FIA multa Ferrari em R$ 175 mil por jogo de equipe:

A Ferrari não saiu ilesa do jogo de equipe realizado neste domingo (28), no Grande Prêmio da Alemanha. Após chamar diretores do time vermelho para esclarecimentos, a FIA (Federação Internacional de Automobilismo) multou a equipe em US$ 100 mil, ou R$ 175 mil, por ordenar que Felipe Massa deixasse Fernando Alonso assumir a liderança na 49ª volta em Hockenheim.
Apesar da punição considerada leve, a escuderia de Maranello ainda será julgada pelo Conselho Mundial, onde os dois pilotos também foram convocados para serem julgados, ainda sem data. Os dois podem ser desclassificados, e a equipe receber uma sanção maior. Alonso venceu a prova e Massa ficou em segundo.
Quando estava na primeira colocação da corrida, na 49ª volta, o brasileiro recebeu uma mensagem de um membro da equipe por rádio, que disse pausadamente: "Fernando é mais rápido do que você. Pode confirmar que entendeu a mensagem?". Na volta seguinte Massa tirou o pé do acelerador para deixar o espanhol passar.
A FIA veta o jogo de equipe desde 2002. De acordo com o regulamento, ordens de equipe que interferem no resultado da corrida são proibidas. A punição não é prevista, cabendo à entidade a decisão sobre multa financeira ou penalidade.
Oito anos atrás, quando Rubens Barrichello e Michael Schumacher protagonizaram cena semelhante no GP da Áustria, a Ferrari foi multada em US$ 1 milhão, ou R$ 1,75 milhão. O atual presidente da FIA, Jean Todt, era o chefe da escuderia italiana na época.
Alonso disse que o jogo de equipe não existiu e que o caso foi criado pela imprensa, que é contra a Ferrari, segundo ele.
- A polêmica veio da imprensa, principalmente da inglesa, que viu uma Ferrari forte neste fim de semana. Fazemos parte de uma equipe. São eles quem nos pagam no fim do mês.
Questionado se faria o mesmo por Massa, Alonso admitiu não saber a resposta.
- Se as condições de velocidade minha ou dos pneus não forem boas, talvez. Quem pensa que não mereço a vitória é porque não viu o fim de semana.

Fonte: R7/Gazeta Press.
Foto: Christof Stache/AFP.