31 de maio de 2010

O grande destaque do domingo foi a briga entre “Fantástico” e “Domingo Espetacular”:


O último domingo foi intenso e tenso para os executivos das emissoras de televisão, principalmente os ligados ao SBT e Record. Depois de algumas derrotas para Silvio Santos e “Pânico na TV”, Gugu Liberato foi para a tarde numa operação que exigiu muitas manobras da Record. Foi uma mudança importante, mas o grande destaque ficou mesmo para o confronto entre as revistas eletrônicas “Domingo Espetacular” e “Fantástico”. Os programas são muito parecidos em essência, mas diferentes em suas realizações. A equipe da Record aposta em reportagens mais longas, com depoimentos mais extensos e temas mais polêmicos ligados à violência urbana. O grande trunfo deste final de semana foi uma reportagem sobre pedofilia com muitas entrevistas e edição capaz de prender o telespectador. Entretanto, o “Domingo Espetacular’ perde pontos de audiência com suas constantes reprises de reportagens de outros programas. Já o “Fantástico” recorre à variedade de assuntos, reportagens mais curtas e muitos quadros sobre comportamento e de humor. Erra ao dar praticamente o mesmo tempo a todos os assuntos. A medição minuto-a-minuto mostrou que em muitos momentos o “Domingo Espetacular” alcançou a liderança, mas que oscilou muito com as reprises e intervalos comerciais. É fato que o “Fantástico” perdeu audiência para a revista eletrônica da concorrente, mas o programa de Patrícia Poeta e Zeca Camargo tem público mais fiel e menos disposto a usar o controle remoto.
Neste último domingo de maio ficou claro que o jornalismo ainda é uma boa arma na briga pela audiência e engana-se quem pensa que no fim de semana só há espaço para os repetitivos programas de auditório. Que a briga se intensifique e que as equipes do “Domingo Espetacular” e “Fantástico” busquem o equilíbrio, eliminem os pontos negativos e ofereçam ao telespectador boas reportagens. Enquanto eles brigam nos bastidores, nós em casa ganhamos com mais conteúdo na TV.

Fonte: Parabólica JP.
Texto: José Armando Vannucci.
Foto: Parabólica JP.

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