12 de outubro de 2010

A televisão dos dias atuais educa mal e estimula guerra de bandeirolas. Alguém quer mudar esta realidade?


Que a televisão é a grande paixão do brasileiro, ninguém tem dúvidas. Através da tela é possível entrar num mundo distante do nosso, sonhar com situações perfeitas e torcer para que a personagem consiga na dramaturgia tudo aquilo que está distante do telespectador. E quem aparece lá é rei, deve ser imitado, adorado… Como vivemos num país pobre onde são poucos os que têm acesso a manifestações culturais de qualidade e são educados para enxergar arte, desde criança estamos na frente da televisão, a babá eletrônica de muitas pessoas. Com pouca leitura, pouca educação, sem estímulos culturais em casa, o brasileiro adquire parte de seus conhecimentos na TV e, como há um bom tempo não há qualidade no que é produzido, formamos seres cada vez mais rudes e que acreditam que a guerra que aparece diariamente nos telejornais populares é o que deve nortear todas as relações humanas. Tem muito mal educado na frente da TV e nas redes sociais e que acham que podem falar sem responsabilidades. O pior é que o telespectador deixou de ser uma pessoa com critérios de avaliação para se portar como um fanático que não enxerga a realidade e defende bandeirolas sem olhar para o que é produzido. Hoje, vale mais gostar desta ou daquela emissora, idolatrar este ou aquele artista e consumir ideologias vazias e produtos escancarados no intervalo comercial. E quem domina esta relação não quer mudanças, afinal, prá que serve um telespectador crítico? Se o fanatismo passar e o sujeito do outro lado da tela cobrar qualidade, tudo mudará e isso não interessa para muitas pessoas e instituições públicas e privadas.

Fonte: Parabólica JP.
Texto: José Armando Vannucci.
Foto: Parabólica JP.

2 comentários:

Daniel Alves disse...

Não concordo nem um pouco com isso. A televisão nos traz muitas informações e, é certo que nos traz maus exemplos, mas cabe ao caráter de cada um diferenciar o que é bom e o que é ruim. Essas polêmicas já afetaram os folhetins de Charles Dicken, afetam a INTERNET, a TV e entre outros. Tudo é motivo de maus exemplos. Na vida real, vemos muitas pessoas se dando bem quando fazem o mal. É mesmo necessário a TV para dar maus exemplos? Cada um precisa saber diferenciar o que é certo e o que é errado. E além disso, as população só melhora. Um exemplo disso é que, há cinquenta anos atrás, as mulheres nem votavam, agora, uma mulher está prestes a ser presidente. O preconceito contra os negros, hoje em dia, quase nem existe mais. O problema é que as pessoas têm muito preconceito contra TV e Internet. Na verdade, essas duas mídias são apenas veículos, que você pode usar pra fazer o mal ou não.

Vítor disse...

Luano, eu e você sabemos disso, muitas pessoas sabem diferenciar, mas tambem tem muitas que não sabem, além de não saberem reclamar da programação ruim da tv brasileira, se a pessoa muda de canal(as que tem o aparelho que mede o ibope), e a audiência fica ruim, a emissora troca o programa, muda de horário, coloca um melhor! É o que aconteceu com Norma da Globo, mas isso é muito raro, se o telespectador fosse inteligente, tirava da Globo no horário de programas como Zorra Total e Casseta e Planeta, tirava da Record, Sbt, Band, RedeTv! e outras nos horários de programas ruins, que ai sim, as emissoras tentariam melhorar a programação, mas o telespectador não costuma fazer isso, fica lá, assistindo qualquer porcaria, isso é um fato, pelo menos nos que tem o aparelho que mede o ibope!