Panorama da TV

ESPECIAL - TITITI

Começou muito bem a trajetória do remake de Ti Ti Ti. Comemorem, fãs!

Na última segunda-feira, estreou o remake da clássica obra de Cassiano Gabus Mendes, no comando de Maria Adelaide Amaral. Ti Ti Ti, versão 2010, parece já recuperar a audiência semelhante de Caras e Bocas, que foi perdida pela fracassada Tempos Modernos.

A estreia, em números, não foi animadora. Foram os mesmos 29 pontos de média obtidos por Tempos. Mas, ao contrário da maioria das novelas, a trama se estabilizou nessa média e manteve os 29 pontos até quinta. Na sexta, caiu.. Mentira, subiu para 30 pontos. Uma primeira semana muito superior a outra novela, e talvez até melhor que Caras. Foi para ninguém botar defeito.

Veja o que diz o cantor Luciano, da dupla com Zezé di Camargo, que é fã declarado por novelas, e diz "ficar louco" por Ti Ti Ti.

"Gosto do Ariclenes porque ele é o anti-herói. É aquele cara divertido, boa gente, que vai fazer de tudo para se dar bem. Mas, não vai matar, por exemplo", analisa o sertanejo. O cantor conta que a última novela das sete da Globo que ele mais gostou foi "Cobras e Lagartos" porque, segundo ele, também havia um anti-herói, o Foguinho. "Adorava o Foguinho".

"Com o tempo você se acostuma e disassocia a imagem dos personagens. Fui no You Tube e vi umas cenas do Reginaldo Faria. Não tem como ver o Alexandre Borges e fazer comparações, são coisas diferentes", opina. "Estou vendo a parte legal das adaptações à atualidade. A abertura é igual. Mas, é tudo excelente. O [diretor] Jorge Fernando é sensacional, sempre faz gols de placa"

Por fim, ainda falou: "Tempos Modernos não foi para frente porque se perdeu no caminho. Perdeu a essência de uma novela das sete e, com isso, o público."

E este que vos tecla agora também pensa o mesmo que ele.

Disparadamente, Ti Ti Ti começou melhor que Tempos Modernos. Para ficar melhor, só falta superar a qualidade de Caras e Bocas. Para isso, é preciso corrigir alguns núcleos, como por exemplo, o que envolve Marcela (Isis Valverde). A mocinha foi a que menos empolgou na primeira semana. Mas por pouco tempo, porque depois de sofrer um acidente, ganha uma nova pegada e mais torcida. E resta saber se ela se apaixonará de novo por Renato (Guilherme Winter).

Sobre o referente acidente, este matou o homossexual Osmar (Gustavo Leão). Sobrou duras críticas para a Globo por ter tirado o personagem do bom ator ainda no início. Após isso, foi garantido que Gustavo ainda estará na novela, aparecendo em flashbacks. Provavelmente com "seu amor", Julinho (André Arteche). O casal gay, junto com os eternos Jacques Leclair e Victor Valentim, foram os que mais empolgaram até agora. Pena que não durará a novela inteira.

Vamos aos principais: Jacques Leclair, ou André Spina, tanto faz, é bem defendido por Alexandre Borges. Estiloso como nunca, o seu jeito "cafona" caracteriza o divertido protagonista. E com seu rival por perto, fica melhor ainda. Ainda como Ariclenes Martins, o pobre personagem de Murilo Benício (que assistiu a primeira versão da trama, em 1985, sem nunca imaginar que 25 anos mais tarde viveria um de seus personagens prediletos) também faz bonito. Atrapalhado que só, ainda tenta conquistar sua ex-mulher, Suzana, interpretada por Malu Mader. A atriz retorna após um hiato de três anos, e parece ter consertado o erro que foi Eva Sullivan de Eterna Magia. Sua nova personagem também fez muito bem para a nova novela.

Entre os elementos vindos de Plumas e Paetês, está Rebeca (Christiane Torloni). Só não podemos falar tanto dela porque a mesma apareceu pouco na semana de estreia. Podemos dizer que a nova Rebeca é mais "light" do que a original.

E ainda destaca-se Claudia Raia, como a perua Jaqueline Maldonado. Aguardamos ansiosamente a cena em que ela vai, com Jacques Leclair, assistir a um jogo do Corinthians. O time, aliás, perdeu hoje seu técnico, Mano Menzes, novo treinador da seleção brasileira. Junto com Ti Ti Ti, a escolha da CBF também foi uma das mais comentadas pela agitada semana que se termina.

Não esquecemos também de Caio Castro, que finalmente deixou Malhação para brilhar em novelas, como o fotógrafo Edgar. Giulia Gam vive a sofredora Bruna. Sofrer é característica comum para a atriz. Fernanda Souza, como Thaísa, estreia em novelas contemporâneas, apagando sua imagem de Isadora, deixada por Toma Lá, Dá Cá. E estamos nos divertindo também de Chico, personagem de Rodrigo Lopéz (lembra-se de Beleza Pura). Um motoqueiro de muitos sotaques paulistanos. Exagerado, claro, mas legal.

Agora é esperar para ver como será revivida a rivalidade de Jacques Leclair e Victor Valentim, principal mote da novela. Quanto Ari (apelido carinhoso, hein) virar Victor, a trama dará mais uma de suas muitas guinadas que há de dar pela frente.

Ti Ti Ti merece todos os elogios, porque é muito boa. E vamos ver se mantém a mesma boa impressão que nos deu nessa primeira semana.

Ah, já ia me esquecendo. Fizeram a mesma versão da abertura de 1985, só que remasterizada. E, sem muito trabalho, a vinheta também está ótima. O papo de tiete ainda vai ferver...

fonte: BLOG MARCOS RIVELLES

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