10 de março de 2010

Duração e pautas nacionais prejudicam “SP Record”:


As enchentes registradas em São Paulo durante os meses de janeiro e fevereiro anteciparam o regresso do “SP Record” à grade da emissora. Quando saiu do ar para dar espaço ao desenho do Pica Pau, o jornalístico estava num processo de queda de audiência que algumas pessoas acreditavam ser consequência da exploração de muita violência e da falta de assuntos mais polêmicos. Havia, inclusive, um projeto de reforma do telejornal, com mais espaço para a prestação de serviço, uma linguagem mais dinâmica e entrevistas diferenciadas. Esses ajustes seriam feitos durante o tempo em que o “Pica Pau” ocuparia a grade. Em sua “temporada 2010″ o “SP Record” vem registrando índices que oscilam entre 7 e 9 de média, garantindo a vice-liderança.
Apesar dos bons números, o jornal tem dois pontos que precisam ser revistos por sua equipe, sendo o principal sua duração. O “SP Record” fica no ar por mais de 2 horas, o que obriga a equipe a esticar muitos assuntos e a abusar do recurso de repetição da imagem mais impactante. Outro problema é em relação à pauta. Como um jornal local pode exibir mais da metade de seu conteúdo sobre crimes de outras cidade? Basta assistir atentamente ao “SP Record” para constatar que ações policiais no Rio de Janeiro ocupam um espaço considerável no telejornal.
Os dois problemas estão unidos. Ao diminuir a duração do “SP Record” a equipe ganha respiro para não abusar da repetição das imagens e a buscar no Rio de Janeiro reportagens. Ao valorizar a produção local a Record atinge uma maior identificação com o telespectador de São Paulo. Parece simples?

Fonte: Parabólica JP.
Texto: José Armando Vannucci.
Foto: Parabólica JP.

Um comentário:

Joselito disse...

Todas as Tvs locais afiliadas a Record e Globo acabam sendo prejudicadas em todas as cidades quanto a produção local ....