25 de junho de 2010

Um primeiro ano lucrativo, com saudade, mas sem Michael Jackson:


Nesta sexta-feira (25), faz exatamente um ano que o mundo entrou em choque ao receber a notícia de que Michael Jackson havia morrido, aos 50 anos de idade. A comoção foi comparável à da morte de líderes políticos, religiosos ou mesmo de desastres naturais como tsunamis e terremotos. A morte prematura, em sua casa em Los Angeles, aconteceu devido a doses excessivas de calmantes e anestésicos que ele tomava para conseguir dormir e que foram ministrados por seu médico particular, o doutor Conrad Murray.
Durante estes 12 meses, no entanto, poucos notaram a ausência do Rei do Pop. Afinal de contas, o que os produtos relacionados a ele renderam nesse período ultrapassa os limites do normal. Somando tudo - vendas de CDs, vídeos, editora musical, licenciamentos etc - foi a impressionante cifra de R$ 1,79 bilhão. Isso mesmo, quase dois bilhões de reais. Um valor altíssimo, ainda mais levando-se em consideração que Michael estava ausente do cenário musical há vários anos e considerado em decadência.
Em termos de discos e downloads legalizados, foram quase 34 milhões de cópias vendidas no mundo nesse período, sendo nove milhões apenas nos Estados Unidos. O DVD This Is It, lançado em janeiro, vendeu 2,7 milhões de cópias no mercado americano.
O número mais impressionante, no entanto, é bem menor. Trata-se dos aproximadamente R$ 12 milhões de reais arrecadados com os ingressos vendidos para os 50 shows que Jackson faria na O2 Arena, em Londres.
A pergunta é imediata: como esse dinheiro foi ganho com os shows, se eles não ocorreram? Simples: milhares de fãs que haviam comprado ingressos antecipados não pediram a restituição do dinheiro a que teriam direito, mantendo os tíquetes como recordação do ídolo.
E tudo leva a crer que essa enxurrada de dinheiro continuará correndo firme e forte, nos próximos anos. O contrato que o advogado John Branca e o executivo John McClain (nomeados em testamento por Michael Jackson para conduzir as suas finanças) assinaram com a Sony é dos mais significativos.
O acordo prevê que até 2017 sejam lançados dez novos álbuns do cantor. O primeiro está previsto para sair em novembro, com material inédito. Os outros envolvem mais inéditas e também relançamentos e novas compilações. O disco Off the Wall (1979) deve ser o primeiro, em 2011, a merecer uma nova edição, revista e ampliada.
Embora continue querendo brigar na Justiça para colocar a mão em parte desse dinheiro, o pai do saudoso cantor, Joe Jackson, provavelmente não conseguirá o seu intento. Sua ex-mulher Katherine é quem se incumbiu de criar os três filhos de Michael.
Prince (13), Paris (12) e Blanket (8) recebem uma "mesada" de aproximadamente R$ 108 mil cada. Eles moram com a avó na cidade americana de Encino, no estado da Califórnia. Randy Taraborrelli, biógrafo de Michael, declarou que as crianças seguem um caminho elogiável.
- Ver essas crianças dá às pessoas uma noção de que a mídia foi injusta com Michael Jackson, pois vê-los sendo tão educados e simpáticos mostra que ele foi na verdade um ótimo pai.
Em matéria publicada pela agência AFP, Katherine Jackson explicou como tem educado os netos.
- Diria que sou um pouco menos rigorosa, mas tentei seguir a forma como Michael os estava educando.
Enquanto a "marca" Michael Jackson continua lucrando sem parar, o médico Conrad Murray ainda enfrenta um processo no qual é acusado por homicídio culposo (sem intenção de matar). Seu julgamento não teve início e Murray conseguiu o direito de continuar exercendo a profissão.

Fonte: R7/Fabian Chacur.
Foto: Reuters.

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