Chávez e Capriles iniciam disputa pelo governo na Venezuela
Presidente, que está há 13 anos no poder, tentará mais um mandato em outubro
O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, e o candidato da oposição Henrique Capriles saem às ruas neste domingo (30) para buscar o apoio dos militantes e medir forças políticas no lançamento formal da campanha eleitoral.
Capriles, um jovem governador que tenta pôr fim a 13 anos de governo socialista no país, programou visitas a dois pontos extremos do país — nas fronteiras com a Colômbia e com o Brasil — para destacar o que considera negligência do atual governo com as comunidades que vivem nesses locais mais afastados.
Incapaz de repetir sua frenética campanha de eleições passadas por estar enfrentando um câncer, Chávez deve aparecer na região central da Venezuela para mostrar que está bem o suficiente para disputar a eleição de 7 de outubro.
Chávez tem vantagem de dois dígitos na maioria das pesquisas, mas há um número considerável de eleitores indecisos e um respeitado instituto de pesquisa local colocou recentemente os dois candidatos em uma disputa apertada.
Depois de três operações para remover dois tumores malignos durante uma batalha de um ano contra o câncer, Chávez, de 57 anos, tem dito nas últimas semanas que está totalmente recuperado.
Capriles, governador do estado de Miranda, é um político de centro que admira o Brasil pela combinação de economia aberta e políticas sociais.
Sua viagem da capital Caracas para a comunidade remota ao sudeste Santa Elena, e então em direção à vila La Guajira, é parte de uma estratégia da oposição de destacar a energia e a saúde de Capriles, que tem 39 anos.
"Não é apenas o começo da campanha", disse Capriles no Twitter. "É uma contagem regressiva para abrir o portão para o futuro da nossa Venezuela. O progresso está a caminho!", disse ele.
A mídia estatal continuava a bombardear o opositor neste domingo. Ministros em coro o chamavam de "perdedor" e "de candidato da extrema direita", afirmando que ele iria desmantelar as missões populares de Chávez para dar acesso grátis à educação, serviços de saúde e de subsídio de alimentos em áreas pobres.
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