1 de setembro de 2010
"Roda Viva" era bom... E melhorou:
A reestreia do “Roda viva” anteontem na TV Cultura reafirmou a importância de uma regrinha básica para qualquer pessoa se dar bem numa tarefa: jamais se colocar acima dela. Mesmo comandando programas de entrevistas há anos, e hoje ocupando um lugar inédito (no ar simultaneamente num canal público, numa emissora fechada e em outra aberta), Marília Gabriela fez o dever de casa. Estudou seu entrevistado — o empresário Eike Batista — e não se contentou com seu currículo e crédito fácil diante do espectador.
No caso do “Roda viva”, “estar acima” ou “estar abaixo” não é só metafórico. Desde que o programa existe (meados na década de 80), seu cenário era uma arena em que o convidado ficava abaixo e no meio, na posição “jogado às feras”. $ícil mexer num formato vitorioso como aquele. O semanal da TV Cultura pode não render audiência, mas tem prestígio, et pour cause.
Porém, a diretora, Maria Helena Amaral, mudou o arranjo, acomodando o convidado e seus entrevistadores em pé de igualdade. Na nova fase, o “Roda viva” ficou enxuto, mais concentrado no que importa realmente: a conversa. Não há distrações, ou convidados que apenas esquentam a cadeira sem chance de fazer perguntas, como antes. Os twitteiros também saíram, com o argumento de que para estar ali há que se contribuir com a entrevista de alguma forma.
Se a comandante da cena for competente — e Marília Gabriela é — e seu interrogado, interessante, está feito. Não precisa mesmo de efeitos especiais.
Fonte: Patricia Kogut.
Foto: Patricia Kogut.
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