12 de janeiro de 2010

Qual o limite da informalidade nos telejornais?


Uma linguagem mais informal, com direito inclusive a caminhada dos apresentadores pelo estúdio, é a tendência nos telejornais brasileiros. “Jornal Nacional”, “Jornal da Globo”, “Jornal da Band”, “Jornal da Record” e “SBT Brasil” adotaram uma conversa mais gostosa com o telespectador e finalmente se renderam à modernidade. Durante muitos anos, os jornalistas acreditavam que seriedade e cara fechada eram sinônimo de credibilidade e, por isso mesmo, se desmontavam diante das câmeras cada vez que surgia um imprevisto. Hoje, a situação é muito diferente. É preciso se comunicar, conquistar o público e ter carisma suficiente para ser mais atraente que o concorrente.
Nesses novos tempos é comum assistir muitas apresentadoras que gesticulam durante as notícias e previsão do tempo. Falam, falam …. e a mão vai para todos os lados, tirando um pouco da atenção do telespectador e, nesse sentido, é importante tomar alguns cuidados com tanta informalidade. Por exemplo, Ticiana Villas Boas, no “Jornal da Band”, não economiza nas caras, bocas e jogadas de corpo durante a previsão do tempo. A bela baiana com seu lindo sotaque pode se controlar um pouco porque já enche a tela naturalmente com sua beleza. O mesmo acontece com Karyn Bravo, que consegue transmitir as notícias com um belo sorriso. Entretanto, durante a previsão do tempo mexe tanto a mão que qualquer dia desses dá um tapa em Carlos Nascimento ou acaba o quadro abraçada com o parceiro de bancada. Na Globo, Flávia Freire é a apresentadora que mais se aproveita dessa informalidade, mas que também não para de gesticular enquanto fala do tempo. Assim, é tontura para quem tenta fixar o olhar no mapa com as temperaturas.

Fonte: Parabólica JP.
Texto: José Armando Vannucci.
Foto: Parabólica JP.

Nenhum comentário: