25 de janeiro de 2011

Filme do Restart vai misturar a história e a ficção:


Em uma rápida entrevista coletiva antes do show realizado nesse domingo (24) no festival Verão Jequitimar, no Guarujá, Pe Lanza e Pelu, os dois "frotmen" do Restart, falaram sobre os projetos para 2011, e adiantaram que a prioridade será o primeiro filme da banda, mais um de uma série de produtos licenciados para explorar ao máximo o potencial comercial do fenômeno. "Em 2011 a gente tá bem focado no filme. Ainda estamos fazendo o roteiro, mas queremos misturar um pouco da nossa história com ficção, umas coisas malucas que temos vontade de fazer. A estreia está prevista para o começo de 2012", disse Pe Lanza.
Mas a "máquina Restart" não pode parar, então uma agenda lotada de shows e outros projetos também estão no calendário da banda para esse ano. "Não tem como segurar os shows, claro. Nosso momento foi ano passado, ganhamos várias coisas, e agora vai ser o reflexo de tudo que foi acontecendo. Então a gente não pode parar com o que vem trabalhando, para poder colher os frutos. Mas vamos passar muito tempo envolvidos com o filme, porque temos que aprender muito, nunca atuamos. Mas tem muitas outras coisas novas por vir. Em abril sai o DVD ao vivo que gravamos em outubro no Happy Rock Sunday, em São Paulo, e é capaz que saia um CD ao vivo também", detalha o vocalista.

Televisão e amigos no show business

Entre os projetos também está um programa de TV, mas este ainda está em frase embrionária. Mas eles gostaram bastante da experiência de gravar o Família Restart MTV. "Foi muito legal, mostrar como é o nosso dia, ter alguém seguindo a gente o tempo todo. Abranger como é o Restart, a vida na estrada, a correria dos moleques, os fãs... Pegar desde a manhã no hotel, parar pra fazer imprensa a tarde, ir pro show. O Koba filma tudo que a gente faz, ficamos bem a vontade com ele. Mas ter outra pessoa junto filmando tudo foi legal, acabou sendo muito natural, fizemos tudo que a gente faz, o Pelu foi na Teodoro comprar guitarra, essas coisas", lembra Pe Lanza. Ele lembra que o CD multimída Restart By Day, lançado no final do ano passado, também traz cenas dos bastidores dos shows e da vida na estrada.
Os garotos falaram ainda sobre as amizades que desenvolveram no meio artístico, que transcendem as divisões de estilos musicais. "A gente teve a sorte de ficar amigo de todo mundo que conhecemos, desde a galera mais das antigas, como o Jota Quest, o pessoal do Exaltasamba, do Pixote, que já é outra pegada. Temos quase '100% de aproveitamento'. Eu nem sei se todo mundo gosta da banda, mas isso não importa, o importante é o respeito mútuo que temos com todo mundo e que eles tem com a gente, seja artista novo, antigo... isso vai criando uma amizade. Sempre acabamos encontrando com outros artistas e isso acaba criando uma afinidade legal. O pessoal do Skank, do Jota Quest, que a gente admira pra caramba, toda vez que nos encontram têm um tratamento super carinhoso. A Ivete Sangalo, Claudinha Leitte, Michel Teló, todo mundo", afirma Pelu.
Pe Lanza complementa: "De algum tempo pra cá, com a gente se encontrando em festas, eventos, muita coisa mudou. A galera passou a ver o Restart de outra forma. Fizemos várias brincadeiras de parceria musical com o Thiaguinho do Exalta, com o Michel (Teló). Muita gente que vê de fora fala: 'os moleques que tocam rock junto com pagode, sertanejo...', mas no som do Restart a gente mistura várias coisas. O que gostamos mesmo é de quebrar qualquer tipo de preconceito. A galera de música vendo isso tem um pensamento mais aberto. Se for pra misturar pagode eu vou, canto pagode, curto pra caramba."

Carreira internacional

Outro projeto dos garotos para o novo ano é seguir investindo na carreira internacional. Em 2010 eles lançaram uma compilação com 11 músicas cantadas em espanhol para o mercado latino, e fizeram divulgação em rádios e TV na Argentina e no Uruguai.
"O mais legal foi esse respeito com que a galera nos recebeu, mesmo quem não conhecia a banda recebeu super bem, perceberam nosso esforço em responder entrevista em espanhol, que é complicado, os argentinos tem aquele sotaque forte, falam rápido... E a gente tinha fãs lá, no Uruguai tinham umas cinco pessoas que seguiram a gente o tempo todo, na Argentina tinham umas 20 ou 30. Mas o que importou não foi a quantidade, foi o fato das pessoas que moram lá e não tem a ver necessariamente com a cultura do Brasil, conhecendo a gente", lembra Pe Lanza. E ele encerra afirmando que quer fazer shows por toda a América latina. "Vamos manter esse contato pra tocar lá, que é o que a gente mais gosta."

Fonte: Terra/Redação.
Texto: Paulo Noviello.
Foto: Divulgação.

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