NONAGÉSIMO SEXTO CAPÍTULO.
CENA 1 – SÃO PAULO. CAPITAL. MANSÃO DE OSCAR. Int. Dia.
VANDA – O que foi que eu fiz?
Guilherme dá um tapa na cara de Vanda e ela cai sentada no
chão.
GUILHERME – O que foi? Agora que você tá conseguindo o que
quer vai se voltar contra mim?
VANDA – Do que você tá falando?
GUILHERME – Vanda, teu teatro funciona com todo mundo
daquela família, menos comigo. Eu sei que você foi tentar queimar meu filme com
a Alana ontem a noite!
VANDA – Isso é mentira! Eu nem estive lá ontem!
GUILHERME – Eu pedi pro síndico olhar nas câmeras dos
corredores e você estava lá, não se faça de cínica!
VANDA – (ARDILOSA) Ok, eu estava lá sim! E se eu tava lá é
por que até agora eu não vi nenhuma vantagem pra mim, só pra você! O que eu
consegui com essa merda de casamento? Você abriu um caixa 2, tá roubando toda a
grana da tapada e eu até agora não tenho um tostão a mais no meu saldo!
GUILHERME – Dá pra você esperar? As coisas não acontecem da
maneira que você quer!
VANDA – Seu tempo acabou meu querido, eu vou revelar pra
Alana quem você é de verdade!
GUILHERME – Ok, boa sorte! Eu vou sair sem emprego, mas você
sai em uma cela quando eu contar pro teu marido quem é o assassino misterioso!
Guilherme sai da mansão decidido. Vanda pega seu celular e
liga para Heitor, o segurança da mansão.
VANDA – (AO TELEFONE) Heitor, o Guilherme está saindo da
mansão agora... Fure os pneus do carro dele imediatamente!
Vanda desliga o telefone, troca de roupa e pega sua arma.
VANDA – Agora eu vou lá embaixo, digo que estou arrependida
e que preciso conversar com ele em um lugar isolado... Depois é só agir.
Vanda coloca a arma dentro da bolsa e sai. Lá embaixo ela
encontra com Guilherme.
GUILHERME – (GRITANDO) Foi você que furou os meus pneus, não
foi ordinária?
VANDA – Foi sim Guilherme, mas eu vou pagá-los, não se
preocupe. É que eu precisava de um tempo pra falar com você. Eu quero te pedir
desculpas, é que eu to em desespero...
Com medo de não conseguir o que eu quero. Aí eu vejo você... Seus planos
dando certo, você enchendo o bolso e aí eu fico assim. Foi mal! Não foi legal o
que eu fiz.
GUILHERME – E o que você quer de mim?
VANDA – Traçar um plano... Mas tem que ser em outro lugar
por que aqui tem muita gente nos vigiando.
GUILHERME – Ok.
VANDA – Vem, eu te dou carona.
Guilherme entra no carro de Vanda e eles partem.
CORTA PARA:
CENA 2 – SÃO PAULO. CAPITAL. BRAZILIAN UP. SALA DE OSCAR.
Int. Dia.
Alana entra na sala de Oscar que está aflito.
ALANA – O que aconteceu Oscar?
OSCAR – Teu marido. Ele me ligou faz um bom tempo dizendo
que precisava me contar uma coisa, mas ele não chegou até agora... (PARA SI
MESMO) O que esse pilantra tá aprontando?!
ALANA – Aprontando? Como assim?
OSCAR – (PERCEBE QUE DISSE ALTO DEMAIS) Nada, você deve ter
entendido errado... Eu não disse isso!
ALANA – Oscar, você vai me contar o que tá acontecendo ou
não?
Oscar fica tenso.
CORTA PARA:
CENA 3 – SÃO PAULO. ESTRADA. Ext. Dia.
Vanda está levando Guilherme pra fora da cidade.
GUILHERME – Por que você tá saindo da cidade?
VANDA – Você não quer correr o risco de ser pego, quer?
GUILHERME – Não, mas aqui é o mesmo lugar que você matou o
recepcionista do hotel!
VANDA – É, eu sei!
Vanda dá uma coronhada na cabeça de Guilherme e o arrasta
para dentro da mata. Quando ele acorda se depara com ela apontando a arma pra
sua cabeça.
GUILHERME – (GRITANDO) Vanda, o que é que você vai fazer?
Para com isso!
VANDA – Desculpa Guilherme, mas eu não vou correr o risco de
perder tudo agora... Você foi um bom aliado, mas tua missão acaba aqui!
Vanda dispara a arma e mata Guilherme.
CORTA.
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