CAP. 36
Boate de Guará [INT]
Olga/Augusto: Boa tarde! É aqui que trabalha uma Arlete Ferreira?
Haviam algumas moças limpando a casa e outras ensaiavam os passos das apresentações; Arlete saiu do palco e se aproximou;
ARLETE: O senhor não pode vir aqui agora, estamos arrumando a casa, volte mais tarde, os shows começam as oito!
Olga/Augusto: Eu não vim procurar shows, que quero falar com você!
Arlete: Também só depois das oito, agora vá porque agente precisa ensaiar
Olga/Augusto: É sobre Raquel Ferreira, você pode conversar comigo?
Arlete (surpresa): Meninas continuem o ensaio que eu já volto! O senhor pode subir comigo por favor!
Delegacia de Guará
Juliana e Miguel finalmente se vêem
Miguel: O que você veio fazer aqui? Veio me ver pagando pelo assassinato de seu “esposo”
Juliana: Miguel, eu estava com saudades dessa sua ironia toda. Sobre aquelas cartas horríveis que você leu, eu...
Miguel: Você o que? Está arrependida e veio pedir perdão?
Juliana: Não, até por que eu não escrevia aquelas cartas. A Raquel forjava cartas pra tentar me separar de você, enquanto meu pai me manteve afastada daqui.
Miguel: A Raquel fez mesmo isso? Eu bem que desconfiei, a letra era diferente, e aquelas coisas... Meu amor, é bom te ver, te tocar, sofri tanto com aquelas cartas!
Juliana: Mas a Raquel aprendeu a lição, te garanto que nem na porta dessa delegacia ela não passa.
Miguel: Você que está dizendo! Mas como você entrou, seu pai não tinha proibido?
Juliana: É o que parece, mas eu precisava te ver...
Mariano: Acabou a visita Juliana e seu pai quer te ver na casa dele!
Boate de Guará – Escritório [INT]
Arlete: Como você sabe da existência de Raquel? E afinal quem é você!?
Olga/Augusto : Eu quero saber de algumas coisas, e depois posso até te falar quem sou!
Arlete: Bom, acredito que você queira saber sobre Raquel? A ultima vez que a vi foi anos atrás quando deixei ela na casa de meu irmão, João Ricardo Ferreira, conhecido como Jão de Barro
Olga/Augusto : Porque você abandonou a menina pra trabalhar numa casa de programa
Arlete: Eu fazia alguns bicos de doméstica pela cidade. Então aconteceu aquela velha história: A mulher errada, na casa errada, na hora errada!
Olga/Augusto: Ainda não entendi! Eu espero que a senhora esclareça mais, ou denuncio a senhora por abandonar a menina
Arlete: Eu não sei qual o seu interesse nisso, mas se quer saber eu conto. Trabalhava na casa do Barão de Guará, o temido Sr. José Alterosa, então numa certa noite ele apareceu quando terminava de fazer a faxina na casa, ele quis se deitar comigo, mesmo com a mulher lá, fizemos amor no escritório dele. O homem era nojento, e dei o azar de três meses depois descobrir estar grávida daquele porco! Enfim tive que abandonar a menina, aí então foi que comecei a trabalhar aqui, perdi minha inocência na mão daquele calhorda!
Olga/Augusto começa a chorar e Arlete não entende nada, e ainda tenta consolar o cara. Olga tira o chapeu e os oculos, e emocionada se revela.
Olga: Eu era a esposa dele, Olga Alterosa.
* A IMAGEM CONGELA E GANHA UM TOM AMARELADO DECRETANDO O FIM DO CAPITULO
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