15 de janeiro de 2010

ENCONTRO DO SÉCULO - Cap 59

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No capítulo anterior...

Beija está impaciente com a demora de Pedro

Severina aconselha a aguardar um pouco mais

Pedro acorda assustado e se lembra do compromisso

Impossibilitado de se locomover, manda uma mensagem para Chalaça

Este vai à casa de Beija


CAP. 59


CHALAÇA: Chame a senhorita Beija. Diga-lhe que venho da parte de Sua Alteza, o Príncipe Regente.

BEIJA (se antecipando): Pois não, cavalheiro. Vamos entrar. Acomode-se.


O mensageiro fica encantando com a beleza da moça, tanto que se desconcentra e se perde por intermináveis instantes admirando-a.


BEIJA: Como eu dizia, sente-se, acomode-se.

CHALAÇA (volta a si, meio constrangido): Sim, claro... (depois de sentar) Sua Alteza mandou avisar que não pôde estar presente ao encontro marcado com a senhorita. E mandou lhe trazer isto (e entrega-lhe um ramalhete de rosas coloridas).


Beija pega as flores e acena para que Severina as coloque no vaso.


BEIJA: Mas, afinal, por que motivo Sua Alteza não pôde vir?

CHALAÇA: Dom Pedro está de repouso, após sofrer uma queda de cavalo na noite de ontem.

BEIJA: Ceús! Mas está bem agora?

CHALAÇA: Sim, mas terá de permanecer alguns dias em repouso absoluto.

BEIJA: Entendo.


Nisso bate à porta. Severina, que já traz o vaso com as flores, se dirige à porta para atender.


JOÃO: Bom dia, Severina. Dona Beija está?

SEVERINA: Nhô sim. Um instante que vou ver se pode recebê-lo.


Beija acena com a cabeça afirmativamente, ainda que meio apreensiva. Severina conduz o visitante à sala.


JOÃO (sem graça): Desculpe Beija, não sabia que estava com visitas.

BEIJA: Fique à vontade, João, sente-se. (e para a escrava) Severina, prepare um café para os cavalheiros.

CHALAÇA: Não é necessário, não quero lhes dar trabalho...

BEIJA (apresentando-os): Este é João Carneiro de Mendonça, meu conterrâneo. E este...

CHALAÇA (completando a fala): Eu sou Francisco Gomes da Silva, mas podem me chamar de Chalaça, amigo de Sua Alteza, o Príncipe Regente.


Os cavalheiros apertam as mãos. Severina entra com a bandeja de prata e serve o café.


Nisso alguém bate palmas à porta, que já está aberta. Severina caminha para ver quem é.


VISCONDE DE PERDIZES: Dona Beija está?


Continua amanhã


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