4 de agosto de 2009

Bela, a feia estreia prometendo humor leveza em faixa antes ocupada por trama baseada na fantasia


Já era tempo. Depois de insistir por três temporadas em seres extraordinários com a saga de "Os Mutantes", a Record finalmente resolveu mudar. E apostar em uma fórmula bem menos arriscada. "Bela, a Feia", que a emissora estreia no dia 4 de agosto em substituição a "Promessas de Amor", é a versão nacional de "Betty, A Feia", trama colombiana com mais de 20 versões exibidas em diversos países.

Coube a Gisele Joras adaptar a novela - a primeira em parceria com a Televisa - e torná-la, segundo ela, uma trama brasileira, seguindo apenas as premissas da original. "Como tenho liberdade, peguei a trama principal e fui criando núcleos paralelos a partir daí. Quase todos os que criei não existem originalmente", avisa.

No centro da história está a protagonista Anabela, ou Bela, de Giselle Itié. Feia toda vida - e a vida toda -, ela conforma-se com seus limitadíssimos atributos físicos, mas nem por isso deixa de ser uma competente profissional. Depois de muito estudo, ela consegue o cargo de secretária de Rodrigo, diretor-presidente da fictícia agência de publicidade +/Brasil vivido por Bruno Ferrari. "Ela nunca se preocupou com a beleza e supera a falta dela com inteligência e competência", defende Gisele. "Só posso garantir que fico realmente muito feia. Até minha mãe e meu namorado estranharam quando me viram de Bela", diverte-se.

A paixão da protagonista pelo chefe é inevitável. Mas o petulante executivo não lhe dá bola, já que é noivo da realmente bela Cíntia (Carla Regina). "Ele é solto. A vida para ele se resume a mulheres e dinheiro", ressalta Bruno. Mas nem com uma linda mulher ao lado Rodrigo sossega. "Ela nem desconfia de que seja traída…", adianta Carla.

No lado da "picaretagem", não faltam personagens. Cíntia, a noiva traída, promete atazanar a vida de Rodrigo, tão logo ele se envolva com Bela. Adriano (Iran Malfitano) é um bandidão engravatado que fará tudo para roubar o cargo do primo Rodrigo. Totalmente "cercado por cobras", Rodrigo ainda tem de ficar esperto com o pai, Ricardo (Jonas Bloch). Só para se ter uma ideia, Ricardo mantém Vera (Silvia Pfeifer), mãe de seu filho, em cárcere privado há mais de 20 anos. "Minha personagem é o contraponto da história, que é solar, para fora. A Vera é a parte triste, ressentida por não ver o filho", compara Silvia, recém-contratada da Record. Já Dinho (Thierry Figueira) e Ataulfo (André Mattos) são pai e filho, dois estelionatários que vivem sob falsa identidade.

Paralelamente aos dramas e armações, a trama promete muito humor. A base são cores vibrantes, figurinos espalhafatosos, a famosa "ginga" carioca, além de muita discussão. Duas que não se entendem, por exemplo, são as espevitadas e "coloridas" Elvira (Bárbara Borges) e Magdalena (Laila Zaid). As manicures vivem se estranhando e, com puxões de cabelo, empurrões e banhos de água gelada, prometem protagonizar cenas hilárias de comédia pastelão. "Elas competem entre si, uma se acha melhor que a outra… É uma comédia", aponta Bárbara.

Com direção de Edson Spinello, "Bela, a Feia", tem um custo de R$ 300 mil por capítulo. A trama é a primeira da Record no Rio de Janeiro que será gravada em uma cidade cenográfica, construída no parque Terra Encantada, na Zona Oeste da cidade. A ideia é reproduzir a Zona Portuária do Rio, palco de alguns personagens, o que deve contrastar com os moradores da Zona Sul na trama. "Será uma novela com estilo ’sitcom’. Estou bem satisfeito em voltar a fazer humor, um gênero que gosto muito", comemora o diretor Edson Spinello, em sua terceira novela da Record - as outras foram "Bicho do Mato" e "Amor e Intrigas", folhetins bem tradicionais.

Fonte: Tv Foco

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