27 de novembro de 2013

ENCONTRO DO SÉCULO - Cap 101 e 102

< Web Novela de MARCOS SILVÉRIO>

No capítulo anterior...
Chalaça ouve o desabafo de Motta ao Visconde de Perdizes
Beija convida Pedro para passar o dia em sua chácara
Pedro promete apresentar a amada à Corte
Também pergunta por suas aulas para aprender ler e escrever
Pedro menciona o nome de Motta, deixando Beija atordoada

CAP. 101

BEIJA: Você conversou algo com esse tal Ouvidor Motta ou apenas pensou?
PEDRO: Apenas pensei, que caso tivesse conhecido uma figura encantadora como você, a vida dele poderia ter sido bem diferente. Na verdade ouvi mais do que falei. O homem estava perturbado, preocupado com algo que não quis dizer a mim...
BEIJA: Bobagem, deixe isso pra lá. Vamos nos concentrar em nós e aproveitar nossa noite.

Os dois brindam e sorvem os últimos goles de vinho. Abandonam as taças e iniciam uma seqüência de beijos e carícias, que vão se tornando cada vez mais íntimas até se transformarem numa longa noite de prazer e sexo.

Já passa das nove da manhã quando o casal aparece na sala para tomar o café.

BEIJA: Acredito que levantamos um pouco tarde para ir à chácara...
PEDRO: Que nada, meu amor. Temos um dia inteiro pela frente. Depois daquela noitada, precisávamos repor as energias.
BEIJA: Vou repor agora, com um belo café da manhã. (e para a escrava) Severina, traga-nos o leite e o café. (a serviçal se retira)
PEDRO: Como é maravilhoso dormir e acordar ao seu lado. Nessas últimas semanas tenho sido tão feliz... É uma companhia fantástica, sem falar que faz sexo divinamente bem, como as deusas do Olimpo...
BEIJA: É a química, meu querido. Nada seria tão bom se você também não desse sua parcela de contribuição... Devo confessar que é insaciável, parece não se cansar nunca... Mas o meu prazer é satisfazer o meu parceiro. Só fico plenamente satisfeita quando o vejo exaurido, porém feliz...

Severina chega com o café e o leite, mas quando percebe que o assunto está deveras íntimo, volta para a cozinha.

PEDRO: Posso lhe confessar uma coisa? Apesar da pouca idade, já tive muitas mulheres. Você bem sabe que a posição de Príncipe Regente me proporciona isso. Mas para falar a verdade nunca tive com nenhuma mulher relações tão prazerosas e plenas como as que tenho contigo...
BEIJA: Fico lisonjeada, mas o que tenho de tão especial que as outras não têm?

Continua...

< Web Novela de MARCOS SILVÉRIO>

No capítulo anterior...
Pedro menciona o nome de Motta e Beija fica apreensiva
Mas percebe que ele não comentou nada de comprometedor
O casal tem uma maravilhosa noite de amor e sexo
No café conversam sobre o prazer que ambos sentem um com outro
Beija pergunta o que ela tem que as outras mulheres não têm

CAP. 102

PEDRO: As mulheres normalmente fazer sexo por obrigação. Parece que se sentem no dever de se oferecer ao marido. Pouquíssimas fazem e sentem prazer no sexo. Você é uma delas. Mas o que a diferencia é que não tem pudores, não tem preconceitos, se entrega de corpo e alma...
BEIJA: Claro. Não acredito que o sexo tenha sido criado só para a reprodução. Tem um lado muito prazeroso na relação, até mesmo para conhecermos o parceiro, explorar seu corpo, estreitar os laços de intimidade...
PEDRO: Existem mulheres que só fazem sexo no escuro, embaixo das cobertas. Nunca deixam que os maridos as vejam nuas. E isso perdura por uma vida inteira. Acham o sexo imundo, sujo... Tocar no órgão do marido, então... Nem pensar! Já você, Beija, não tem nada disso. Não tem pudores de tirar a roupa, de satisfazer ao seu parceiro, de tocá-lo em todas as partes do corpo... Sabe uma coisa que não me sai da cabeça?
BEIJA: O quê?
PEDRO: Você completamente nua caminhando nas areias da Praia Vermelha... Para mim foi uma prova do quão livre você é, o quão livre de pudores, de preconceitos, entende? Achei aquilo maravilhoso, nos dois sentidos, é claro... (risos)
BEIJA (séria): Precisava me lembrar disso? Sabe que fico envergonhada daquele episódio até hoje... Sinto-me uma oferecida...
PEDRO: Que nada, meu amor! Achei fantástico. Aquilo sim era a visão do paraíso...
BEIJA: Bobo! (se beijam)

Severina, meio que interrompendo, adentra a sala com a bandeja.

BEIJA: Sirva-nos, Severina, salve-me dessa situação embaraçosa. O senhor Pedro insiste em constranger...

Beijam-se, mais apaixonados do que nunca.

Horas mais tarde, na Chácara Cedro, o casal passeia pelas cercanias da propriedade. Há um grande e imponente casarão, porém em más condições de conservação.

BEIJA: Pretendo fazer muitas mudanças aqui. Reformar todo este casarão que está caindo aos pedaços. Dar-lhe cores novas e vibrantes. Isto que foi um jardim e hoje mais parece um matagal, também será todo refeito... Em alguns meses este local estará irreconhecível... E, você, Pedro, pode me dar algumas sugestões?
PEDRO: Posso. Mais que isso, meu amor. Vou lhe presentear com toda a reforma do casarão. Amanhã mesmo mando meus homens aqui e cuidarão de tudo. Você não terá de mover uma palha, só dizer como quer que façam...
BEIJA (com um sorriso largo): Jura?

Continua amanhã...

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