3 de março de 2010

“Poder Paralelo” termina com balanço positivo e horário ingrato:


A novela “Poder Paralelo” chegou ao seu ponto final com a revelação da identidade do Guri. No último bloco, ferido, Paulo Garzia é desmascarado pelo mocinho e finalmente o público fica sabendo porque ele matou tantas pessoas no decorrer da novela criada por Lauro César Muniz. Suspense até o último momento. 17 pontos de média em São Paulo e no Rio de Janeiro um bom tempo à frente da Globo.
“Poder Paralelo” termina com um saldo positivo, principalmente na qualidade do texto. Foi uma novela de bons diálogos, muita ação e capítulos amarrados e, por isso mesmo, quem ficava muito tempo sem assistir perdia o andamento da história. Em seus primeiras semanas de exibição, “Poder Paralelo” chegou a incomodar alguns setores da Record porque eram exibidas cenas mais fortes na cama e diálogos com duplo sentido. Lauro César Muniz soube administrar todo tipo de pressão e seguiu com sua história, considerada mais masculina porque abordava a disputa da máfia. Romances e a virada de Maura Vilar atenderam às necessidades de quem prefere os temas considerados mais clássicos em teledramaturgia.
Em relação ao elenco, foi possível acompanhar bons trabalhos, mas não há como fechar os olhos para a excelente interpretação de Adriana Garambone(Foto acima), que soube construir a esposa perfeita, transformá-la com a traição do marido e achar uma nova mulher com o surgimento de um relacionamento verdadeiro. Também gostei de ver Tuca Andrada, Paloma Duarte e Marcelo Serrado, este a partir da metade da novela.
A equipe de “Poder Paralelo” errou feio na cenografia e na iluminação. Os cenários lembravam novela dos anos 80 e representaram uma volta nos avanços da Record nesta área e a iluminação só foi corrigida depois de muito tempo. Nunca vi tanta sombra no ar. O horário foi outro ponto negativo da trama de Lauro César Muniz. Em seus últimos meses, em função de “A Fazenda” e outros compromissos da Record, a novela foi jogada para bem depois das 23h, um horário ingrato para esse tipo de atração.

Fonte: Parabólica JP.
Texto: José Armando Vannucci.
Foto: Parabólica JP.

Um comentário:

Vanda disse...

Eu só acho que o Tony deveria ter ficado com a Fernanda...