28 de dezembro de 2013

ENCONTRO DO SÉCULO - Cap 155 e 156

< Web Novela de MARCOS SILVÉRIO>

No capítulo anterior...
Pedro não resiste e procura Beija
Ele se admira com sua gravidez de 8 meses
Pedro diz que a ama e que sente sua falta
Beija se faz de indiferente e ignora seus sentimentos
Pedro desconfia que seja o pai da criança e insiste
Para feri-lo Beija diz que o pai é o Ouvidor Motta

CAP. 155

PEDRO (irado) Então aquela história de chantagem era apenas para me enganar, não era Beija? Você e aquele canalha do Motta estavam me chifrando há muito tempo... Era ou não era?
BEIJA: Eu lhe contei toda a verdade. Não omiti uma única vírgula. Não havia caso nenhum com Motta. Odeio aquele homem e só me deitei com ele por medo de perder você. A gravidez foi um infortúnio... Uma infelicidade.
PEDRO: E porque não tirou esse filho?
BEIJA: Acha que sou uma mulher capaz de uma desumanidade dessas? Essa criança não tem culpa nenhuma pelos caminhos tortuosos de seus pais e tem todo direito de vir ao mundo. Estou disposta a fazer o que for preciso para criá-la com toda a dignidade que merece.
PEDRO: Você quem sabe. (pausa) Acho que fiz mal vindo aqui. Deveria ter ficado quieto no meu canto. Mas foi bom pra eu tirar essa história da minha cabeça de uma vez por todas.
BEIJA: Está certo, Pedro. Você escolheu seu caminho. Agora siga-o. Não dá mais para voltar atrás.
PEDRO: Adeus, Beija!

O príncipe desce rapidamente as escadas, monta no cavalo e sai em disparada pela estrada. Logo a escrava adentra a sala.

SEVERINA: A Sinhá não foi muito dura com ele?
BEIJA: Bem menos do que o que merecia... Não lhe disse que guardaria a história das orgias nas tavernas para usar na hora certa? Quando veio me cobrar fidelidade, atirei-lhe tudo em rosto... Ele mudou de assunto, mas no fundo entendeu muito bem...
SEVERINA: Mas, Sinhá, e se D. Pedro a amar de verdade? A Sinhá não estaria perdendo uma chance de voltar a ser feliz?
BEIJA: Se me ama de verdade terá de provar isso, aceitando a mim e a um filho supostamente de outro. Sim, porque não vou lhe contar que é o pai da criança. Já pensou, Severina, se ele resolve tomar o meu bebê?
SEVERINA: Deus nos livre e guarde, Sinhá. Melhor que continue pensando que o filho é do Dr. Motta...
BEIJA: Perco o pai, mas não perco o filho, entende?
SEVERINA: Nhá sim.

Corta para o gabinete do Príncipe no Paço Real.

PEDRO: Você é mesmo um canalha, Motta! Não lhe disse para ficar longe de Beija?
MOTTA: Quando ordenou isso Beija e eu já estávamos tendo um caso há algum tempo. Além do mais, Alteza, conheci Beija muito antes. Se alguém tem algum direito sobre ela, esse alguém sou eu.
PEDRO: Canalha! (e dá um soco forte no rosto de Motta) Se tem tanto direito assim sobre Beija, então assuma o filho que ela está esperando!

Nisso Veridiana, a esposa de Motta, adentra a sala, ouvindo apenas a última frase. E xereta que é, quer logo saber do que se trata.

VERIDIANA: Filho? Que filho, Alteza?
PEDRO: O filho que Motta terá com Dona Beija!

Continua...


> Web Novela de MARCOS SILVÉRIO <

No capítulo anterior...
Para ferir Pedro, Beija diz que o filho que espera é de Motta
Pedro fica irado e se sente enganado
Ele pergunta porque Beija não aborta a criança já que odeia Motta
Beija se nega e diz que a criança não tem culpa de nada
O Príncipe agride Motta e sua esposa presencia
Pedro conta a Veridiana que Motta e Beija terão um filho

CAP. 156

VERIDIANA: Como assim, Alteza? Que história é essa de filho?
PEDRO: Seu marido, o Ouvidor Motta, é amante de Dona Beija, que agora espera um filho dele!
VERIDIANA: Isso é verdade, Motta?
PEDRO: Seja homem, Motta, assuma! Você não fica todo exaltado quando alguém toca no nome de Beija? Então seja homem para assumir as suas responsabilidades!
MOTTA (cabisbaixo): É verdade, Veridiana. Sua Alteza tem razão.
VERIDIANA: Mas é um sem vergonha mesmo! Francamente, Motta! Depois de velho deu para o descaramento, a safadagem! Não respeita a sua esposa, os seus filhos... Você é uma vergonha para a nossa família./
PEDRO (interrompendo): Dona Veridiana, aqui é meu ambiente de trabalho. Se não se incomoda, prefiro que continue essa conversa com o seu marido na sua casa. Tenho muito o que fazer. Retirem-se.
VERIDIANA: Sim, Alteza, com a sua licença.

Motta não diz uma palavra. Extremamente contrariado, prefere o silêncio para evitar o pior.

Enquanto isso, na Chácara Cedro...

BEIJA: Vamos à cidade amanhã comprar algumas peças para o enxoval do bebê. Não falta muito tempo para seu nascimento. Depois preciso ficar quieta e aguardar a minha hora. O bebê pode nascer a qualquer momento.
SEVERINA: A Sinhá não acha melhor ter esta criança na cidade?
BEIJA: Não. Vamos ficar por aqui mesmo. Quanto menos gente souber disso, melhor. Fazemos as compras, passamos o resto da semana na cidade no sábado de manhã, deixamos a parteira de sobreaviso e voltamos pra cá.
SEVERINA: A Sinhá é quem sabe. Que Deus lhe dê uma boa hora.

Na tarde seguinte, após as compras, Beija se deita para tirar um cochilo, pois está exausta. Pouco depois acorda com gritos em frente ao seu sobrado.

VERIDIANA: Beija! Apareça sua devassa! Onde está você, ladra de maridos alheios?

A escrava percebe a movimentação e corre ao quarto.

SEVERINA: Sinhá, tem uma mulher gritando coisas horríveis lá fora sobre Dona Beija. E agora o que a gente faz?
BEIJA (olhando pela janela): É a mulher do Motta. Pode deixar que eu falo com aquela maluca.

Beija desce e caminha até o portão, seguida de perto por Severina e Flaviana.

VERIDIANA: Apareceu, Beija? Mulher de vida fácil! Rapariga! Ladra de maridos alheios!

Beija fica estática.

Continua segunda-feira às 21:00 horas...

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