a assassina da mãe.
Elas tomam café e colocam as fofocas em dia. Rafael e Daniel chega á Ouro Preto.
Rafael- Essa cidadezinha não é tão ruim não.
Daniel- Não é não, parece ter várias gatinhas.
Rafael- Creio que vamos nos dar muito bem aqui.
Eles sorriem. “Beleza Fácil- Zélia Duncan” Padre Murilo recebe um telegrama:
Murilo- A Virgínia está voltando, e promete trazer uma grande surpresa? Qual será hein?
Ana aparece na casa de Bert, ambas se chocam uma na frente da outra:
Ana- Olá vovó, como tem passado esses anos?
Bert- (ironizando) Quem é você?
Ana- (enfrenta) Ana Francisca Silva do Sáurio. Sua neta!
Ambas se entreolham... Ana fixa nos olhos da avó.
Bert- Você deve estar brincando comigo menina, minha neta morreu.
Ana- Acho que não... Minha mãe se chama Albertina Silva e meu pai Navarro Sáurio. Tenho 28 anos. Diz-me que estou enganada, me diz?
Bert- Você, como conseguiu chegar até aqui?
Ana- Até que enfim chegou à pergunta que eu mais queria, como eu cheguei até aqui... Tem 12 anos que eu cheguei aqui em Ouro Preto, pronta pra acabar com você e tomar a minha herança que tenho por direito.
Bert- Não enquanto eu viver.
Ana- Você que pensa, vim pra terminar o que você começou, gastando o dinheiro suado da minha mãe com porcarias, joias e nada mais... Até acho que foi você quem matou ela. E meu pai onde está?
Bert- (fingindo chorar) Seu pai está morto. Ele morreu hoje, não sabemos por que, mas morreu hoje!
Ana- Deus, e eu nem conheci o meu pai.
Bert- Não é hora de discutirmos essa questão de herança e vingança.  Vá para a sua casa se arrume e venha ao enterro de seu pai.
Elas se olham.  Rafael e Daniel entram no quartinho que ambos alugaram.
Daniel- É nesse quartinho cafona que vamos ficar?
Rafael- Por enquanto meu amigo, poderemos comprar uma casa assim que der um mês de trabalho.
Eles se entreolham. Bert adentra sala de sua casa, ela instala o terror o ódio flui em seu rosto:
Bert- Como aquela desgraçada pôde chegar até aqui? Agora eu estou perdida. (avista Amadeu) não tudo praticamente! Se essa morta de fome pensa que irá roubar a minha herança... Está muito enganada. (sussurra) Será que eu vou ter que fazer a mesma coisa que eu fiz com o meu filho?
Suspense! Anita chega em casa correndo e pula nos braços de Guilherme e dando nele um beijo apaixonado:
Guilherme- Nossa que amor, posso saber por que essa felicidade toda?
Anita- Claro que pode amor, é que o milagre que eu tanto esperava ocorreu, e agora não seremos mais dois e sim três.
Guilherme- Não acredito, não é o que estou pensando? É?
Anita- Sim Guilherme, vamos ter um bebê, você e eu já somos pais.
Eles se beijam, Guilherme fica sério:
Anita- Que foi Guilherme? Ficou sério rapidamente, não parece que agradou tanto assim da notícia.
Guilherme- Pelo contrário amor, eu amei essa notícia... Mas tem um problema, seu pai vai descobrir tudo, tudo!
Ana chega à mansão de Bert, ela adentra sala. O caixão no centro com velas ao redor e pessoas em volta de preto (luto), Ana chega perto do caixão, pega no rosto do pai e começa a chorar inconsolável.
Ana- Pai, eu nem te conheci e já veio a falecer, mas eu prometo não deixar barato tudo o que lhe aconteceu... Mesmo que nunca pude ouvir a sua voz e sentir a sua mão e seu olhar, eu te amava pai e ainda te amo. Você vai ficar na minha memória.
Bert se aproxima.
Bert- Não chores minha neta, Deus quis assim!
Ana- Quis sim, por que será que Deus leva só as pessoas boas e nunca quem merece de verdade?
Bert- Ou posso estar enganada ou você quis se referir a mim?!
Ana- É a mais pura verdade, preferia trilhões de vezes você estar no lugar, nesse caixão sofrendo e chorando no inferno pelas maldades que você fez ou continua fazendo.
Bert- Você está sendo rude comigo...
Ana- (corta-a) Você que foi rude comigo quando me colocou no orfanato e queria me trancar lá pra sempre contra a minha vontade e queria que eu virasse freira.
Grabeel- Por favor, respeitem o luto, ham?
Elas se entreolham, Ana com um olhar duro pra cima de Bert.
Efeito amarelado, livro se fecha..
(continua...)
WEB-NOVELA DE: Gilberto Nascimento

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