3 de agosto de 2010

MON AMOUR: Segundo Capitulo!

Continuação do capítulo anterior

Hospital de São Paulo:

Eduardo também abraça Gisele e Larissa. Aquele é um momento de profunda tristeza para todos, e eles choram muito. Apenas Luana fica indiferente.

LARISSA- Como é que vamos viver sem ele?

Luana se aproxima impaciente:

LUANA- Chorar agora não adianta. Alguém tem cuidar do enterro.

GISELE (em tom repreensivo)- Este é um momento de muita tristeza para nós. Miguel era um grande homem.

LUANA- Você não tem o direito de me chamar à atenção. Esquece que foi você quem roubou ele da minha mãe?

GISELE- Você e Estela sabem muito bem que isso não é verdade. Mas já que você está tão bem com a morte do seu pai, prepare você mesmo o enterro.

LUANA- Tudo bem. Cadê o dinheiro?

GISELE- Vamos até o banco retirá-lo!

Casa de Camille:

O telefone toca. Camille deixa a cozinha onde estão todos trabalhando na produção de queijos e vai atender ao telefone:

CAMILLE- Oi, Dr. Gilberto. Tudo bem?

GILBERTO (ao telefone)- Bem, obrigado. Tenho uma triste notícia para você. Hoje de manhã, Miguel sofreu um súbito infarto e foi levado ao hospital. Infelizmente ele não resistiu e faleceu.

Camille se deixa cair em soluços.

GILBERTO- Camille acalme-se. Olhe bem o que você deve fazer. Comunique aos seus filhos o falecimento do pai e depois vá até Paris e pegue o vôo das sete. Suas passagens já foram compradas. Mas, atenção, venha só. Infelizmente os filhos não poderão vir. Não podemos chamar a atenção.

CAMILLE- Chamar a atenção? De quem?

GILBERTO- Você saberá de tudo quando chegar aqui. Atenção, não converse com ninguém no velório antes de ter comigo. Eu lhe explicarei como prosseguir.

Camille desliga o telefone e decide que será forte, para passar força aos filhos. Chega à cozinha e diz a todos:

CAMILLE- Gente, vocês terão que ser forte. O pai de vocês acaba de falecer no Brasil. Eu estou indo para lá hoje ainda.

Depois do choque inicial, Jacques é o primeiro a falar:

JACQUES- Mamãe, eu quero ir com a senhora. Eu tenho direito de me despedir de meu pai.

CAMILLE- Ninguém poderá ir, infelizmente. São ordens de Dr. Gilberto. Leterre, me leve a Paris, preciso pegar o avião. Quanto a vocês, manterei todos informados.

Camille embarca com um aperto no coração. Lembra-se que, a primeira vez que andou de avião foi com Miguel, e ele apertava forte sua mão, fazendo-a estremecer. Vieram à tona algumas lembranças. Camille se lembrou do prazer que sentira quando se entregara a Miguel pela primeira vez, como ela tremia com seus beijos. Naquele momento, ela sentiu sua falta como nunca. Sentiu seu cheiro no ar e desabou em lágrimas.

Funerária

Luana prepara os detalhes do funeral e decide:

LUANA- Eu quero esse. É mais barato e apresenta ser razoavelmente chique. Gisele nem desconfiará e eu ficarei com um bom dinheiro para mim.

Luana dá um sorriso frio e calculista.

Funeral

Gisele está aos pés do defunto, chorando. Chega um homem com um buquê de flores e diz:

HOMEM- Estas flores são de homenagem para a esposa de Miguel. Por favor... D. Gisele.

Gisele olha e vai ao encontro do homem. Ao mesmo tempo, Camille se levanta e olha intrigada.

Continua no próximo capitulo!

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