DÉCIMO PRIMEIRO CAPÍTULO.
CENA 1 – ESTADOS UNIDOS. CASINO. Int. Noite.
A tensão continua. Carl estampa em seu rosto um sorriso carregado de sarcasmo. Diego treme de nervosismo.
MICHAEL – (PELO PONTO) Diego, joga a carta fantasma agora!
Diego saca a carta fantasma (carta extra que não pertence ao baralho, mas é idêntica) e ganha o jogo de Carl.
DIEGO – Xeque Ma -(DIEGO TAMPA A BOCA E PERCEBE QUE FALOU COISA ERRADA).
CARL – (DESCONFIADO) O que foi que você falou? Xeque Mate? Peraí, você usa códigos no jogo?
Diego gagueja e fica sem ter o que responder. John percebe a movimentação da micro câmera que se desprende da lapela do paletó de Diego.
JOHN – (ARRANCA A CÂMERA) Tá aqui o motivo da vitória desse trapaceiro, chefe!
CARL – (FURIOSO) Então você roubou o jogo? Você ia levar os 1 MILHÃO nas minhas costas e ainda de um jeito sujo? SAFADO!
Carl dá um murro no olho de Diego e ele cai.
CARL – John, vá até a sala daquele outro cafajeste e o traga até aqui AGORA!
John vai até a sala de Michael. Bruscamente ele o carrega até Carl.
CARL – Você achou mesmo que com todos esses anos de jogo em Las Vegas eu cairia mesmo em uma trapaça de merda como essa? John, dê uma surra nesse cara! Vou levar esse comigo até uma sala isolada e fazer um interrogatório completo!
John espanca Michael que agoniza. Carl leva Diego até a sala de Michael. Ele joga Diego em uma cadeira e liga o computador. Ele coloca em uma página que fala sobre ele e seus prêmios.
CARL – Tá vendo isso daqui babaca? São frutos de anos de experiência. Maior jogador de Las Vegas, um dos maiores da França, ganhei o prêmio da carta de ouro por ser considerado um adversário quase invencível dentre outros prêmios importantíssimos ganhados na América. Você achou mesmo que iria me enganar?
DIEGO – (MENTINDO) Na verdade não achei. Tudo o que eu fiz foi de propósito. O Michael é dono desse cassino e acha que por eu ser amigo dele eu tenho que ajudá-lo em tudo. Dei a pista da palavra código justamente pra você descobrir e acabar com isso!
CARL – (DUVIDANDO) Sério? Então se eu pedisse pra você me ajudar você trairia seu amigo e me ajudaria?
DIEGO – Sim, sim. Ajudaria no que fosse preciso.
CARL – Então eu posso aliviar pra você. Eu quero saber de onde ele veio e onde mora a família dele!
Diego começa a contar.
CORTA PARA:
CENA 2 – ESTADOS UNIDOS. CASA DE FELÍCIA. Int. Noite.
FELÍCIA – Christian, eu posso explicar, eu...
CHRISTIAN – (CORTANDO-A) Não, não, nem precisa começar! Você me enganou todos esses anos! TODOS! Anos de dedicação a você. Eu trabalhei, brinquei, rezei, fiz tudo que podia por você por que eu te amei mais do que tudo e você mentiu pra mim. Nossa vida toda foi uma mentira! Afinal quem é você? Será que seu nome é mesmo Felícia?
FELÍCIA – Christian, nem é pra tanto, eu só...
CHRISTIAN – (GRITANDO) Já disse que não quero ouvir desculpas! O que eu quero saber é a verdade, só a verdade. Se não for pra dizer algo verídico é melhor nem começar, não quero mais me iludir sobre uma pessoa que eu não conheço! Quando você quiser me contar quem você realmente é, é só você me procurar!
Christian vai saindo.
FELÍCIA – Como assim, onde é que você vai?
CHRISTIAN – Vou pra casa do meu irmão. Não tenho cabeça pra dormir do contigo hoje!
Christian sai e bate a porta. Felícia fica inconsolável.
CORTA PARA:
CENA 3 – ESTADOS UNIDOS. CASINO. Int. Noite.
Carl acaba de escutar as confissões de Diego.
CARL – Então a família dele é brasileira?
DIEGO – Sim, Espírito Santo pra ser mais exato. Ele tem uma mulher e um filho e os pais dele também moram lá. Se quiser posso passar o endereço completo, é só me soltar.
CARL – Olha, se você me passar tudo isso mesmo eu deixo você ir e ainda te dou o dinheiro do jogo!
DIEGO – Fechado parceiro!
Diego e Carl sorriem cúmplices.
CORTA.
CONTINUA... NÃO PERCAM O PRÓXIMO CAPÍTULO.
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